Caderno I
1 No dia 22 de fevereiro de 1931, durante a estada em Płock, irmã Faustina recebeu de Nosso Senhor a ordem de pintar uma imagem de acordo com o modelo que lhe foi mostrado (cf. Diário, 47); ela esforçou-se por cumprir essa recomendação, mas, não conhecendo a técnica da pintura, não tinha condições de realizá-la sozinha. No entanto, não abandonou a ideia de pintar a imagem e buscava a ajuda das irmãs e dos confessores (A. SF, Declarações).
Quando, em 1933, irmã Faustina veio para Vilnius, o seu confessor, Pe. Prof. Miguel Sopoćko, dirigiu-se ao artista e pintor Eugeniusz Kazimirowski com a proposta de pintar a Imagem de acordo com as indicações da Ir. Faustina (o sobrenome do pintor até 1988 continuava a ser citado erroneamente como Kazimierowski; cf. Dizionario degli Artisti Polacchi e Stranieri che hanno operato in Polonia, por Janusz Derwojed, Ossolineum, v. III, 1979). Essa Imagem foi terminada em junho de 1934 e colocada no corredor do convento das irmãs Bernardinas junto à igreja de São Miguel em Vilnius, onde o Pe. Sopoćko era, então, reitor.
Durante as solenidades do encerramento do Ano Jubilar da Redenção do mundo, em 1935, a Imagem da Misericórdia Divina foi transferida para Ostra Brama (Porta Oriental) de Vilnius, e colocada numa janela do pórtico da antiga igreja de Santa Teresa, de forma que podia ser vista de longe, e aí permaneceu de 26 a 28 de abril de 1935 (os três últimos dias da oitava da Páscoa). No dia 4 de abril de 1937, com a autorização do Metropolita de Vilnius, arcebispo Romuald Jałbrzykowski, a Imagem foi abençoada e colocada na igreja de São Miguel em Vilnius.
No ano de 1941, por recomendação do mesmo arcebispo, foi convocada uma comissão de especialistas em iconografia, que declarou que a Imagem da Misericórdia Divina, pintada por Eugeniusz Kazimirowski, era artisticamente realizada e constituía uma obra preciosa na arte sacra contemporânea.
Eis as características da Imagem: o fundo monocolor, índico (cf. testemunho da Ir. M. Francisca Borgia, Summ., p. 18 § 35 - fim); a figura de Cristo em pé em atitude de andar; a cabeça circundada de uma leve auréola; os olhos ligeiramente baixos, como quem olhasse de cima; a mão direita levantada para abençoar ou para absolver, a esquerda, junto à veste, próximo do coração, que não se vê, mas do qual saem dois raios, um claro, à direita de quem olha, e outro, vermelho, à esquerda; a luz dos raios ilumina as mãos e a veste.
A pedido das irmãs da CNSM, em 1942, Stanisław Batowski pintou em Lwów (Leopolis) uma outra imagem, que foi colocada em um altar lateral da capela da congregação em Varsóvia, na rua Zytnia 3/9. Durante o levante de Varsóvia a capela foi destruída por um incêndio, e com ela igualmente a imagem. O quadro de Batowski havia suscitado um agrado geral e, por isso, a superiora geral da congregação lhe pediu que pintasse uma outra imagem para a casa em Cracóvia, onde já se estava difundindo a devoção para com a Misericórdia Divina na nova forma. Essa imagem foi feita e trazida a Cracóvia no dia 06 de outubro de 1943.
Nesse ínterim, o artista Adolf Hyla propôs à superiora da casa em Cracóvia pintar uma imagem para a capela das irmãs, que gostaria de ofertar como ex-voto por ter saído vivo da guerra. A superiora da casa, madre Irena Krzyżanowska, após ter pedido o conselho das irmãs mais velhas e do frei Józef Andrasz S.J., sugeriu que o Sr. Hyla pintasse uma Imagem da Misericórdia Divina de acordo com a descrição da visão da irmã Faustina. Com esse objetivo Hyla recebeu uma descrição da Imagem (transcrita do Diário da irmã Faustina) e um pequeno santinho — cópia da imagem de Eugeniusz Kazimirowski, para de acordo com esses dados pintar a imagem. O pintor começou o seu trabalho em novembro de 1942, e no outono de 1943 a imagem foi terminada e levada à casa da congregação em Cracóvia. No dia 7 de março de 1943 a Imagem de Jesus Misericordioso, obra de A. Hyla, foi solenemente abençoada por Fr. J. Andrasz, na capela, em Cracóvia.
No dia 6 de outubro de 1943 chegou também a imagem pintada por Stanisław Batowski. Por essa razão surgiu o problema de saber qual dessas imagens deveria ficar na capela das irmãs. Essa questão foi decidida pelo arcebispo e metropolita de Cracóvia, cardeal Adam Sapieha (1912-1951, feito cardeal em 1946), durante uma visita ocasional. Após ter examinado ambas as imagens, disse: “visto que Hyla pintou a imagem como ex-voto, que ela fique, então, na capela das irmãs”.
Essa imagem permanece até o dia de hoje no altar lateral (do lado esquerdo da entrada principal) na capela da CNSM em Cracóvia, na rua Wronia 3/9, sendo venerada como a Imagem de Jezu, ufam tobie, “Jesus, confio em Vós”, da irmã Faustina Kowalska. Vêm pessoas não só de toda a Polônia, mas também do exterior, para pedir a Jesus Misericordioso as graças de que necessitam. Ao redor da Imagem encontram-se numerosos ex-votos.
A Imagem da Misericórdia Divina de A. Hyla na capela da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia em Cracóvia-Łagiewniki em breve se tornou muito conhecida por causa das graças recebidas, e as suas reproduções e cópias espalharam-se por todo o mundo. Deste modo cumpria-se o desejo de Nosso Senhor dirigido à irmã Faustina já durante a primeira visão da Imagem em Płock: “Desejo que esta Imagem seja venerada primeiramente na vossa capela e depois no mundo inteiro” (D. 47).
