No último fim de semana, o Papa Francisco concedeu uma entrevista à Rádio Cope, emissora da Conferência Episcopal Espanhola, durante uma hora e meia. Esta é a primeira entrevista após a cirurgia de estenose diverticular e também a primeira para uma rádio na Espanha.
Entre os assuntos abordados, o Santo Padre destacou a questão da eutanásia, que foi recentemente aprovada na Espanha.
“A legalização desta prática é um sinal da “cultura do descartável” que agora permeia as sociedades modernas: ‘O que é inútil é descartado’”.
Os idosos são descartáveis: eles são um incômodo. Também os doentes terminais; até mesmo as crianças indesejadas, e elas são enviadas ao remetente antes de nascerem”, afirma.
O Papa tem denunciado a “cultura do descarte” desde o início do pontificado, lembrando que toda vida vale e merece ser defendida e respeitada. Francisco também exorta os fiéis a lutar contra essa cultura e viver a cultura do receber, do acolher, da proximidade, da fraternidade.
“A cultura demográfica está com prejuízo porque olha para o lucro. Olha para o da frente… e às vezes usando a compaixão! O que a Igreja pede é que se ajude as pessoas a morrerem com dignidade. Ela sempre o fez”, comenta Francisco com o repórter.
Antes de encerrar o tema, o Pontífice não deixou de condenar o aborto mais uma vez:
“Diante de uma vida humana, eu me faço duas perguntas: é lícito eliminar uma vida humana para resolver um problema? É correto contratar um assassino para resolver um problema?”.
A entrevista abordou também sobre a saúde do Santo Padres após a operação, sobre os desafios do pontificado e questões sociais como a crise no Afeganistão.
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Fonte: Vatican News