Era véspera de ano-novo, 1934-1935, e Santa Faustina se encontrava em adoração na capela do convento, quando rezou uma ladainha dedicada à Hóstia Santa.
O trecho número 356 do Diário de Santa Faustina, é bastante conhecido na Igreja e foi também inspiração para composição, assim como a própria mensagem da Divina Misericórdia e a santidade da Irmã Faustina Kowalska.
“Ó Hóstia Santa, na qual está encerrada a Fonte da Água Viva, que brota da infinita misericórdia para conosco, e especialmente para com os pobres pecadores!
Ó Hóstia Santa, na qual está encerrado o fogo do amor mais puro, que arde no seio do Pai Eterno, como num abismo de infinita misericórdia para conosco, e especialmente para com os pobres pecadores!”
No ano de 2003, como oferecimento ao centenário de nascimento de Santa Faustina, o Monsenhor Marco Frisina compôs um oratório sacro, que traz no título uma invocação conhecida em todo o mundo: Confido in te – Jesus, eu confio em Vós.
O oratório tem como ponto fundamental o misericordioso coração de Cristo, um abismo de consolo e amor para aqueles que se voltam para Ele com confiança.
Confira abaixo as composições do Monsenhor:
Volgeranno lo sguardo – Eles vão olhar
Le fiamme della misericordia – As chamas da misericórdia
Jezu ufam tobie – Jesus, eu confio em Vós
O Ostia Santa – Ó Hóstia Santa
Abbi misericordia – Tem misericórdia
Perchè eterna a la tua misericordia – Porque eterna é sua misericórdia
Preghiera nell’ora della misericordia – Oração na hora da misericórdia
La coroncina della divina misericordia – O Terço da Misericórdia Divina
Discorso di Giovanni Paolo II e benedizione – Discurso de João Paulo II e bênção
*** Você pode ouvir um trecho de cada uma das composições, clicando aqui.
Sobre Marco Frisina
Desde 1984, Monsenhor Marco Frisina é fundador e diretor, do Coro da Diocese de Roma, o qual anima as mais importantes liturgias diocesanas, sendo algumas presididas pelo Santo Padre.
É autor de muitos cânticos litúrgicos conhecidos e sua produção musical possui mais de trinta Oratórios Sagrados – inspirados em personagens bíblicos ou na vida de grandes santos.
O Monsenhor nasceu em Roma, e se formou em Composição no Conservatorio di Santa Cecilia. Depois de ter completado os estudos teológicos, especializou-se em Sagrada Escritura no Pontificio Istituto Biblico. Foi ordenado sacerdote em 1982, desde então exerce o seu ministério na Diocese de Roma.
De 1991 a 2011 foi diretor da Comissão de Liturgia da Diocese de Roma e atualmente é presidente da Comissão Diocesana para a Arte Sacra e os Bens Culturais, consultor do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização e Reitor da Basílica de Santa Cecília no Trastevere. Professor na Pontificia Università della Santa Croce e o Pontificio Istituto di Musica Sacra.
Trecho do Diário que foi adaptado na composição de Frisina:
Ó Hóstia Santa, na qual está encerrado o testamento da misericórdia divina para nós, e especialmente para os pobres pecadores!
Ó Hóstia Santa, na qual está encerrado o Corpo e o Sangue do Nosso Senhor, como testemunho da infinita misericórdia para conosco, e especialmente para com os pobres pecadores!
Ó Hóstia Santa, na qual está encerrada a vida eterna e a infinita misericórdia, concedida copiosamente a nós, e especialmente aos pobres pecadores!
Ó Hóstia Santa, na qual está encerrada a misericórdia do Pai, do Filho e do Espírito Santo para conosco, e especialmente para com os pobres pecadores!
Ó Hóstia Santa, na qual está encerrado o infinito preço da misericórdia, que pagará todas as nossas dívidas, e especialmente para com os pobres pecadores!
Ó Hóstia Santa, na qual está encerrada a Fonte da Água Viva, que brota da infinita misericórdia para conosco, e especialmente para com os pobres pecadores!
Ó Hóstia Santa, na qual está encerrado o fogo do amor mais puro, que arde no seio do Pai Eterno, como num abismo de infinita misericórdia para conosco, e especialmente para com os pobres pecadores!
Ó Hóstia Santa, na qual está encerrado o remédio para todas as nossas doenças, que flui da infinita Misericórdia como de uma fonte para nós, e especialmente para os pobres pecadores!
Ó Hóstia Santa, na qual está encerrada a união entre Deus e nós, pela infinita misericórdia para conosco, e especialmente para com os pobres pecadores!
Ó Hóstia Santa, na qual estão encerrados todos os sentimentos do dulcíssimo Coração de Jesus para conosco, e especialmente para com os pobres pecadores!
Ó Hóstia Santa, nossa única esperança, em todos os sofrimentos e contrariedades da vida!
Ó Hóstia Santa, nossa única esperança, em meio às trevas e às tempestades interiores e exteriores!
Ó Hóstia Santa, nossa única esperança na vida e na hora da morte!
Ó Hóstia Santa, nossa única esperança em meio aos insucessos e às profundas incertezas!
Ó Hóstia Santa, nossa única esperança em meio às falsidades e às traições!
Ó Hóstia Santa, nossa única esperança nas trevas e na perversidade que cobrem a terra!
Ó Hóstia Santa, nossa única esperança em meio à saudade e à dor, em que ninguém nos compreende!
Ó Hóstia Santa, nossa única esperança em meio aos afazeres e à monotonia da vida cotidiana!
Ó Hóstia Santa, nossa única esperança em meio às ruínas dos nossos anseios e esforços!
Ó Hóstia Santa, nossa única esperança em meio aos ataques do inimigo e às investidas do inferno!
Ó Hóstia Santa, confio em Vós, quando as dificuldades superarem as minhas forças, quando eu vir ineficazes os meus esforços!
Ó Hóstia Santa, confio em Vós, quando as tempestades agitarem o meu coração e o espírito atemorizado inclinar-se ao desespero!
Ó Hóstia Santa, confio em Vós, quando o meu coração tremer e quando o suor mortal cobrir a minha fronte!
Ó Hóstia Santa, confio em Vós, quando tudo conspirar contra mim e o negro desespero dominar a minha alma!
Ó Hóstia Santa, confio em Vós, quando a minha vista se apagar para tudo o que é terrestre, e o meu espírito vir pela primeira vez os mundos desconhecidos!
Ó Hóstia Santa, confio em Vós, quando os meus trabalhos superarem as minhas forças, e o insucesso me acompanhar continuamente!
Ó Hóstia Santa, confio em Vós, quando o cumprimento da virtude me parecer difícil e a minha natureza se revoltar!
Ó Hóstia Santa, confio em Vós, quando os golpes do inimigo forem desferidos contra mim!
Ó Hóstia Santa, confio em Vós, quando os trabalhos e os esforços forem condenados pelos homens!
Ó Hóstia Santa, confio em Vós, quando soar sobre mim o Vosso Juízo; então, confiarei no oceano da Vossa misericórdia.(Diário, 356)