Até João Paulo II

Os papas falam da Misericórdia Divina

1. Papa Celestino I
“Mas Deus, sempre pronto a ajudar, convidando à conversão, promete: em qualquer dia o pecador – diz – se converter, não lhe serão imputados os pecados (cf. Ez 33,16)”. Carta Cuperemus quidem aos bispos das províncias de Viena e Narbone, 26/07/428: DS 236

2. Papa Leão I
“A multíplice misericórdia de Deus veio em socorro às quedas humanas no fato de que não somente através da graça do batismo, mas também mediante o remédio da confissão, vem restabelecida a esperança da vida eterna (…)” “Áqueles, pois, que em um momento de emergência e na iminência de um perigo urgente imploram o socorro da confissão e portanto da reconciliação, nem se deve impedir a reparação, nem negar a reconciliação; já que a misericórdia de Deus, junto à qual a verdadeira conversão não padece demora alguma no perdão, nem podemos colocar limites, nem definir tempos (…)”. Carta Sollicitudinis quidem tuae ao bispo Teodoro de Friuli, 11/06/452: DS 308s

3. Papa Paulo III
“(…) os pecados não são remidos, nem o foram jamais, senão gratuitamente pela divina misericórdia por causa de Cristo” “De fato, como nenhum homem religioso deve duvidar da misericórdia de Deus, dos méritos de Cristo, do valor e da eficácia dos sacramentos, assim cada um, refletindo sobre si mesmo, sobre a própria fraqueza e desordem, tem motivo de temer e se espantarse do seu estado de graça”. Concílio de Trento, Decreto sobre a justificação, 13/01/1547, cap. 9: DS 1533s; cf. 1562, 1576, 1668, 1696

4. Papa Pio XI
“O nosso misericordiosíssimo Redentor, depois de haver realizado a salvação ao gênero humano sobre o lenho da Cruz, antes de subir deste mundo ao Pai, (…) disse: ‘Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo’” “(…)…a tal ponto foi o desígnio da misericórdia de Jesus quando, aceso pela chama do amor, quis revelar a nós o seu Coração com os sinais da sua paixão, a fim de que, meditando de um lado a infinita malícia do pecado e admirando por outra a infinita caridade do Redentor, detestássemos mais vivamente o pecado e mais ardentemente comunicássemos o amor”. Carta Encíclica Miserentíssimus Redemptor, 8/05/1928, nn. 1 e 12; cf. Bula Infinita Dei misericordia, 29/05/1924 – www.vatican.va

5. Papa João XXIII
Proibição do Culto da Divina Misericórdia
o Padre Sopocko recebeu um duro golpe: no ano de 1958, a Santa Sé, por meio do Santo Ofício, baixou um Decreto, baseado em documentos incompletos e inexatos, que condenava essa nova forma de culto. Esse Decreto foi substituído, no ano seguinte, por uma Notificação, de caráter disciplinar, que proibia a difusão da devoção à Divina Misericórdia nas formas propostas por Santa Faustina.

6. Papa Paulo VI
6.1.
 “E uma vez que todos pecamos em muitas coisas (cf. Tg 3,2), temos contínua necessidade da misericórdia de Deus e devemos pedir todos os dias: ‘Perdoai-nos as nossas ofensas’ (Mt 6,12)”. Concílio Vaticano II, Const. dogm. Lumen gentium, 21/11/1964, n. 40: DS 4166; cf. GS 18
6.2. Retirada a notificação
No Pontificado de Paulo VI, a 15/4/1978, saiu uma nova Notificação da Congregação para a Doutrina da Fé, que dizia: “Esta S. Congregação, tendo presentes os muitos documentos originais, não conhecidos em 1959; consideradas as circunstâncias profundamente mudadas, e levando em conta o parecer de muitos Ordinários Poloneses, declara não mais vinculantes as proibições contidas na citada Notificação” (in AAS, 1978, p. 350).