Neste sábado, 05/05, comemora-se o Dia das Comunicações Sociais no Brasil. Em audiência realizada neste ano, Papa Francisco fala sobre as fakes news e sobre um jornalismo da paz, assumindo as causas dos que não tem voz.

Na memória de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas, o Santo Padre deixou um recado e um pedido no final aos comunicadores mundiais. Francisco aborda a particularidade jornalística das notícias falsas (fake news), assumindo a atualidade deste tema e destacando suas consequências.

Em sua mensagem, Papa Francisco deixa claro o seu grande objetivo: “contribuir para o esforço comum de prevenir a difusão das notícias falsas e para redescobrir o valor da profissão jornalística e a responsabilidade pessoal de cada um na comunicação da verdade”, escreve o Papa.

Em sua carta, o Pontífice sublinha as notícias falsas como sendo “hábeis a capturar a atenção dos destinatários” baseando-se em “estereótipos” e “explorando emoções imediatas”. Notícias que podem ter objetivos econômicos ou até políticos. Em particular, Francisco destaca a difusão de fake news em “ambientes digitais homogêneos”, nos quais é difícil desvendar e erradicar a sua eficácia devido ao fato de serem ambientes “impermeáveis a perspectivas e opiniões divergentes”.

Continuando sua mensagem, o Pontífice centra a sua atenção aos jornalistas, ao qual os chama de “guardiões das notícias”. “No mundo atual, o jornalista desempenha não apenas uma profissão, mas uma verdadeira e própria missão. No meio do frenesim das notícias, o jornalista tem o dever de lembrar que, no centro da notícia, não estão a velocidade em comunicá-la e nem o impacto sobre a audiência, mas as pessoas que irão ler, ouvir ou ler a notícia”, afirma Francisco.

O Papa então propõe um jornalismo da paz, que não aceite falsidades, que não se limite a “queimar notícias”, que assuma as causas dos que não têm voz, desenvolva um registro de compromisso na busca das causas reais dos conflitos e que seja feito por pessoas e para as pessoas, propondo soluções alternativas à violência verbal.

Fonte: Vatican News