O que são e para que servem as indulgências?
Na Sua obediência até a morte, Cristo tomou sobre Si toda a desobediência humana, sofre a nossa culpa até o fundo e a vence. Queima o nosso pecado no fogo do Seu amor sofredor e redentor e livra-nos da condenação eterna ‒ da pena eterna dos nossos pecados.
Quando sinceramente nos arrependemos dos nossos pecados e os confessamos a um sacerdote com firme propósito de não mais pecar ‒ permitimos que Cristo nos mergulhe no Sangue e Água que jorram do Seu Coração; então somos perdoados de toda a nossa culpa e somos reintegrados no Corpo Místico de Cristo, as penas eternas dos nossos pecados são pagas pelos méritos do sacrifício de Cristo na Cruz.
O Coração rasgado de Cristo na Cruz é, portanto, a Porta aberta pela qual podemos entrar no Céu. Contudo para entrarmos no Céu devemos estar livres também das penas temporais dos nossos pecados ‒ que são as cicatrizes, marcas que os pecados deixam em nós. Se não formos purificados das penas temporais dos nossos pecados aqui na terra, temos que fazer isso no purgatório – porque no Céu só entramos se nosso amor estiver totalmente purificado.
A Igreja, com a autoridade que lhe foi dada por Cristo de dispensadora dos méritos da redenção, para ajudar seus filhos a alcançarem o Paraíso, concede para eles, por meio das indulgências, a possibilidade de serem livres das culpas temporais já nesta vida terrena; para isso, utiliza-se dos seus tesouros: os méritos de Cristo e dos santos.
“Desejo conceder indulgência plenária às almas que se confessarem e receberem a santa Comunhão na Festa da Minha misericórdia.” (Diário, 1109)
Quais são as etapas que devo cumprir para alcançar a indulgência plenária?
Para alcançar as indulgências plenárias (remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos pecados cuja culpa já foi apagada), para si ou para aqueles que estão no purgatório, os quais já nada podem fazer por si e que esperam pela nossa ajuda ‒ é preciso, devidamente disposto, cumprir certas condições e determinadas ações prescritas pela Igreja:
- Fazer exame de consciência e confessar-se, renunciando sinceramente a todo apego ao pecado, mesmo venial;
- Refletir sobre a misericórdia divina;
- Receber a santa Eucaristia;
- Rezar um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Creio nas intenções do Santo Padre, com uma prece por ele.
“Se o homem não se encontra com a misericórdia divina, se não a experimenta e se não participa dela vivamente, permanece para si próprio um ser incompreensível e a sua vida é destituída de sentido. É na misericórdia divina que o homem reencontra a sua grandeza, a sua dignidade e o valor próprio da sua humanidade.” ‒ São João Paulo II