A imagem da autoria de E. Batowski, por sua vez, foi colocada na antiga capela da Misericórdia de Deus em Cracóvia, no cruzamento das ruas Smoleńsk e Felicjańska, sob o portal da qual se encontra a dedicação “À Divina Misericórdia”. Sobre uma lápide (hoje dentro de uma igrejinha) se encontra a seguinte epígrafe comemorativa:
D.O.M./MATRI DEI/ S S. OMNIBUS/AEDES ET ARA/ MISERICORDIAE DNI/ PIORUM ELEEMOSYNIS//EXTRUCTA A.D. MDCL/ IV. KAL. AUG.//POST DESOLATIONEM SVETICAM REAEDIFICATUM/ A.D. MDCLXV
[tradução: D.O.M.- Deo optimo maximo - a Deus, o melhor e o maior/ à Mãe de Deus/ a todos os santos/templos e altares/ à misericórida do Senhor (dni - domini)/ às esmolas dos pios// construída em 1650 d.C./quatro dias antes das calendas de Agosto// reedificada após a desolação sueca/1665 d.C.].
Nos anos seguintes muitos pintores pintaram imagens de Cristo misericordioso, tomando como modelo as já existentes, ou pintando de acordo com a própria imaginação, com base na descrição do Diário da irmã Faustina (A. SF, cartas e recordações).
2 “aqui” — significa na Imagem da Divina Misericórdia.
3 J.M.J. — é o símbolo da congregação e designa os nomes: Jesus, Maria, José.
4 Durante a vida da irmã Faustina a cidade de Vilnius pertencia à Polônia; hoje é capital da Lituânia.
5 Durante a sua estada em Vilnius, irmã Faustina recebeu de seu confessor a ordem de anotar por escrito as suas experiências interiores.
À pergunta da congregação — por que a irmã Faustina havia escrito o seu Diário — o seu confessor, Pe. Prof. Miguel Sopoćko, respondeu: “Eu era então professor no seminário maior e na faculdade de teologia da Universidade ‘Stefan Batory’ de Vilnius. Não tinha tempo para ouvir as suas longas confidências no confessionário, mandei que ela as anotasse num caderno e as apresentasse para mim, de tempo em tempo. Daí surgiu o Diário...” (Carta do dia 06.03.1972). Além da ordem do confessor, irmã Faustina menciona, muitas vezes, no seu Diário a ordem expressa de escrever dada pelo próprio Senhor (cf. Diário, 372, 459, 895, 965, 1142, 1160, 1457, 1665 e outros).
6 Com a expressão “vaidades da vida” entendia a vida normal das pessoas no mundo, que prestam pouca atenção às inspirações interiores da graça, ao passo que se entregam inteiramente às coisas temporais, ocupações, diversões etc.
7 Por “diversões” entendia provavelmente os encontros com as companheiras e os entretenimentos de dança.
8 Irmã Faustina sublinha que buscava absorver-se totalmente nos afazeres da vida cotidiana, evitando os pensamentos que se relacionassem com o Senhor.
9 O baile teve lugar no parque, “Veneza” em Łodź, não longe da catedral de Santo Estanislau Kostka. Nesse baile esteve também a amiga de Helena (irmã Faustina), Lucina Strzelecka, mais tarde irmã Julita, S.J.K. (Recordações das irmãs Ursulinas de 1991). Outro detalhe que indica a cidade de Łodź é a referência à catedral de Santo Estanislau Kostka.
10 É difícil estabelecer hoje de que povoado se trata. Todavia, sem dúvida, a igreja, de que depois se fala, é a igreja de São Tiago em Varsóvia, na rua Grójecka (Praça Narutowicz), no bairro Ochota. Ora, nas proximidades desta igreja ficava a linha dos trens elétricos suburbanos em direção a Pruszków, em cujo percurso ficavam muitos lugarejos. É mais que provável que Helena tenha tomado esse trem, embora não se saiba em que ponto desembarcou, pois nem ela, nem nenhuma das testemunhas durante o processo informativo (a propósito de sua vida e de suas virtudes), conseguiu recordar o dia da sua chegada a Varsóvia e onde passou essa primeira noite.
11 Era a igreja de São Tiago em Varsóvia (vide nota anterior).
12 Esse sacerdote era o Pe. Jakub Dąbrowski, pároco da paróquia de São Tiago em Varsóvia. O Pe. Jakub Dąbrowski nasceu no dia 18.07.1862. Foi ordenado sacerdote em 1888. Por longos anos foi administrador da paróquia de São Tiago junto à igreja da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, em Varsóvia, rua Grójecka. Desempenhava as funções de decano do Decanato suburbano de Varsóvia, e desde 1935 foi cônego do capítulo da Colegiatura de Łowicz. Morreu durante a Segunda Guerra Mundial.
“Meu marido — conta Aldona Lipszyc — pediu ao vigário da paróquia de São Tiago em Ochota que encontrasse alguém para me ajudar em casa. O cônego Jakub Dąbrowski tinha sido antigamente vigário em Klembów e era amigo do meu marido. Batizou-o, casou-nos e batizou todos os nossos filhos. O cônego enviou para nós — era no verão de 1924 — Helena Kowalska, com um bilhete no qual dizia que não a conhecia, mas fazia votos que desse certo” (A. SF - R.).
13 A senhora era Aldona Lipszyc, que residia então em Ostrówek, município Klembów, distrito Radzymin. Nasceu no dia 14.04.1896 em Tbilisi, Rússia, como filha de Serafin Jastrzębski e Maria Lemke Jastrzebski. Nos anos 1965/66 foi uma das testemunhas no processo informativo da irmã Faustina.
14 Não foi possível estabelecer em quais conventos Helena Kowalska pedira para ser aceita.
15 Helena Kowalska apresentou-se por fim na CNSM em Varsóvia, na rua Zytnia 3/9, que em seu Diário indica como “a nossa porta”.
16 Saiu ao encontro de Helena Kowalska a madre Michaela Moraczewska, então superiora da casa em Varsóvia, na rua Zytnia 3/9.
