“À noite, quando me encontrava na minha cela, vi Nosso Senhor vestido de branco. Uma das mãos erguida para abençoar, enquanto a outra tocava-Lhe a túnica sobre o peito. Da túnica entreaberta sobre o peito saíam dois grandes raios, um vermelho e o outro pálido. Em silêncio, eu comtemplava o Senhor. A minha alma estava cheia de temor, mas também de grande alegria. Logo depois, Jesus me disse: Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em vós. Desejo que essa Imagem seja venerada primeiramente na vossa capela e depois no mundo inteiro.

Prometo que a alma que venerar essa Imagem não perecerá. Prometo também, já aqui na terra, a vitória sobre os inimigos, e especialmente na hora da morte. Eu mesmo a defenderei como Minha própria glória.

Quando falei disso ao confessor, recebi esta resposta: “Isso diz respeito à tua alma”. Disse-me assim: “Pinta a imagem de Deus na tua alma”. Quando saí do confessionário, ouvi novamente estas palavras: A Minha Imagem já está na tua alma. Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel, seja abençoada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia.

Desejo que os sacerdotes anunciem essa Minha grande misericórdia para com as almas pecadoras. Que o pecador não tenha medo de se aproximar de Mim. Queimam-Me as chamas da misericórdia; quero derramá-las sobre as almas.

Jesus queixou-se diante de mim com estas palavras: A falta de confiança das almas dilacera-Me as entranhas. Dói-Me ainda mais a desconfiança da alma escolhida. Apesar do Meu amor inesgotável – não acreditam em Mim, mesmo a Minha morta não lhes é suficiente. Ai da alma que deles abusar!

Quando falei disso à madre superiora, do que Deus está exigindo de mim, respondeu-me que, através de algum sinal, Jesus desse a conhecer mais claramente o que pretendia”.

Texto extraído do Diário de Santa Faustina, n°47 a 51, págs 38 e 39.