Compreender o que consiste ser santo é uma tarefa que poucos conseguem entender profundamente. Para aqueles que não fizeram a experiência de Deus, santidade é “beatice”, para ser vivida por seres extraterrestres. Para outros é algo distante, vivida por pessoas em outros séculos. Isso acontece porque os santos dos nossos dias ainda não tiveram impacto nos rumos da humanidade e suas vidas ainda não foram completamente apreciadas, enquanto santos do passado já instigaram profundamente mudanças na vida de muitas pessoas. Ser santo nos nossos dias consiste em escutar a palavra Cristo que ecoa no silêncio do coração, acordar e o testemunhar em todas as relações humanas.
Hoje, mais do que nunca precisamos de jovens santos. Que sejam testemunhas visíveis de Cristo. Que fermentem a massa. Que saibam utilizar com sabedoria o Twitter e o Facebook. Que saibam dialogar com quem pensa e vive diferente. Que escute e ame verdadeiramente seja quem for. Ser santo contemporâneo é muito mais que compartilhar uma mensagem bíblica no facebook, colocar na Time Line uma imagem de Jesus Misericordioso, um twitt de uma frase do evangelho, ou, apenas usar uma cruz no pescoço. É transmitir uma vida interior profunda, coerente, com valores perceptíveis, testemunhado em atos e palavras. É fazer com que os ostros percebam o Jesus sem mesmo mencionar o nome Dele. É estar no mundo, é saborear as coisas puras e boas do mundo, mas, não ser mundano.
Alguns pensam que ser santo é negar seu eu, sua vontade, seus sentimentos. Santo é aquele que sabe extrair das artes, da música, do cinema, do lazer, dos sentimentos, do cotidiano, da contemplação da natureza, valores transcendentes.
O cultivo e a partilha do amor expresso com gestos concretos pode sem dúvida transformar as situações mais caóticas. Quanta gente vive sem amor, aguardando um sorriso, um abraço, um “eu te amo”. Pequenos atos causam mudanças profundas e duradouras. Os santos saem das relações frias e distantes. Eles escutam, consolam e amam.
Escrito por Thiago Radael