Congresso da Divina Misericórdia

Os Congressos Mundiais da Misericórdia desejam ser uma resposta ao chamado universal à Misericórdia, dirigido a toda a Igreja e ao mundo por São João Paulo II, particularmente no dia 18 de agosto de 2002 em Cracóvia.

“É necessário fazer ressoar a mensagem do amor misericordioso com um vigor renovado. O mundo precisa desse amor. “(João Paulo II, Cracóvia, 18 de agosto de 2002). “Chegou o momento de a mensagem da Divina Misericórdia derramar a esperança nos corações, tornando-se a centelha de uma nova civilização: a civilização do amor”.

O Papa encorajou, então, os “esforços em ordem a elaborar e pôr em prática um plano pastoral da misericórdia. Esse programa [que deve constituir um compromisso dos bispos], na vida da Igreja antes de tudo e depois, como elemento necessário e oportuno, na vida social e política da nação, da Europa e do mundo” (18 de agosto de 2002).

Na verdade, o mistério de Deus “Pai das misericórdias” revelado por Cristo torna-se, no contexto das ameaças atuais contra o homem, como que um singular apelo dirigido à Igreja”. (Dives in Misericordia, 02). Uma igreja chamada a ter uma “consciência mais profunda e particular da necessidade de dar testemunho da misericórdia de Deus em toda a sua missão”. (cf. Dives in Misericordia, 12).

Se, por vezes, [o homem contemporâneo] não tem a coragem de pronunciar a palavra ‘misericórdia’, ou não lhe encontra equivalente na sua consciência despojada de todo o sentido religioso, torna-se ainda mais necessário que a Igreja pronuncie esta palavra, não apenas em seu próprio nome, mas também em nome de todos os homens contemporâneos” (Dives in Misericordia, 15). Somente assim, a Igreja poderá fazer “conhecer sempre melhor o verdadeiro rosto de Deus e o genuíno rosto dos irmãos” em humanidade. A Divina Misericórdia é a luz que “iluminará o caminho dos homens do terceiro milênio” (cf. homilia de 30 de abril de 2000).

“Quanta necessidade tem o mundo de compreender e de acolher a Divina Misericórdia!” (João Paulo II, Regina Coeli póstuma, 03 de abril de 2005).

Essas intuições programáticas de João Paulo II para toda a Igreja receberam um impulso novo graças à Encíclica Deus caritas est do Papa Bento XVI.

Hoje, é o Papa Francisco quem nos dirige fortemente sobre essa via. “Sentir a misericórdia: esta palavra muda tudo. É o melhor que nós podemos sentir: muda o mundo. Um pouco de misericórdia torna o mundo menos frio e mais justo. Precisamos compreender bem esta misericórdia de Deus” (Papa Francisco, 17 de março de 2013). E aos párocos de Roma, no dia 6 de março de 2014: “Esta foi uma intuição do beato João Paulo II. Ele teve a ‘perspicácia’ de que este era o tempo da Misericórdia. Pensemos na beatificação e canonização da Irmã Faustina Kowalska; em seguida, introduziu a festa da Divina Misericórdia. Gradualmente tem avançado, foi em frente neste campo”.

“Na homilia para a canonização, que ocorreu no ano 2000, João Paulo II realçou que a mensagem de Jesus Cristo à Irmã Faustina se situa temporalmente entre as duas guerras mundiais e está muito ligada à história do século XX. E, olhando para o futuro, afirmou: “O que nos trarão os anos que estão diante de nós? Como será o futuro do homem sobre a terra? A nós não é dado sabê-lo. Contudo, sem dúvida, ao lado de novos progressos infelizmente não faltarão experiências dolorosas. Mas a luz da Misericórdia Divina, que o Senhor quis como que entregar de novo ao mundo através do carisma da Irmã Faustina, iluminará o caminho dos homens do terceiro milênio”. É claro. Aqui é explícito, no ano 2000, mas era algo que no seu coração ia amadurecendo havia tempo. Na sua oração, ele teve esta intuição”.

“Hoje nós esquecemos tudo depressa demais, e até o Magistério da Igreja! Em parte isto é inevitável, mas os grande conteúdos, as grandes intuições e as exortações transmitidas ao povo de Deus, não podemos esquecer. E essa da Divina Misericórdia é uma delas. É uma herança que ele nos deixou, mas que provém do alto. Compete a nós, como ministros da Igreja, manter viva esta mensagem, principalmente nas pregações e nos gestos, nos sinais, nas escolhas pastorais, por exemplo: na escolha de voltar a dar prioridade ao sacramento da Reconciliação e, ao mesmo tempo, às obras de misericórdia. Reconciliar, fazer as pazes mediante o Sacramento, mas também com as palavras e com as obras de misericórdia”.

Diante dessas fortes chamadas, reiteradas pelos últimos Papas, decorrentes do núcleo do Evangelho, pareceu apropriado e urgente para alguns Cardeais iniciar um caminho vigoroso com a regularidade de impulsos (a cada três anos) oferecidos por Congressos mundiais da Misericórdia, em sentido missionário, com o envolvimento de todas as realidades eclesiais, com uma extensão ecumênica, inter-religiosa, cultural e social. A Comissão de Cardeais é presidida pelo arcebispo de Viena, o Cardeal Christoph Schönborn e é constituída pelos Cardeais Stanisław Dziwisz, Audrys Backis, Jean-Louis Tauran, Philippe Barbarin et alii. O Secretário-Geral é o Padre Patrice Chocholski, atual pároco de Ars (França).

O principal objetivo do Congresso Apostólico Mundial e do Congresso continental, regional, nacional e diocesano é: fazer com que toda a Igreja seja mais consciente e mais motivada pela Misericórdia; fornecer impulsos novos para a pastoral paroquial e diocesana; fazer da Divina Misericórdia o paradigma da evangelização, com uma nova imaginação criativa.

Este projeto tem como meio a repetição regular de Congressos continentais, regionais e nacionais sobre a Misericórdia, preparados a nível paroquial, diocesano e nacional, com todas as realidades eclesiais.

Quanto ao desempenho, são convidados os bispos, os sacerdotes, os representantes de dioceses, de congregações, de movimentos, de novas comunidades. O Congresso deve ter sempre também uma dimensão ecumênica.

Realiza-se em pelo menos quatro dias. Há por um lado um conjunto de conferências (bíblicas, teológicas e pastorais) e testemunhos fortes; por outro, “laboratórios apostólicos”, que dispõem os participantes em saída em direção às pessoas, com gestos missionários; Celebrações festivas em torno à Misericórdia nos lugares-chave, tais como basílicas; Procissões, por exemplo: com uma grande imagem de Cristo Misericordioso.

 

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