Madre Michaela (Olga Moraczewska) nasceu em 1873. Para a época, possuía instrução elevada, falava diversas línguas, havia terminado os estudos no conservatório musical. Ingressou na congregação já adulta. Após os votos perpétuos foi nomeada superiora da casa em Varsóvia. Desempenhou essa função até 1928. Terminada a gestão de superiora geral da madre Leonarda Cielecka, assumiu o governo de toda a congregação. Enquanto desempenhava a função de superiora geral, foram aprovadas as constituições da congregação. Amava imensamente a congregação e buscava o seu desenvolvimento, seja do ponto de vista espiritual, seja das atividades externas. Fundou novas casas em Varsóvia, Grochów, Rabka, Lwów, e uma filial da casa de Płock no povoado de Biała, a 10 Km de Płock. Faleceu em Cracóvia, no dia 15.11.1966 e foi sepultada no cemitério da congregação (A. ZMBM - Cron.).
17 Helena Kowalska ficou trabalhando por mais um ano na casa de Aldona Lipszyc e a seguir, sem retornar à casa dos pais, ingressou na congregação.
18 Em 1925 a festa de Corpus Christi caiu no dia 18 de junho e a sua oitava, no dia 25 de junho.
19 Helena Kowalska, obediente à vontade dos superiores, apresentou-se novamente na congregação depois de um ano, isto é, no dia 1º de agosto de 1925, sendo, dessa vez, aceita (A. ZMBM - C).
20 Madre Michaela Moraczewska (cf. nota 16).
21 Visto que em Varsóvia, na rua Zytnia, a capela se encontrava num prédio separado, distante alguns metros da residência das irmãs, foi feita uma outra capelinha no primeiro andar da casa habitada pelas irmãs. Com a autorização da cúria do arcebispado, era mantido aí o Santíssimo Sacramento e, de acordo com as prescrições da Igreja, de vez em quando era celebrada aí uma santa Missa. Essa capela era chamada pelas irmãs de “pequena capela” ou “pequeno Jesus”.
22 De acordo com o costume da congregação, após as 21 horas era obrigatório o silêncio canônico. Nessa hora as irmãs, em recolhimento, dirigiam-se para o descanso. A recitação silenciosa de orações particulares na cela, obviamente, não era proibida. Provavelmente Ir. Faustina considerava uma transgressão contra os costumes rezar prostrada no chão, não a oração em si.
23 Os confessores na casa da congregação na rua Zytnia eram nessa época: ordinário (semanal) — o Pe. Piotr Loewe e o Pe. Bronisław Kulesza. O confessor extraordinário era o frei Alojzy Bukowski, S.J. É difícil estabelecer agora com qual deles confessou-se naquele dia a jovem candidata.
Padre Piotr Loewe, nascido no dia 18.11.1875, ordenado sacerdote no dia 31.05.1898. Desempenhava as funções de professor do seminário de Varsóvia, notário e depois vice-oficial do tribunal eclesiástico (do arcebispo) em Varsóvia. Faleceu no dia 19.09.1951. Padre Bronislaw Kulesza, nascido no dia 11.06.1885, ordenado sacerdote no dia 18.10.1908. Foi diretor em várias escolas. Faleceu no dia 05.05.1975.
Frei Alojzy Bukowski, nascido no dia 29.08.1873, ordenado sacerdote em Pelplin, no dia 25.04.1897. Após dois anos de trabalho apostólico na diocese, ingressou na Companhia de Jesus. Foi professor de teologia dogmática no seminário em Widnawa, e posteriormente na Universidade de Varsóvia. Faleceu no dia 07.07.1941 (A. SJ.).
24 Em consequência de experiências espirituais, trabalho interior excessivamente intenso e mudança de curso de vida, Helena Kowalska começou a sentir um esgotamento geral, o que alarmou as superioras. Helena foi, por isso, enviada à casa de descanso em Skolimów, perto de Varsóvia.
25 As crônicas da casa de Varsóvia, na rua Zytnia, foram destruídas durante a guerra. É difícil, portanto, estabelecer com quais irmãs a jovem postulante partiu para Skolimów.
26 Como “superioras” devem ser consideradas aqui: a superiora geral e a mestra das postulantes. Eram elas, efetivamente, que decidiam sobre a admissão da irmã Faustina para a tomada de hábito e, portanto, também dependia delas enviá-la à casa de noviciado em Cracóvia.
A superiora geral era então a madre Leonarda Cielecka, nascida no dia 24.12.1850 em Paplin, região de Siedlce. Descendia de uma família de agricultores, recebeu instrução superior, conhecimento de línguas e preparação musical. Ingressou na congregação no dia 01.09.1885. Fez os votos perpétuos em 1893, em Varsóvia. Desde cedo começou a ocupar na congregação cargos de responsabilidade. Em 1908 foi nomeada superiora na casa da congregação em Derdy, perto de Varsóvia. Desde 1912 desempenhava a função de superiora em Varsóvia, e desde 1918, em Walendów. Após a separação da congregação da casa geral na França; no primeiro capítulo feiro na Polônia, Varsóvia, em 1922, foi eleita como primeira superiora geral das casas da congregação na Polônia. Desempenhou essa função por seis anos, isto é, até o ano de 1928 e, posteriormente, ainda auxiliava a superiora geral como sua assistente. Faleceu no dia 01.11.1933. A mestra das postulantes era então a madre Janina Bartkiewicz, nascida no dia 31.07.1858. Ingressou na congregação no dia 10.12.1877. Fez os votos perpétuos na França, em Laval, em 1885. No tempo em que a Congregação de Nossa Senhora da Misericórdia era dependente da casa geral na França, madre Janina desempenhou o cargo de vigária geral para as casas na Polônia. Era uma pessoa ativa e enérgica, algumas vezes até autoritária. Amava muito a congregação e desejava o seu bem, buscando-o porem, às vezes, de maneira não muito agradável à natureza humana. O seu relacionamento com as candidatas e jovens irmãs era a seu modo cordial e terno. Sabia ser muito bondosa, mas ao mesmo tempo exercitava as irmãs, o que criava uma atmosfera de medo. Terminada a sua gestão de vigária geral, por algum tempo foi mestra do noviciado e da terceira provação. Em consequência disso, por toda a vida julgava-se autorizada a chamar a atenção das irmãs jovens. Faleceu em Varsóvia no dia 01.07.1940 (A. ZMBM - C e D).
