No dia 28 de abril comemoramos os 18 anos da celebração de Dedicação do Santuário da Divina Misericórdia, no bairro Umbará, em Curitiba..
Cerca de 400 devotos estiveram presentes na solenidade presidida pelo então Arcebispo de Curitiba, Dom Pedro Fedalto. Juntamente com os Padres da Congregação Mariana, destacamos o Padre Marcos Szczepaniak (na época provincial) o Padre Jan Glica (responsável pela construção do Santuário) e o Padre André Krzymyczek que foi o grande pioneiro na divulgação da Devoção à Misericórdia Divina no Brasil.
Quando a construção de uma igreja chega ao fim, a celebração que marca a vida dela tem o nome de “dedicação”, onde toda igreja é dedicada por excelência à Santíssima Trindade, a Nosso Senhor Jesus Cristo e seus títulos; ao Espírito Santo, à Santíssima Virgem, aos Santos Anjos, aos santos inscritos no Martirológio Romano.

Na dedicação da igreja, o rito é muito bonito e rico de significados. Normalmente o bispo da diocese é quem dedica a nova igreja. O rito da celebração litúrgica de Consagração e Dedicação envolve alguns momentos especiais, como: aspersão da água benta, as unções do altar e das paredes, a incensação, a deposição das relíquias no altar, a iluminação e o rito da Palavra e da Eucaristia.

A celebração da Eucaristia é o rito mais importante e o único necessário para dedicar a igreja; no entanto, segundo a tradição comum da Igreja Católica, quer do Oriente quer do Ocidente, diz-se também a Oração da Dedicação, na qual é significada a intenção de dedicar a igreja ao Senhor para sempre e se pede a sua bênção.

Os ritos da unção, da incensação, do revestimento e da iluminação do altar exprimem, em sinais sensíveis, alguns aspectos daquela obra invisível que o Senhor realiza por meio da Igreja quando ela celebra os divinos mistérios, principalmente a Eucaristia.

  1. Unção do altar e das paredes da igreja: – Pela unção do crisma o altar torna-se o símbolo de Cristo, que é o «Ungido» de preferência aos demais e assim é chamado; na verdade, o Pai O ungiu pelo Espírito Santo e O constituiu o Sumo Sacerdote, para que oferecesse no altar do seu Corpo o sacrifício da vida pela salvação de todos. – A unção da igreja significa que ela é dedicada totalmente e para sempre ao culto cristão. Fazem-se doze unções segundo a tradição litúrgica ou, se parece mais oportuno, apenas quatro; por meio delas é significado que a igreja é a imagem da santa cidade de Jerusalém.
  2. O incenso é queimado sobre o altar para significar que o sacrifício de Cristo, que aí se perpetua de maneira sacramental, sobe para Deus em odor de suavidade; mas também para exprimir que as orações dos fiéis sobem até ao trono de Deus. A incensação da nave da igreja indica que ela, por meio da dedicação, se torna casa de oração; mas em primeiro lugar incensa-se o povo de Deus, pois ele é o templo vivo, no qual cada fiel é altar espiritual.
  3. O revestimento do altar indica que o altar cristão é a ara do Sacrifício Eucarístico e a mesa do Senhor, em volta da qual os sacerdotes e os fiéis, numa mesma e única ação, embora com função diversa, celebram o Memorial da morte e ressurreição de Cristo e comem a Ceia do Senhor. Por isso, o altar é preparado e festivamente ornado como mesa do banquete sacrificial. Isto claramente significa que ele é a mesa do Senhor, da qual todos os fiéis se aproximam com alegria, para se alimentarem do alimento divino, o Corpo e o Sangue de Cristo imolado.

Confira as fotos da celebração aqui.

 

Referência:
Dedicação da Igreja e do Altar, Conferência Episcopal Portuguesa – Pontifical Romano Reformado por Decreto do Concílio Ecumênico Vaticano II e Promulgado por Autoridade de S. S. o Papa Paulo VI
Catequese Canção Nova