Em 15 de agosto de 1195 nascia em Lisboa, Portugal, Fernando Antônio de Bulhões, que mais tarde ficaria popularmente conhecido como Santo Antônio. De família nobre e rica, era filho único de Martinho de Bulhões, oficial do exército de Dom Afonso e de Tereza Taveira. Sua formação inicial foi feita pelos cônegos da Catedral de Lisboa.

Primeiros passos na vida religiosa

Aos 19 anos entrou para o Mosteiro de São Vicente dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, contra a vontade de seu pai. Morou lá por dois anos. Com uma grande biblioteca em mãos e seu gosto pela leitura, Antônio avança na sua história pelo estudo e pela oração.

Em 1216, é transferido para Coimbra, importante centro de estudos de Portugal, ficando lá por dez anos. Em Coimbra, é ordenado sacerdote e logo se viu com o dom da palavra. Ele tinha conhecimento e grande poder de pregação em suas homilias. Em Coimbra o Padre Antônio conhece os freis franciscanos, entusiasma-se pelo fervor e radicalidade com que estes viviam o Evangelho e, pouco depois, torna-se Frei Antônio, mudando-se para o mosteiro de São Francisco de Assis.

Santo Antônio e São Francisco de Assis

Já como frei franciscano, Frei Antônio pede aos seus superiores para que pudesse ir pregar em Marrocos,  que lhe dão a permissão de ir. No caminho da viagem, o jovem frei acaba ficando doente e é forçado a retornar a Portugal. Na volta, o barco em que  Antônio estava, acabava se desviando para Sicília, Itália. Coincidindo com o encontro de frades franciscanos, Frei Antônio conhece pessoalmente São Francisco de Assis.

Novas missões

Após conhecer São Francisco, Frei Antônio passa 15 meses como um eremita no monte Paolo. São Francisco enxerga os dons que Deus deu a ele e o encarrega da formação teológica dos irmãos do Mosteiro. No capítulo geral da ordem dos franciscanos, Antônio é enviado a Roma para tratar de assuntos da ordem com o Papa Gregório IX, que fica impressionado com sua inteligência e eloquência, chamando-o de Arca do Testamento.

Tinha uma força irresistível com as palavras e São Francisco o nomeou como o primeiro leitor de Teologia da Ordem. Em seguida, mandou-o estudar teologia para ensinar seus alunos e pregar ainda melhor. Juntavam-se, as vezes, mais de 30 mil pessoas para ouvi-lo pregar, e muitos milagres aconteciam. Após a morte de São Francisco, ele foi enviado a Roma para apresentar ao Papa a Regra da Ordem de São Francisco.


Morte

No dia 13 de junho de 1231, com apenas 36 anos, Santo Antônio falece em Pádua, Itália. Por falecer em Pádua, ficou conhecido como Santo Antônio de Pádua.  Antes de falecer, Santo Antônio roga à Maria Santíssima: “Ó Virgem gloriosa que estais acima das estrelas”. E completou “estou vendo o meu Senhor”. Após proferir essas palavras, morreu em seu leito.

Os meninos da cidade logo saíram a dar a notícia da morte. E em Lisboa os sinos das igrejas começaram a tocar sozinhos e só depois o povo soube da morte do Santo. Ele também é chamado de Santo Antônio de Lisboa, por ser sua cidade de origem.

Milagres e devoção

Protetor das coisas perdidas. Protetor dos casamentos. Protetor dos pobres. É o Santo dos milagres. Muitos de seus milagres se deram ainda em vida. Durante suas pregações nas praças e igrejas, muitos cegos, surdos, coxos e muitos doentes ficavam curados. Redigiu os sermões, tratados sobre a quaresma e os evangelhos.

Aconteceram tantos milagres após sua morte, que onze meses após ele foi beatificado e canonizado. Quando seu corpo foi exumado, sua língua estava intacta. São Boaventura estava presente e disse que esse milagre era a prova de que sua pregação era inspirada por Deus. Sua língua está exposta até hoje na Basílica de Santo Antônio na cidade de Pádua.

 

Foi canonizado pelo Papa Gregório IX, na catedral de Espoleto, em 30 de maio de 1232, sendo o processo mais rápido da história da Igreja. No ano de 1934 é declarado o Padroeiro de Portugal e em 1946 é considerado Doutor da Igreja pelo Papa Pio XII.

Oração

Ó glorioso Santo Antônio, meu grande advogado, pela confiança e pelo amor que em vós depositei, dignai-vos conceder um olhar benigno em meu favor.
Grande Santo, vós que operais tantos milagres e que tantas graças alcançais para aqueles que vos invocam, tende compaixão também deste devoto servo, que está tão necessitado de vosso auxílio.
Dizei uma palavra àquele Menino, que feliz apertais entre os braços, e d’Ele impetrai a graça que humildemente vos peço…
Amém.