27 Terminada a “provação” (o postulantado), a candidata faz um retiro de oito dias. Durante a cerimônia da tomada de hábito recebe o nome religioso, iniciando o noviciado. Na CNSM (ZMBM), o noviciado dura dois anos. O primeiro ano, chamado “canônico”, é destinado ao aprofundamento da vida interior e ao conhecimento da espiritualidade da congregação. Durante esse tempo, a noviça não pode frequentar nenhuma escola, dedicar-se aos estudos ou executar trabalhos que a absorvam demasiadamente. No segundo ano do noviciado podem as noviças, além dos seus exercícios religiosos, dedicar-se já aos estudos ou trabalhar sob a direção das irmãs professas. Se a prova, tanto da parte da congregação como da parte da noviça, for julgada satisfatória, a noviça, depois de dois anos, faz os votos temporários por um ano, que posteriormente renova por cinco anos. Durante esse tempo a professa pode abandonar a congregação, ou ainda ser afastada dela. Se também esta última prova ocorrer positivamente, a professa é admitida aos votos perpétuos (Const. Congr.).
28 O Pe. M. Sopoćko tinha recomendado à Ir. Faustina não escrever os nomes das irmãs no Diário. Helena Kowalska foi para Cracóvia no dia 23.01.1926, para aí concluir o postulantado. Nesse mesmo dia faleceu em Cracóvia a irmã Henryka Łosińska, nascida no dia 20.01.1897, que havia ingressado na congregação em 1920. Havia trabalhado como sapateira (A. ZMBM - AD.).
29 A mestra do noviciado era então a irmã Małgorzata (Anna Gimbutt), nascida em 10.10.1857, ingressou na congregação em 1893. Prestou grandes serviços à congregação trabalhando como mestra do noviciado, superiora da casa em Vilnius, e posteriormente como instrutora da “terceira provação”. Distinguiu-se pelo espírito de desprendimento, de mortificação, de grande severidade para consigo mesma. Humilde, silenciosa, sempre mergulhada em oração, notável na observância das regras religiosas, era um modelo para as irmãs, especialmente para aquelas que ficavam sob a sua proteção. Faleceu no dia 08.05.1942.
30 Trata-se do bispo Stanisław Rospond. Nasceu em Liszki, distrito de Cracóvia, no dia 30.09.1877. Após prestar o exame de madureza no Ginásio Santa Ana de Cracóvia, ingressou no seminário diocesano, de onde, após um ano, foi enviado para estudos teológicos em Innsbruck, e aí em 1904 obteve o grau de doutor em teologia. Foi ordenado sacerdote no dia 10.08.1901. Desempenhou a função de prefeito do seminário de Cracóvia, posteriormente, de reitor do seminário. Era confessor ordinário das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia. No dia 12.06.1927 foi sagrado bispo. Por longos anos desempenhou as funções de vigário-geral. Com a CNSM uniam-no relações muito cordiais. Duas vezes por ano dirigia as cerimônias da vestidura e dos votos religiosos. Faleceu no dia 04.02.1958 e foi sepultado no jazigo da família em Liszki.
31 Foi no dia da tomada do hábito — 30.04.1926. Esse momento é lembrado pela irmã Klemensa Buczek, que durante a cerimônia da tomada do hábito vestia as candidatas com as vestes religiosas. Assim escreve sobre isso nas suas recordações: “Em maio [sic] de 1926 eu devia vestir a Heleninha Kowalska. Quando a candidata recebeu o hábito junto ao altar, eu disse a ela: — Heleninha, apressemo-nos para vestir o hábito. — Heleninha desmaiou. Fui depressa buscar água-de-colônia, para reanimá-la... Depois eu a ficava aborrecendo dizendo que lhe dava pena abandonar o mundo. Somente depois da sua morte fiquei sabendo que a causa do desmaio não tinha nada a ver com a pena de deixar o mundo” (A. SF - Rec.; Summ., p.310, §930 ad 12).
32 A mestra nessa época era a irmã Maria Józefa (Stefania Brzoza), nascida em 1889. Ingressou na congregação em 1909. Fez os votos perpétuos no dia 15.05.1917. Desempenhou o cargo de educadora das moças no instituto em Cracóvia. Em 1925 foi enviada à França, para Laval, a fim de que na casa geral da congregação pudesse observar mais de perto a formação do noviciado e haurir o espírito da congregação. Após a volta de Laval, assumiu o noviciado no dia 20.06.1926 e dirigiu-o até 30.10.1934. Foi uma mestra exemplar e grande conhecedora das almas. Exigente, mas ao mesmo tempo cheia de desvelo maternal e alegre benevolência para com cada noviça. Em 1934 o capítulo geral escolheu-a para conselheira geral e, simultaneamente, ela recebeu a nomeação para superiora da casa geral em Varsóvia. Após cinco anos no cargo de superiora, morreu de câncer no dia 9 de novembro de 1939 (A. ZMBM - C e F).
33 Irmã Faustina, diante do que estava passando no seu espírito, se sentia indigna de fazer os votos e tinha medo de dar esse passo.
34 O confessor do noviciado era o Pe. Teodor Czaputa. Nascido em 1884, ordenado sacerdote no dia 07.07.1907. Terminou a faculdade de teologia na Universidade Jagiellônica de Cracóvia. Desde 1916 era professor de religião dos ginásios de Cracóvia. Posteriormente foi nomeado reitor do seminário menor e juiz pró-sinodal. Desde novembro de 1925, desempenhava a função de confessor no noviciado da congregação. Cumpriu essa função praticamente até a morte, e as noviças depositavam nele grande confiança. Em razão do seu frágil estado de saúde foi dispensado das funções de reitor e então mudou-se definitivamente para Łagiewniki e foi capelão da casa das irmãs. Faleceu no dia 02.03.1945 (A. da Cúria de Cracóvia).
35 Durante o sofrimento moral descrito aqui por irmã Faustina, entrou na cela a companheira de noviciado irmã Plácida Putyra. Nasceu em 1903. Ingressou na congregação em 1924. Faleceu no dia 07.10.1985 (A. ZMBM – Cron. R.).
36 Na congregação, “em nome da santa obediência” as superioras podem ordenar somente às irmãs professas. A mestra das noviças na realidade não tinha o direito de ordenar “em nome da santa obediência”, e igualmente irmã Faustina, sendo noviça, e portanto sem votos, não tinha a obrigação de obedecer à ordem. Se a mestra utilizou neste caso as palavras “em nome da santa obediência”, contava apenas com a boa vontade e a virtude da noviça, que, acolhendo a ordem, podia livrar-se daquelas experiências penosas (cfr. Const. Congr. Arts. 96-99).
