A Memória de São João Crisóstomo é celebrada no dia 13 de setembro
Na antiguidade cristã, as Igrejas da cristandade estavam organizadas, em linhas gerais, em torno de 5 grandes patriarcados: Roma, Constantinopla, Alexandria (Egito), Antioquia (Síria) e Jerusalém.
A Igreja Ucraniana – pela graça de Deus, tão presente em nossa diocese de Curitiba – é uma Igreja de tradição bizantina (inclusive o rito bizantino é também chamado “Liturgia de São João Crisóstomo).
Outra Igreja muito especial, também de tradição bizantina e presente em Curitiba, é a Igreja Ortodoxa Antioquena (Paróquia São Jorge, nas Mercês).
Os ensinamentos de São João Crisóstomo são um grande tesouro, e seus textos são extremamente atuais. Abaixo, temos o comentário sobre a parábola do tesouro e da pérola, do Evangelho de Mateus.
Quem encontrou a pérola de grande valor – que é o Reino de Cristo – não a troca por nada no mundo!
São João Crisóstomo – Bispo de Constantinopla. (c. 345-407)
As duas parábolas do tesouro e da pérola nos ensinam a mesma coisa: que temos de preferir o Evangelho a todos os tesouros do mundo. Mas há uma situação ainda mais meritória: preferi-lo com gosto, com alegria e sem hesitação. Jamais podemos esquecer-nos de que ganhamos mais do que perdemos ao renunciar a tudo para seguir a Deus. O anúncio do Evangelho está oculto neste mundo como um tesouro escondido, um tesouro inestimável.
Para procurar esse tesouro, são necessárias duas condições: a renúncia aos bens do mundo e uma sólida coragem. Efetivamente, trata-se «de um negociante que busca boas pérolas. Tendo encontrado uma pérola de grande valor, vende tudo quanto possui e compra a pérola». Essa pérola única é a verdade, e a verdade é una, não se divide. Possuis uma pérola? Tu conheces a tua riqueza; mas, se a tens fechada na concha da mão, o mundo ignora a tua fortuna. Acontece o mesmo com o Evangelho. Se o abraças com fé, e o manténs fechado no coração, que tesouro! Mas só tu o conhecerás: os não crentes, que ignoram a sua natureza e o seu valor, não fazem ideia da incomparável riqueza que tu possuis.
Homilias sobre o Evangelho de Mateus, n° 47, 2