Sou intercessora de uma família há um ano. Francisco de Assis e Maria Valdete, pais de Alexandre e Sabrina. Eles moram em frente a casa da minha mãe. Ano passado o filho do casal estava em uma festa e entraram dois homens no local e deram oito tiros no Alexandre. Um amigo chegou a se deitar por cima dele e falou com os rapazes que eles teriam de matar os dois, pois ele não iria sair de cima dele. O médico que atendeu o Alexandre, no pronto socorro, ficou desesperado, por que um jovem receberia oito tiros e ainda entraria no hospital conversando, era quase impossível. Na hora que foram fazer os curativos, no bloco cirúrgico, o filho pediu perdão a Deus e a seus pais, por tê-los desapontado. Constatou-se, que uma bala estava alojada no braço e outra na coluna… O doutor ficou extasiado, pois a bala da coluna, ficou a um milímetro da cervical. “O que” segurou? Foi Deus, eu tenho certeza. Por ele fazer musculação, alegou-se que o músculo estava forte e ele impediu que o Alexandre ficasse tetraplégico. Sabem “o que é isso?” Poder de Deus. Eu tinha um quadro de Jesus Misericordioso na minha sala. Quando fiquei sabendo do acidente, comecei a interceder por ele, ajoelhada na frente do quadro. Era a única coisa que vinha ao meu coração, de dar um presente aquela família, para que eles pudessem entender que foi a Misericórdia de Deus que permitiu que o seu filho descesse até o “vale das sombras”, para que eles pudessem mudar de vida. A mãe frequentava o centro espírita e consagrava todos os seus clientes. O salão, era cheio de gente, era muito dinheiro que entrava… Mas Deus tirou o proveito desta família, fez e faz novas todas as coisas. Eu creio. Passaram alguns meses, o filho insistia aos pais que fossem a igreja com ele, antes e depois do atentado, ele implorava. Mas eles nem ligavam. O filho acabou indo para a igreja evangélica. Evita ao máximo falar comigo. Não importa, a obra é de Deus, não minha. Fiquei triste por ele ter abandonado a igreja católica, mas entendo-o. Passando algum tempo, o pai adoeceu. Foi internado com suspeita de pneumonia, depois tuberculose. Quando fui visitá-lo, o Senhor indagava-o: “O que tens pedido que eu ainda não tivesse te dado, Francisco?” Eu não sabia, mas ele tinha crescido na igreja evangélica, e passado algum tempo, depois de vários exames, descobriu a causa da tosse, ele tinha um carcinoma alojado nos dois pulmões. Pra falar a verdade, eles já tinham tomado os dois pulmões por inteiro. Fez quimioterapia e conseguiu do governo o medicamento que custava R$ 10.000,00. Os evangélicos invadiram a casa. Cada dia era um pastor diferente, Deus que me perdoe, parecia um troféu a vida dele. Então, resolvi me afastar e intercedi de longe, sempre pedindo a Deus a Sua Misericórdia. A esposa Valdete, nunca teve boa aceitação dos evangélicos e sem saber, ela e ele estavam frequentando o mundo novo de Eros Biodine, em Belo Horizonte. Fiquei muito feliz. Um dia rezando para eles, o Senhor colocou no meu coração, mesmo que eles tirassem o quadro de Jesus Misericordioso, Ele não os abandonaria. Faria lá a sua morada. Hoje, Francisco está internado no Hospital Luxemburgo, lutando com todas as forças para sobreviver, e eu creio, ele vai vencer, porque a sua vida, mais do que nunca, está nas mãos Deus, que tudo pode. Eles usam escapulário, acredito que tenha sido a presença de Nossa Senhora na vida deles que tem afastado para longe. O curioso, é que algum tempo atrás, Ele vomitava muito e a esposa, pela ignorância humana ou pela fé, falava inconscientemente, que ele estava vomitando o câncer. Eu creio, pois dos cinco pacientes do oncologista que o acompanha, só ele está vivo. O médico não entende, mas confio que a obra de Deus esta presente em sua vida a cada minuto que ele necessitar do oxigênio. Todas as vezes que pergunto a esposa como ele está, ela te afirma a mesma coisa: “Esta bem!” Mulher de fé, que apesar de todos os seus erros, ela sabe que como Deus restituiu a vida de seu filho, fará também com o seu esposo, onde abundou o pecado, superabundou a graça de Deus. Senhor, eu creio na Tua Misericórdia! Não depende do nosso comportamento, nem das nossas boas obras, mas somente do Senhor Jesus, porque Tu és a Misericórdia Infinita do Pai. Então, apresento as minhas misérias, por isso eu deposito hoje, aos Teus pés esta família Senhor. Eu sei o quanto o Senhor os ama, sei também, que eles são joias raras para Ti Senhor, tenho certeza que os escolhestes.
Obrigada Senhor.
Maria Cofaucilene