37 Exercícios espirituais que então eram obrigatórios na congregação: meia hora de meditação pela manhã, o terço, a via-sacra, o ofício da Imaculada Conceição (Const. Congr.).
38 A irmã mestra, da mesma forma que outros superiores religiosos, tem o direito de dispensar a irmã noviça dos exercícios religiosos a que está obrigada, ou substituí-los por outros.
39 Em 1927 a Sexta-Feira Santa ocorreu no dia 15 de abril.
40 O período de dois anos de noviciado termina com a profissão dos votos temporários. Irmã Faustina fez a profissão temporária no dia 30 de abril de 1928 (cf. nota 27).
41 Das declarações subsequentes da irmã Faustina pode-se concluir que o fato sucedeu em Varsóvia, o que é indicado pela definição do lugar. Na época, a superiora da casa de Varsóvia era a madre Rafaela (Katarzyna Buczyńska), uma das mais eminentes superioras. Nascida em 23.12.1879, ingressou na congregação no dia 18.10.1900 e faleceu em 23.12.1956. Distinguia-se por um julgamento claro e sadio das pessoas e das coisas, por um grande senso prático e, ao mesmo tempo, por uma profunda vida interior. Amava muito a congregação, zelando pelo seu desenvolvimento exterior e interior. No relacionamento com as irmãs era bondosa, franca e penetrante, sabendo apreciar e aproveitar os valores de cada irmã. Nunca desqualificava nenhum indivíduo, e procurava antes animar a cada uma, ajudar e consolar (A. ZMBM - Cron.).
42 “Cilício” é um instrumento de penitência em forma de camiseta, tecido de áspera crina de cavalo. O cilício podia ser utilizado apenas com autorização das superioras.
43 A descrição demonstra que se tratava da capela na casa da congregação em Varsóvia, rua Zytnia. A capela encontrava-se num edifício separado, um tanto distante da casa das irmãs. A entrada da capela ficava do lado do pátio. Naquele tempo a capela era destinada exclusivamente às irmãs e educandas do instituto. As pessoas de fora quase não faziam uso dela.
44 “Educandas” — A congregação dirigia institutos educativos para moças moralmente abandonadas e que demonstravam dificuldades na educação. Na fala corrente eram chamadas de “educandas” ou “crianças”. Eram entregues aos institutos pelos pais ou encaminhadas pelo serviço social e, muitas vezes, apresentavam-se elas próprias, para penitência espontânea de suas culpas. No instituto na rua Zytnia elas eram cerca de 230; eram divididas em três grupos, chamados “classes”. Cada grupo estava sob a direção de uma irmã educadora, chamada “madre de classe”.
Toda a descrição da visão parece ser um prenúncio das dificuldades que a irmã Faustina encontraria na obra de apostolado da misericórdia divina. Prediz também o triunfo final dessa obra, e com ela também o seu.
45 Nossa Senhora, aqui como Mater Misericordiae, por analogia à visão de Jesus Misericordioso (Diário. 47), com feixes de luz radiosa e medianeira entre o Céu e a Terra... [N. Rev.].
46 Os confessores da casa na rua Zytnia, em Varsóvia, eram nessa época o Pe. Kulesza e o Pe. Rosłaniec, enquanto o confessor extraordinário era o frei L. Bukowski, S.J.
O Pe. Franciszek Rosłaniec, nascido em 1889, foi ordenado sacerdote em 1914. Após os estudos de direito foi docente no instituto bíblico do Novo Testamento na Universidade de Varsóvia. Morreu no campo de concentração de Dachau em julho de 1942. Com quem se confessou a irmã Faustina, é difícil estabelecer.
47 Padre Prof. Miguel Sopoćko, nascido no dia 01.11.1888 em Nowosady, região de Vilnius. Foi ordenado sacerdote no dia 15.06.1914. Desde 1928 foi professor na faculdade de Teologia da Universidade Stefan Batory em Vilnius e, depois da guerra, professor no seminário maior em Białystok, para onde foi transferido o seminário maior de Vilnius (A. SF e o seu “curriculum vitae”). Por longos anos desempenhou as funções de confessor de várias congregações religiosas masculinas e femininas. De 01.01.1933 a 01.01.1942 foi confessor ordinário das irmãs da CNSM em Vilnius. Das crônicas daquela casa sabemos que no dia 28 de agosto de 1938 o Pe. Sopoćko se encontrava em Cracóvia. Sabe-se, por seu intermédio, que ainda visitou a Ir. Faustina, que estava internada no Sanatório de Prądnik, próximo de Cracóvia; mas desta visita a Ir. Faustina não fala, tendo terminado o seu diário em junho daquele ano. O Pe. Sopoćko faleceu em Białystok, em 1975, propriamente no dia 15 de fevereiro – dia onomástico da irmã Faustina. Significativo é o fato de que nesse mesmo dia se celebra a festa de São Cláudio La Colombière S.J., diretor espiritual de Santa Margarida M. Alacoque, a Mensageira do Sagrado Coração de Jesus. O funeral decorreu em Białystok no dia 19 de fevereiro, e foi celebrado por S. E. Mons. Enrico Gulbinowicz, Ordinário da Arquidiocese. Junto a ele concelebraram outros 80 sacerdotes. O cardeal Wyszyński, primaz da Polônia, enviou um telegrama de condolências.
