O Conselho Pontifício Justiça e Paz (Santa Sé) e a Aliança Internacional das Organizações Católicas para o Desenvolvimento (CIDSE), estão promovendo entre quinta e sexta-feira uma “conferência de alto nível” em Roma sobre a encíclica ‘Laudato si’.

A iniciativa, intitulada ‘As Pessoas e o Planeta Primeiro: o imperativo de mudar de rumo’, conta com a participação da Fundação Fé e Cooperação (FEC), ligada à Conferência Episcopal Portuguesa, que integra a CIDSE.

O evento foi apresentado  no Vaticano em conferência de imprensa, na qual foi lida uma mensagem do cardeal Peter Turkson, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, para quem é necessário acolher os alertas do Papa sobre as repercussões sociais e econômicas da degradação ambiental.

“O único e enorme obstáculo que se apresenta ao imperativo de mudar de rumo não é econômico, científico ou mesmo tecnológico, mas está antes no interior das nossas mentes e dos nossos corações”, referiu.

Bernd Nilles, secretário-geral da CIDSE, explicou que a iniciativa vai reunir mais de 200 políticos, cientistas, representantes de organizações católicas, de outras religiões e da sociedade civil, para “oferecer uma caixa de ressonância à encíclica e alimentar um debate para encontrar soluções alternativas”.

Ottmar Edenhofer, vice-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, propôs uma leitura da ‘Laudato si’ que coloque em evidência esse texto como um “desafio ético” para todos, promovendo um diálogo franco e construtivo “entre ciência, política, economia e religião”.

Naomi Klein, autora da publicação ‘This Changes Everything’, apresentou-se aos jornalistas como “feminista, judia, laica”, afirmando a sua surpresa pelo convite para participar na conferência.

A jornalista disse que a encíclica do Papa Francisco a marcou pela “coragem e a poesia” do texto, uma “linguagem que fala ao coração”.

A CIDSE, que reúne 17 organizações católicas da Europa e América do Norte, lançou hoje uma campanha de três anos (2015-2017) sobre estilos de vida sustentáveis, com o lema ‘Mudança para o Planeta – Cuidado para as Pessoas’.

 

fonte: Agência Eclesia