Um novo carisma para o III milênio cristão
A Igreja, no século XX, testemunhou um grande florescimento de movimentos leigos, de diversas naturezas e proporções. Nada de se estranhar, se levarmos em conta que o Espírito é a “alma da Igreja”, e que o Cristianismo nasce já com a presença, em seu meio, de dois agrupamentos básicos, o dos apóstolos e o dos discípulos, que aos poucos se vão espalhando e gerando novas comunidades por todo o mundo – diversidade de serviços na unidade da fé, esperança e caridade (Ef4). A experiência do Cenáculo (At 2) é fundamental neste “Caminho”, demonstrando que não se pode ser cristão de um modo individualista; assim se entende o antigo adágio: UnusChristianus, nullusChristianus– cristão isolado não é cristão.
Há movimentos leigos de caráter local, nacional e internacional. Aos grandes movimentos mundiais da Igreja pertence hoje o movimento apostólico da Divina Misericórdia, que nasceu a partir do carisma de Santa Faustina Kowalska (+1938), a quem N. S. Jesus Cristo escolheu como Apóstola e Secretária da Misericórdia para os nossos tempos. Ela pensava, no início, que Jesus queria apenas uma nova Congregação religiosa (Diário, n. 436), mas, no ano seguinte (abril/1936), escreveu ao Beato Padre Miguel Sopocko, seu Diretor espiritual: “Vejo claramente que haverá não somente uma congregação feminina e masculina mas haverá uma grande associação de leigos à qual poderão pertencer todos e recordar com os fatos a misericórdia Divina fazendo a misericórdia uns aos outros” (Carta). Nos meses seguintes se confirmou esta convicção e no final de junho de 1937 descreveu a estrutura desta obra (D.1154; 1158).
Após a morte de S. Faustina, a mensagem da Divina Misericórdia se espalhou com grande rapidez, envolvendo bispos, padres, religiosos/as e leigos/as. Já durante a II Guerra Mundial nasceu um dos primeiros centros mundiais de difusão do culto da Divina Misericórdia, nos Estados Unidos. Lá havia chegado de modo miraculoso, em 1941, o Pe. José Jarzebowski, Padre Mariano, formando o Apostolado da Divina Misericórdia, o qual apoiou semelhantes iniciativas em outros países (cf. Movimento Apostolicodella Divina Misericordia, Libr. Editr. Vaticana, 2002, pp. 18s). Grupos, associações, comunidades vão nascendo por toda a parte com o desejo de promover o culto à Divina Misericórdia e a prática das obras de misericórdia.
A partir de 1994 o Dr. Bryan Thatcher (Estados Unidos) teve a inspiração de reunir um pequeno grupo de fiéis para rezar e meditar os escritos de Santa Faustina, em encontros que aconteceram durante anos em sua residência. O movimento foi se fortalecendo, um primeiro manual é impresso em 1996 e em 1998, através do Pe. Serafim Michalenko MIC, Vice-postulador da Causa de Canonização de S. Faustina, tornou-se oficialmente associado aos Padres Marianos como “Apóstolos Eucarísticos da Divina Misericórdia” (AEDM). Surge como resposta à necessidade de integrar mais as mensagens de S. Faustina na vida pessoal, de modo a não reduzir a espiritualidade da Divina Misericórdia para esporádicas expressões devocionais, mas integrá-las num novo estilo de vida. O movimento foi abençoado pelo Papa João Paulo II no dia 5/10/1998. No ano seguinte o mesmo Papa concedeu uma bênção especial a todos os fiéis que, durante a Adoração ao Santíssimo, rezarem o Terço da Misericórdia na intenção dos doentes e agonizantes. Existem hoje AEDM em 35 países!
Os novos movimentos, quando de fato inspirados pelo Espírito, “tornam sempre viva e nova a estrutura da Igreja”, afirmou o Cardeal Joseph Ratzinger no Congresso Mundial dos Movimentos Eclesiais, em 1998. Que os Apóstolos Eucarísticos sejam, para a Igreja e o mundo, instrumentos do amor divino que restaura e renova os pecadores e sofredores!
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