No dia 28 de setembro de 2008, no Santuário da Misericórdia Divina em Białystok, realizou-se a beatificação do Pe. Miguel Sopoćko. “[...] Pela nossa autoridade apostólica autorizamos que a partir de agora ao Venerável Servo de Deus Miguel Sopoćko, presbítero, que dedicou a sua vida à proclamação da Misericórdia Divina, dando um exemplo de santidade sacerdotal, seja atribuído o título de Beato e que a sua festa seja comemorada anualmente no dia 15 de fevereiro, no dia do seu nascimento para o Céu [...]” – são as palavras do decreto do papa Bento XVI, expedido no dia 26.09.2008 e lidas pelo presidente da celebração, arcebispo Angelo Amato. Participaram da solenidade: cardeais, mais de 100 arcebispos e bispos poloneses e cerca de 500 sacerdotes da Polônia e do exterior, além do Ordinário Ortodoxo da Diocese de Białystok-Gdańsk. Participaram, em grande número, representantes de muitas congregações masculinas e femininas, e grupos de peregrinos de 12 países. Igualmente o Presidente da República da Polônia Lech Kaczyński e várias outras autoridades civis. Participaram diretamente da solenidade cerca de 80 mil devotos da Divina Misericórdia, bem como – através de transmissões televisivas e radiofônicas – uma incontável multidão de católicos no mundo inteiro. Na reflexão que precedeu a oração do ngelus daquele domingo, recitado com os fiéis em Castel Gandolfo, o Santo Padre Bento XVI saudou os participantes da solenidade em Białystok: “Com essa beatificação certamente se alegra, na casa do Pai, o meu amado predecessor, o Servo de Deus João Paulo II. Foi ele que confiou o mundo à Divina Misericórdia. Por isso repito o seu voto: Que Deus rico em misericórdia abençõe a Vós todos”.
48 Antes de vir a Vilnius, a Ir. Faustina por duas vezes viu em visão o futuro diretor da sua alma. Isso teve lugar a primeira vez em Varsóvia, durante a terceira provação, e a segunda vez em Cracóvia (cf. D. 53 e 61).
49 Irmã Faustina sublinha aqui a obrigação grave que tem um confessor de guiar a alma segundo a vontade de Deus e não segundo a própria avaliação das coisas.
50 Irmã Faustina na época ainda não sofria de tuberculose [cf. nota 24].
51 Irmã Faustina trabalhava então na cozinha para as educandas, onde era preciso preparar refeições para mais de duzentas pessoas.
52 Irmã Faustina distinguia-se por um grande recolhimento e fidelidade ao Senhor, mas por isso mesmo era incompreendida e mantida a distância por parte das outras irmãs.
53 Visto que os médicos não diagnosticaram em Ir. Faustina estados doentios orgânicos, as irmãs achavam que ela estava se fingindo de doente, que não tinha vontade de trabalhar e preferia rezar (A. SF - Rec.).
54 Provavelmente se tratava de Varsóvia, considerada a mais bela cidade da Polônia (cf. a nota seguinte).
55 Como Sodoma e Gomorra foram destruídas pelo fogo caído do céu (cf.Gn 19,24), assim as cidades polonesas, especialmente Varsóvia, foram na realidade gravemente destruídas durante a Segunda Guerra Mundial pelas bombas de impacto e incendiárias.
Sobre esse assunto o diretor espiritual da Ir. Faustina, Pe. M. Sopoćko, durante o processo informativo, fez a seguinte declaração: “Tinha escrito também no Diário que Jesus havia lhe dito que seria destruída, como Sodoma, uma das mais belas cidades da nossa pátria por causa dos pecados que ali vinham sendo cometidos. Quando, mais tarde, depois de haver lido o Diário, questionei-a claramente sobre isso, confirmou que assim era. Tendo lhe perguntado depois por quais pecados Deus infligia uma tal punição, respondeu que seria sobretudo pelo aborto das crianças, assim impedidas de nascer, sendo esse o mais grave pecado que se cometia” (Summ., p. 95, início, § 251, ad 54).
56 Na CNSM existe a prática de todas as irmãs renovarem os votos proferidos, após fazerem um retiro de oito ou três dias, recitando em comum a fórmula dos votos e terminando-a com as palavras: “Meu Deus, concedei-me a graça de observá-los mais fielmente do que até agora” (Const. Congr.).
57 Provavelmente se tratava de um pecado contra a pureza, como parece compreender-se pela coroa de espinhos. Em muitos lugares do Diário, Ir. Faustina recorda que propriamente por esses pecados prestou reparação ao Senhor com as dores na cabeça, semelhantes àqueles causados pela coroa de espinhos (cf. D. 291, 349, 759, e outros).
58 “Józefinek” — assim era chamada a nova casa da congregação que estava surgindo em Varsóvia, no bairro Grochów, rua Hetmańska 44, que então estava subordinada à superiora da casa geral em Varsóvia, rua Zytnia 3/9 (A. ZMBM).
59 Conferir nota 21.
60 Não se sabe de quem se trata. Irmã Faustina deliberadamente não cita os nomes das irmãs, que nessa casa eram 50.
61 Irmã Faustina recorda essa advertência de Jesus, mas não fornece nem a data nem o lugar em que ocorreu.
62 Madre Michaela Moraczewska (cf. nota 16), que era a superiora geral, mas se desconhece tanto o nome da casa, quanto do que se tratava.
63 Os desejos de Jesus estão sendo cumpridos, dado que esta imagem é venerada na capela da casa da CNSM e se propaga em centenas de milhares de cópias em todo o mundo.
64 Os confessores em Płock eram então:
O monsenhor Adolf Modzelewski (1862-1942), prelado do capítulo da catedral de Płock. Após terminar o seminário de Płock e os estudos filosóficos em Roma, concluídos com um doutorado, voltou à Polônia e recebeu a ordenação sacerdotal no dia 24.04.1887. Posteriormente desempenhou as funções de professor e diretor espiritual no seminário maior em São Petersburgo. Após a volta a Płock, foi nomeado professor e vice-reitor do seminário maior. Posteriormente tornou-se diretor da “União Apostólica” na diocese de Płock. No dia 14.12.1936 foi nomeado pró-notário apostólico. No dia 17.02.1941, foi levado com outros padres ao campo de concentração em Działdów e aí executado pelos ocupantes alemães.
O prelado Pe. Ludwik Wilkoński, cônego penitenciário da catedral de Płock, nascido no dia 14.08.1866, ingressou no seminário maior como professor de escola. Foi ordenado no dia 05.07.1891. Foi sucessivamente coadjutor da catedral de Płock, posteriormente diretor espiritual do seminário de Płock e, desde 1909, penitenciário da catedral em Płock e capelão do bispo de Płock. No dia 28.02.1940 foi levado pelos alemães e internado com os bispos em Słupno, onde morre por problemas cardíacos no dia 02.06.1940. Por longos anos foi confessor ocasional da CNSM em Płock.
