Hoje encerramos o nosso retiro 15 dias de oração com Santa Faustina. Podemos enumerar quantos aprendizados tivemos neste período com Santa Faustina, que com a sua humildade, sabedoria e confiança ilimitada na Misericórdia do Senhor, nos incentiva a sermos pessoas melhores, buscando ser o reflexo vivo de Jesus.
Neste 15º dia a reflexão é sobre o hino de louvor de Santa Faustina, que nos ajuda a reconhecer a bondade do Senhor e a viver numa ação de graças.
Nossas meditações são apoiadas nos escritos do Diário de Faustina Kowalska.
Que Deus abençoe você que rezou conosco durante este tempo e buscou desenvolver um aprofundamento na espiritualidade da misericórdia.
Trecho do Diário
“Ao sair desse retiro, sinto-me inteiramente transformada pelo amor de Deus. Ó Senhor, divinizai minhas ações para que tenham mérito para a eternidade e, embora seja grande a minha fraqueza, confio no poder da Vossa graça, que me fortalecerá.
Ó meu Jesus, Vós sabeis que desde os meus mais tenros anos eu desejava tornar-me uma grande santa, isto é, desejava amar-Vos com um amor tão grande com, até então, nenhuma alma Vos havia amado. No começo eram secretos esses meus desejos, apenas Jesus conhecia.
Hoje, já não posso encerrá-los no meu coração, desejaria gritar para o mundo todo: Amai a Deus, porque Ele é bom e de grande misericórdia!”
(Diário, 1371 – 1372)
O que aprendemos com Santa Faustina
Aqui está o canto de louvor de Irmã Faustina à misericórdia de Deus.
Como no Salmo 135, confessamos a presença da misericórdia de Deus em nossa história. Ele fez maravilhas. E cada um é sinal da sua misericórdia. Por isso, repetimos: “Eterna é a sua misericórdia”.
Esta oração nos ajuda a viver numa ação de graças, uma Eucaristia contínua para com a misericórdia do Senhor. Esta oração pode também tomar a forma de ritual e, nesse caso, o caráter repetitivo nos ajuda a lembrar-nos da bondade do Senhor. Ela nos ajuda a sair de nossas ideias de ingratidão.
Podemos utilizar esta oração em nosso dia a dia, como Nossa Senhora. O Senhor olhou a pobreza de sua serva (Lc 1,48), lembrou-se da sua misericórdia (1,54). Maria engrandece a misericórdia de Deus, decifrando primeiro os sinais de sua bondade na história de seu povo.
Em seguida declara a sua alegria por ter deixado o olhar da misericórdia ser colocar sobre ela, o qual nunca lhe será tirado. Que os pequenos e os pobres de coração poderão fazer essa experiência de gerações em gerações com ela, e assim a Igreja inteira, cada vez mais, cantará esse hino de louvor.
A experiência e a consciência das próprias fraquezas, longe de ser um obstáculo, se tornam causa de louvor. É de fato nesse vazio que a pessoa pode descobrir que já é bastante “misericordiada”. O fato de sentir-se amada incondicionalmente desencadeia o hino de louvor.
O Senhor não cessará de dar em abundância a sua ternura, porque prometeu que o faria. A misericórdia faz parte de suas promessas. E Santa Faustina busca com ardor encorajar outras pessoas a adorar e glorificar essa misericórdia infinita.
Diante desta perspectiva só nos resta maravilhar-nos com os desígnios do Senhor, engrandecer o plano de misericórdia de Deus.
“Sede adorado, nosso Criador e Senhor. Universo todo, adora ao Senhor com humildade, agradece a teu Criador com quantas forças tiveres e exalta a Sua inconcebível misericórdia divina.
Vai, terra inteira com teu verde, vai também, mar profundo, que a tua gratidão se transforme em agradável hino que faça conhecer quanto é grande a misericórdia divina.
Vai, sol belo, fulgurante, ide, e o precedei, auroras resplandecentes, uni-vos num só hino, as vossas límpidas vozes cantem em coro a grandeza da misericórdia divina.
Ide, montanhas e vales, matas e florestas, ide, belas flores em hora matutina, que o vosso perfume inconfundível exalte e adore a misericórdia divina.
Ide, maravilhas todas da terra, que o homem não cessa de admirar, ide todas juntas adorar a Deus, exaltando a inconcebível misericórdia divina.
Vai, beleza indelével de toda a terra, e adora a teu Criador em grande humildade, porque tudo está contido em Sua misericórdia, tudo proclama, com voz potente, quão grande é a Misericórdia Divina.
Mas acima de todas essas belezas a adoração mais agradável a Deus é a alma inocente e cheia de filial confiança, que com Ele se une estreitamente pela graça.”
(Diário, 1750)
Fonte: Patrice Chocholski, Editora Paulinas