Padre Vagner Baia, fala sobre as feridas emocionais como causa de problemas em nossa vida

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Foto: Canção Nova

Às vezes, as pessoas confundem as coisas e acham que Deus amaldiçoa. Deus nunca amaldiçoa, pois Ele só sabe abençoar! Quem amaldiçoa é o demônio. Deus é inacessível ao mal, Ele não tenta nem amaldiçoa ninguém. Cada um é tentado pela sua própria concupiscência. Nós somos aliciados pelo mal pela nossa fragilidade porque fazemos coisas erradas e compramos, muitas vezes, coisas desonestas… Com isso estamos amaldiçoando a nós mesmos e a nossa casa.

Eu parei de beber em 1986. Eu bebia litros de vodca e, quando eu passava perto de um boteco, meu pé começava a virar para entrar nele. E assim é a pessoa que está no consumismo, na droga, etc., sempre estará atraído por aquilo que é a sua perdição.

A caridade é o amor ágape, incondicional. Se eu o tenho, começo a ver minha vida numa dimensão nova e, se eu não tenho essa visão de que sou corpo, alma e espírito, começo a me condenar, a me flagelar, a colocar a culpa nos outros pelas mazelas da vida.

Feridas emocionais

A primeira ferida emocional que causa diversos problemas, inclusive o de eu não me sentir amado por Deus nem por ninguém, é a rejeição. E nós começamos a fazer comparações, denegrindo a nossa própria imagem. A nossa imagem verdadeira é a de Cristo.

A segunda ferida é a inferioridade: começamos a rejeitar nossos aspectos físicos e alimentamos a nossa inferioridade, o que nos leva a dois extremos: ser uma pessoa que aceita tudo, sem querer lutar, ou ser uma pessoa ditadora, autoritária.

A terceira ferida é a culpa: queremos arrumar culpados para as nossas infelicidades ou culpamos excessivamente a nós mesmos.

A quarta ferida é o medo: medo de estudar, de começar uma vida nova, de terminar um namoro e ficar solteiro, de arrumar um novo emprego.

A quinta ferida são os abusos: abuso de autoridade, de poder, abusos físicos de apanhar, de ser abusado sexualmente, abuso espiritual ao ouvir dizer que Deus vai castigar, vai mandar para o inferno. Outra coisa terrível que fazemos é misturar as religiões. Muitas vezes estamos com Jesus, mas de mãos dadas com o ocultismo, com outras práticas.

Aqui está o princípio da nossa cura e libertação: se eu não me libertar dessas práticas, se eu não buscar cuidar dessas feridas, eu não vou conseguir me livrar do mal. As feridas emocionais são a porta de entrada do mal nas nossas vidas.

Por isso, precisamos identificá-las e lutar para combatê-las. Às vezes, é preciso fazer uso da medicina e tomar um remédio, fazer uma terapia. Precisamos cuidar de todas as nossas feridas e procurar ajuda onde quer que seja, mas sobretudo, manter firme a nossa vida de oração.

Fonte: Canção Nova