O monsenhor Dr. Wacław Jezusek, nascido em 1896, foi ordenado sacerdote no dia 30 de maio de 1920. De 1920 a 1923 estudou direito canônico em Roma. Nos anos 1923-1972 foi professor de Direito Canônico no seminário maior de Płock, bem como chanceler da cúria diocesana em Płock e capelão das Irmãs de Nossa Senhora de Misericórdia. Em 1940 foi nomeado vigário-geral, e desde 1950-1963, reitor do seminário maior em Płock e prelado do capítulo da catedral de Płock. Faleceu no dia 05.12.1982 (cf. Mensário Pastoral de Płock n° 5/6 1949, p. 216-219). Atualmente é impossível estabelecer com qual desses sacerdotes se confessou a Ir. Faustina.
65 A superiora da casa em Płock era então a madre Róża.
Madre Róża (Janina Kłobukowska), nasceu em 1882. Ingressou na congregação em 1902. Fez os votos perpétuos em 1909. Desempenhou as funções de superiora em várias casas da congregação. Nos anos 1934-1945 foi assistente da superiora geral. Entre 1946 e 1952 desempenhou o cargo de superiora geral. Faleceu em 18.11.1974.
66 Frei Józef Andrasz S.J. nasceu a 16.10.1891 em Wielopole, perto de Nowy Sacz, e ingressou na Companhia de Jesus no dia 22.09.1906. Foi ordenado sacerdote em 19.03.1919. Por quase toda a sua vida sacerdotal esteve ligado com a editora do apostolado da oração. Era autor, diretor e redator do periódico mensal “Mensageiro do Coração de Jesus” (Posłaniec Serca Jezusowego), entre os anos de 1930 e 1938. Antes da guerra foi diretor do apostolado da oração na Polônia. Desde 1932 era confessor extraordinário do noviciado da CNSM, e desempenhou essa função por longos anos, com geral satisfação e proveito das irmãs. Faleceu no dia 01.02.1963 (A. SJ. - Cron.).
67 Irmã Faustina refere-se ao diretor espiritual, que resolverá o problema do seu comportamento face às inspirações interiores e dirigirá o futuro da sua alma. Este diretor espiritual foi para ela, em Vilnius, o prof. Pe. Miguel Sopoćko (cf. nota 47).
68 É impossível verificar que confessor tinha em mente a Ir. Faustina. Lembra as suas experiências antigas, mas não fornece nem a data, nem o lugar da estada. Lembra apenas as declarações do confessor sobre os planos de Deus a respeito dela.
69 O confessor ordinário do noviciado era então o Pe. Teodor Czaputa (cf. nota 34).
70 Cf. At 10, 38 como Jesus que passou “fazendo o bem”... [N. Rev.].
71 Cf. Lc 21, 2-4; Mc 12, 42-44 [N. Rev.].
72 É uma metáfora. O confessor lembra o Evangelho de São Lucas: “Aproximou-se por detrás e tocou a borda do Seu vestido” (Lc 8, 44-48). Com que confessor se relaciona essa alusão, não foi possível estabelecer. Visto que acima se faz alusão ao noviciado, pode-se supor que também nesse caso tratava-se do Pe. Teodor Czaputa (cf. nota 67).
73 A madre mestra era a Ir. Maria Józefa Brzoza (cf. nota 32).
74 Irmã Faustina tem em mente a “infância espiritual” na concepção de Santa Teresa do Menino Jesus (cf. História de uma Alma).
75 Contribuíam para o sofrimento da Ir. Faustina: os pedidos de Jesus, as dificuldades que encontrava em corresponder, a falta de compreensão por parte dos confessores, a desconfiança das irmãs e a saúde que se enfraquecia.
76 No ano de 1933 morreram a Ir. Cecilia Mieszkowska, a 20 de fevereiro, em Walendów, e a Ir. Casimira Kasperowicz, a 21 de abril, em Varsóvia. Irmã Faustina apenas recorda o fato sem referências mais precisas (de lugar e data), sendo, pois, difícil estabelecer de quem se trata.
77 Cf. nota 47.
78 “Terceira provação” — é o período de preparação das irmãs religiosas para fazer a profissão perpétua. Na CNSM esse período dura cinco meses. A Ir. Faustina fez a “terceira provação” no ano 1932-33 em Varsóvia. A mestra da “terceira provação” era a madre Małgorzata Gimbutt.
79 Vilnius situa-se à margem do rio Wilia. No outro lado do rio, sobre as colinas cobertas de bosques, encontravam-se as estações da via-sacra, chamadas de “Calvário” (em polonês, Kalwaria). A passagem pelas estações da via-sacra era denominada “pequenos caminhos”. Da casa da congregação em Antokol, Vilnius, era possível ir ao “Calvário” de barco.
80 Nesse tempo partiu de Vilnius para a “terceira provação” a irmã Petronila, que trabalhava na cozinha. A Ir. Faustina foi substituí-la nessa função.
81 A superiora em Vilnius era então a madre Irena (Maria Krzyżanowska), nascida no dia 25.11.1889. Ingressou na congregação no dia 07.12.1916. Fez os votos perpétuos no dia 30.04.1924. Amava muito a juventude e dedicava-se de corpo e alma ao trabalho apostólico. Exerceu as funções de educadora no instituto para as moças, assistente da mestra do noviciado, superiora de várias casas e assistente da superiora geral. Após anos de trabalho dedicado, faleceu em Wrocław no dia 3 de dezembro de 1971.
82 A irmã que devia fazer companhia para a Ir. Faustina era provavelmente a irmã Justyna Gołofit. Desde o noviciado, elas estavam unidas por laços de amizade e, certamente, a madre Irena, querendo dar uma satisfação à Ir. Faustina, indicou para sua companheira a antiga colega de noviciado.
Irmã Justyna (Marianna Gołofit), nasceu no dia 05.07.1908 e ingressou na congregação em agosto de 1927. Fez os votos perpétuos no dia 30.10.1934. Após os votos trabalhou na cozinha em Varsóvia, Vilnius, Radom. Ficou doente do coração e desde então realizava trabalhos mais leves. Durante o processo informativo da irmã Faustina, a irmã Justyna foi uma das testemunhas.
