Na oração do Ângelus na manhã de hoje (20), o Papa Francisco destacou a centralidade da Eucaristia na vida do cristão, e recordou que ao receber a comunhão se recebe Cristo: “Quando vamos à comunhão recebemos a vida mesmo de Deus e para ter essa vida é necessário nutrir-se do Evangelho e do amor dos irmãos”.

Discurso de Jesus na sinagoga de Cafarnaum

Em seu discurso, Jesus se “apresenta como ‘o pão vivo que desceu do céu’, o pão que dá a vida eterna e acrescenta: ‘O pão que eu darei é a minha carne, entregue pela vida do mundo’”.

Apesar destas murmurações, “Jesus continua: ‘Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós’. Aqui, junto à carne, aparece também o sangue. Carne e sangue, em linguagem bíblica, exprimem a humanidade concreta”.

“As pessoas e os mesmos discípulos, intuem que Jesus nos convida a entrar em comunhão com Ele, a ‘comer’ Ele, sua humanidade, para compartilhar com Ele o dom da vida para o mundo. Diferente de triunfos e miragens de sucesso!”.

Pão da Vida

O Papa sublinhou que “este pão da vida, Sacramento do Corpo e do Sangue de Cristo, é doado a nós gratuitamente na mesa da Eucaristia. Ao redor do altar encontramos o que nos alimenta e nos sacia espiritualmente hoje e para a eternidade”.

Também recordou que “toda vez que participamos à Santa Missa, em um certo sentido, antecipamos o céu na terra, porque do alimento eucarístico, do Corpo e do Sangue de Jesus, aprendemos o que é a vida eterna”.

“A Eucaristia nos plasma porque não vivemos somente para nós mesmos, mas para o Senhor e para os irmãos e irmãs. A felicidade e a eternidade da vida dependem da nossa capacidade de tornar fecundo o amor evangélico que recebemos na Eucaristia”.

Além disso, o Papa insistiu que “Jesus também hoje repete a cada um de nós: “Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós”. Não se trata de um alimento material, mas de um pão vivo e vivificante, que comunica a própria vida de Deus”.

Moldar a nossa existência

Francisco explicou que a incompreensão dos ouvintes ante estas palavras de Jesus também pode ocorrer atualmente: “Diante do convite de Jesus para nos nutrir com seu Corpo e Sangue, poderemos sentir a necessidade de discutir e resistir, como fizeram aqueles que o escutavam de quem o Evangelho de hoje fala”.

“Isso acontece quando temos dificuldade em moldar a nossa existência na de Jesus, a agir de acordo com seus critérios e não de acordo com critérios do mundo. Mas Ele nunca se cansa de nos convidar para o seu banquete para saciar-se d’Ele, ‘pão vivo que desceu do céu’”.

Entretanto, concluiu afirmando que “nutrindo-se deste alimento podemos entrar em plena sintonia com Cristo, com seus sentimentos, com suas atitudes”.

Fonte: Acidigital