Os apóstolos acompanharam Jesus durante três anos, durante os quais cultivaram uma amizade pessoal com Ele, sendo abençoados sem medida. É por isso que a perda mais terrível de suas vidas ocorreu na Sexta-feira Santa, quando Jesus morreu na cruz.
Em dois dos seus sermões sobre a Ascensão do Senhor, o Papa Leão I, “O Magno”, comentou que a Ascensão foi um momento de alegria para os apóstolos, e não de tristeza.
“E, portanto, os apóstolos mais abençoados e todos os discípulos, que se tinham se sentido desorientados por sua morte na cruz, mas voltaram ao crer em sua ressurreição, ficaram tão fortalecidos pela clareza da verdade, que quando o Senhor entrou nas alturas do céu, a tristeza não lhes afetou, e eles ficaram cheios de uma grande alegria”, afirmou o Papa.
Como se recorda, naqueles dias os apóstolos restantes, com exceção de João, se viram obrigados a refletir sobre o fato de que não estiveram presentes durante a Paixão e Crucificação do Senhor.
Por isso que os apóstolos ansiavam por ver Jesus novamente, para prostrar-se em seus pés e pedir o perdão de seu Amigo. Tiveram a oportunidade.
Jesus ressuscitou dos mortos e depois apareceu a eles, e podemos acreditar que o amor e o carinho deles por Cristo foram mais fortes do que nunca nestes dias após a Ressurreição.
No entanto, o tempo com Ele foi curto, porque apenas algumas semanas depois, Jesus ascendeu ao céu. Os apóstolos também sabiam que Jesus estava enviando o Espírito Santo, que os consolaria. Em sua ascensão, Jesus não os abandonava; Ele estava preparando um lugar para eles no Céu, onde não há tristeza, mas apenas felicidade.
O Papa Leão I comentou que “o motivo de sua alegria foi tão grande e impronunciável quando, à vista da multidão santa, acima da dignidade de todos os seres celestiais, a Natureza da humanidade subiu para passar sobre as filas dos anjos e subir além das alturas dos arcanjos”.
“Não foi apenas a fé dos apóstolos que foi confirmada pela Ascensão, mas os apóstolos finalmente entenderam as palavras de Jesus: ‘Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e vos tomarei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais'(João 14,3)”, refletiu.
Nesse sentido, de acordo com o Papa Leão I, os apóstolos foram revitalizados com alegria.
Santo Tomás de Aquino disse que um dos efeitos da Ascensão é dar esperança: “Ao colocar no Céu a natureza humana que Ele assumiu, Cristo nos deu a esperança de ir para lá”, expressou o santo.
“Fomos criados por Deus para compartilhar sua felicidade eterna. Além disso, devemos nos alegrar porque Jesus ainda está conosco no Santíssimo Sacramento. E assim, o que até então era visível do nosso Redentor se converteu em uma presença sacramental”, recordou o Pontífice.
Da mesma forma, o Papa ressaltou que Jesus ascendeu para preparar um lugar para todos aqueles que o amam, isso deve ser lembrado “quando os problemas do mundo nos angustiam, quando somos tentados pela tristeza”.
“Quando parece que o mal foi vitorioso, que o diabo venceu de alguma forma, devemos nos lembrar da Ascensão como prova de que Cristo venceu. De fato, Ele conquistou o mundo. E conquistou o mal”, afirmou.
Como aconselhou o Papa Leão I, “e assim, amadíssimos amores, alegremo-nos com alegria espiritual, e demos graças a Deus e elevemos os olhos de nossos corações sem impedimentos para as alturas de onde Cristo está”.
Este domingo da Ascensão deve ser um momento de grande alegria e esperança para todos os membros do Corpo Místico de Cristo, assim como para lembrar que todos somos chamados ao Céu.
Com informações do blog de John Clark – ‘National Catholic Register’.
Fonte: Acidigital