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O educador espanhol Alfonso Aguiló, escritor de vários livros sobre educação e virtudes, faz no site LaFamilia uma interessante descrição sobre os disfarces com que o orgulho se camufla, para “esconder seu aspecto repulsivo”. Para Aguiló, o orgulho gosta de vestir uma roupagem aparentemente positiva para justificar-se. Confira quais seriam alguns dos disfarces desse grave problema moral.

Fantasia de justiceiro. O orgulho veste essa quando é constrangedor demais admitir que certa animosidade é puro revanchismo. Então, ao invés de se esforçar para perdoar, o orgulhoso procura legitimar a própria ira com o argumento de que é justo que o outro “sofra para aprender”.

Máscara de prestativo. Essa faz o orgulho parecer, à primeira vista, abnegação e solidariedade, mas esconde uma atitude de vitimismo ressentido, revelada sempre que é possível gabar-se dos próprios esforços com frases como “sou o único que faz algo aqui” ou “ninguém trabalha tanto quanto eu”.

Máscara de generosidade. Muito semelhante ao anterior, esse disfarce é usado para sempre ajudar, contanto que se possa humilhar o ajudado. É usado para ostentar as próprias capacidades e menosprezar os que dependem de sua ajuda.

Disfarce de conselheiro. Usado para justificar o tom paternalista nos palpites e sugestões que distribui sempre que pode. Concede ao orgulhoso uma sensação de superioridade que objetivamente não existe.

Suposta sabedoria. Podemos chamar também de soberba intelectual e aparece sempre que se tenta justificar o rigorismo desnecessário com realidades abstratas. Em última análise, frequentemente, trata-se apenas de orgulho altivo.

Roupagem de coerência. É quando o orgulho age fazendo as pessoas mudarem seus princípios para justificar alguma conduta imoral. Como não vivem como pensam, resolvem pensar como vivem. O orgulho impede a pessoa de perceber que ser coerente com o erro nunca transformará o mal em bem.

por: Jônatas Dias Lima
fonte: www.semprefamilia.com.br