Na meditação do 11º dia do retiro 15 dias de oração com Santa Faustina, refletimos sobre os desígnios de Deus e sobre estar disponível para colaborar com a realização dos mesmos, ainda que se sinta pequena e “miserável”, como se sentia a Irmã.

Nossas meditações são apoiadas nos escritos do Diário de Faustina Kowalska.

Que Deus abençoe você que está rezando conosco e buscando um aprofundamento na espiritualidade da misericórdia.

 

Trecho do Diário

Eu estou contigo. Nesse retiro, Eu te confirmarei na paz e na coragem, a fim de que não te faltem forças para cumprir os Meus desígnios.” (Diário, 372)

“’Jesus, Vós sabeis muito bem o que eu  sou’ —  e comecei a enumerar diante do Senhor as minhas fraquezas e me escondia por trás delas, para que aceitasse as minhas escusas, por ser incapaz de cumprir os Seus planos. Então ouvi estas palavras: Não tenhas medo. Eu mesmo completarei tudo o que te falta.” (Diário, 435)

“Ouvi, porém, palavras de que Deus, na maioria das vezes, escolhe justamente almas assim para a realização de Seus desígnios.” (Diário, 436)

O que aprendemos com Santa Faustina

Segundo a epístola aos Romanos (9,11), Deus tem um desígnio de misericórdia. Santa Faustina descobre em sua oração o esplendor deste desígnio insondável. “Seus planos eternos de misericórdia” são para o bem do povo. E Faustina se dispõe a colaborar para sua realização, mesmo se ela descobre que é pequena e “miserável”.

Concorda que não é bom temer a própria pobreza como se fosse um obstáculo para o desenvolvimento dos desígnios de misericórdia. Pelo contrário, constata ela, são muitas vezes exatamente os pobres, os pequenos, os fracos, os pecadores que a providência escolhe para levar os seus planos de misericórdia.

O Senhor se inclina sobre a pobreza humana para esposá-la e transfigurá-la. Todas as espécies de pobrezas humanas, materiais, morais, espirituais, podem tornar-se lugares de onde jorra essa luz transfigurante. Assim, o Senhor decide a opção pelos pobres. Eles são os mais disponíveis e os mais capazes de se deixar enriquecer pelos tesouros de sua misericórdia.

É graças à pobreza de seus “instrumentos” que a humilde beleza da misericórdia entra na história. Faustina se prepara, portanto, para deixar-se acompanhar pelo Senhor de misericórdia. Ela dá a Ele a sua confiança.

“Nada impedirá tal amor, pois nenhuma potência tem poder sobre ele”. Faustina deseja deixar-se formar nessa misericórdia. Ela percebe que é quando o homem se torna misericordioso que ele se realiza. É a única imitação de Deus possível e autêntica.

Reflita sobre isso: A Irmã acredita que é deixando-se moldar pela misericórdia do Pai que poderá tornar-se imagem da misericórdia e conseguirá estimular muitas pessoas a essa vida diária no amor à maneira de Deus. Ela diz, portanto, “sim”, e torna-se disponível ao amor.

Você tem se deixado moldar pelo amor e misericórdia de Deus? Tem estado disponível para colaborar com os desígnios de Deus?

Santa Faustina de maneira extraordinariamente comum, aceitou participar ativamente de um plano. Orando com ela, podemos encontrar força nova a fim de nos comprometer nesses planos de misericórdia, apesar de nossas fraquezas ou, melhor ainda, graças às nossas fraquezas.

Minha oração: “Ó meu Jesus, amo-Vos e desejo bendizer-Vos com a minha fraqueza, submetendo-me inteiramente à Vossa santa vontade. Ó meu Jesus, transformai-me em Vós, pela força do Vosso amor, para que eu seja um digno instrumento de divulgação da Vossa misericórdia.” (Diário, 782 e 783).

 

 

 

Fonte: Patrice Chocholski, Editora Paulinas.