Ela partiu desta vida muito jovem, aos 19 anos de idade, mas já era modelo de santidade para todos – em especial para a juventude latino-americana, da qual foi declarada padroeira.

Santa Teresa dos Andes, entre cujos lemas de vida estava “Meu espelho há de ser Maria“, resumiu assim a própria vida: “Cristo, esse louco de amor, me tornou louca também”.

Juana Fernández Solar nasceu em Santiago do Chile em 1900, filha de Miguel e Lucía. A partir dos 6 anos, já participava da Santa Missa quase todos os dias, junto com a mãe, e a proximidade da Eucaristia lhe despertava um grande almejo pela Primeira Comunhão, finalmente recebida em 1910. A menina passou então a comungar todos os dias e a passar longos momentos de diálogo pessoal com Jesus Eucarístico.

Juana estudou durante 11 anos no Colégio do Sagrado Coração, os últimos três como interna. Seu grande sacrifício era ficar longe da família, à qual era muito apegada.

Aos 14 anos, começou a perceber a vocação à vida religiosa, num processo de discernimento que foi aprofundando mediante a correspondência com a superiora das carmelitas descalças. Aos 17 anos, Juana manifestou o desejo de se tornar carmelita e, dando continuidade ao cuidadoso processo de discernimento, ingressou no convento dos Andes em 1919, tomando o nome de Teresa de Jesus.

A vida no carmelo foi breve para ela: onze meses depois, a irmã Teresa faleceu em decorrência de febre tifoide. Era o dia 12 de abril de 1920. Ela tinha 19 anos de idade.

A irmã Teresa foi beatificada por São João Paulo II em 1987 e canonizada pelo mesmo Papa em 1993, quando ele a chamou pela primeira vez de Santa Teresa de Jesus dos Andes e recordou que ela era não apenas a primeira santa chilena, mas também a primeira carmelita descalça da América Latina a ser elevada aos altares.

Na homilia de canonização, São João Paulo II destacou:

“Esta carmelita chilena, que viveu com alegria e como modelo da perene juventude do Evangelho, oferece a uma sociedade secularizada, que vive de costas para Deus, o testemunho límpido de uma existência que proclama aos homens e às mulheres de hoje que no amar, adorar e servir a Deus estão a grandeza e a alegria, a liberdade e a realização plena da criatura humana (…) Do claustro, ela grita suavemente: ‘Só Deus basta!’, especialmente aos jovens, aos famintos de verdade e aos que estão em busca de uma luz para dar sentido à sua vida (…) A uma juventude solicitada pelas contínuas mensagens e estímulos de uma cultura erotizada, a uma sociedade que confunde amor genuíno, que é doação, com o uso hedonista do outro, esta jovem virgem dos Andes proclama hoje a beleza e a bem-aventurança que emana dos corações puros”.
De fato, a alegria é apontada como uma das suas maiores características: uma genuína alegria de viver, baseada em Deus e no Seu Amor.

Fonte: Aleteia