83 Cf. nota 79.
84 Em consideração ao grande número de pessoas que estavam na casa de Varsóvia, as refeições para as educandas eram preparadas no instituto, numa cozinha separada, na qual trabalhavam também as educandas (cf. nota 51).
85 Com base neste texto é permitido supor que o Senhor tenha querido mostrar, de modo palpável, à Ir. Faustina, como recompensa, o trabalho feito por obediência, com sacrifício e abnegação. Sobre esse episódio a Ir. Regina Jaworska, que estava no noviciado com a Ir. Faustina, dá testemunho no processo sobre a vida e as virtudes dela, depondo o seguinte: “Quando no final do noviciado a Serva de Deus vem trabalhar na cozinha do instituto, uma vez, enquanto escorria a água das batatas de uma grande panela, quis ajudá-la, porque receava que ela não tivesse força nem a prática necessária, porém ela saiu-se dessa incumbência com muita energia fazendo-o sozinha. Quando pousou a panela com as batatas que fumegavam, notei que olhava para a panela com certo espanto. Isso causou-me curiosidade e quis saber o que estava observando, mas ela retorquiu-me: ‘Não é nada, não é nada, irmã’. Quando após a morte da serva de Deus pude ler em Walendów o seu Diário, outra luz se fez para mim a esse propósito...” (cf. Summ., p. 326, §997, ad 54).
86 A “pureza de intenção”, ou “intenção reta”, consiste em executar toda ação só por amor a Deus.
87 As irmãs que trabalhavam na cozinha revezavam-se semanalmente na realização das várias tarefas.
88 Provavelmente já era o começo da tuberculose, mas os médicos não haviam ainda identificado a doença.
89 Madre Rafaela Buczyńska (cf. nota 41).
90 Biała — então um povoado perto de Płock (hoje conhecida pela refinaria de petróleo), onde a congregação adquiriu parte de um antigo sítio e organizou aí uma casa de descanso para as irmãs e educandas da casa em Płock. Os quartos das irmãs ficavam numa pequena casa pertencente aos antigos donos, adornada por um jardim.
91 Não se sabe ao certo de que pessoa se trata. É possível que seja a Madre Geral Michaela Moraczewska que naquele período realizava ali uma visita, ou então, o que — segundo o testemunho das irmãs que então viviam naquela casa — é menos provável, o Pe. Piotr Trojańczyk (1887 – 1941) que, então, se encontrava em Biała para se tratar e que, ao mesmo tempo, exercia o trabalho de capelão das irmãs. O Pe. Trojańczyk, em 1941, foi deportado pelos alemães para o campo de Działdowo (Soldau) e aí morto (cf. Mensário Pastoral, diocese de Płock, 1949, n.° 9).
92 Não foi possível estabelecer de que educanda se tratava. Nos institutos dirigidos pela congregação e destinadas às moças e mulheres difíceis, moralmente decaídas e desencaminhadas, havia muitas vezes pessoas revoltadas, com atitudes hostis para com a religião e os santos sacramentos. Era necessário, às vezes, muito tempo e uma especial graça de Deus para compreenderem as necessidades das suas almas.
93 Cf. nota 44.
94 As palavras “ainda que me mateis, eu confiarei em Vós” constituem uma pequena adaptação das conhecidas palavras de Jó (13, 15).
95 Conferir nota 1.
96 Muito provavelmente o Pe. Prof. M. Sopoćko (cf. nota 47).
97 Eram as educandas do instituto de Vilnius: Imelda, Edzia, Ignasia, Małgosia e Jadwiga Owar (cf. A. SF, Carta de J. Owar). Jadwiga Owar, durante o processo informativo, foi testemunha (Summ., pp. 388-399).
A Ata sobre a visão foi redigida em Vilnius no dia 28.11.1934 e assinada pela Ir. Faustina, pela Ir. Taida (que redigia as declarações da Ir. Faustina) e pela educanda Imelda. A autenticidade das declarações foi confirmada pela madre Irena Krzyżanowska, superiora da casa (cf. nota 81).
98 A Imagem pintada em Vilnius pelo artista Eugeniusz Kazimirowski foi exposta pela primeira vez, graças aos esforços do Pe. Sopoćko, durante o tríduo que precedeu o encerramento do Jubileu da Redenção do mundo, nos dias 26-28 de abril de 1935. Foi colocada no alto de uma janela em Ostra Brama, de maneira que podia ser vista de longe. Essa solenidade coincidiu com o primeiro domingo depois da Páscoa que, de acordo com a Ir. Faustina, devia ser a Festa da Misericórdia Divina, como o exigiu Nosso Senhor. Nesse mesmo dia, o Pe. Prof. M. Sopoćko pronunciou um sermão sobre a Misericórdia de Deus (cf. Diário, 49, 88, 280, 299, 420, 570, 699, 1081-1082, 1517. Ainda, A. SF - Rec. do Pe. Sopoćko, p. 4).
99 Ostra Brama é o nome de um pequeno, mas muito célebre, santuário dedicado a Nossa Senhora Mãe de Misericórdia, que se encontra em Vilnius sobre uma grande porta da cidade, voltada para o oriente (Ostra Brama, segundo a tradição lituana, significa “Porta da Aurora”).
100 Catecismo sobre os votos religiosos, ou doutrina sobre os conselhos evangélicos. Na CNSM as mestras do noviciado utilizavam o opúsculo do frei Pedro Cotella, S.J., intitulado Catecismo dos Votos — para uso das pessoas consagradas a Deus no estado religioso. Com base nele, as mestras elaboraram um manual próprio para as aulas sobre os votos religiosos, em forma de perguntas e respostas, que cada irmã tinha registradas em seu caderno de notas e devia saber de cor.
101 Após a palavra “saí” a sentença é interrompida, e a sentença seguinte já é o complemento de outro pensamento. Sabemos que a Ir. Faustina escrevia o seu Diário em segredo. Pode ser que justamente nesse momento alguém lhe tenha interrompido a escrita, e depois ela já não voltou ao pensamento começado.
102 Sucedeu nos anos de 1930-32 em Płock. Os confessores eram o Pe. A. Modzelewski, Mons. L. Wilkonski e Mons. V. Jesusek (cf. nota 64).
103 Irmã Faustina tinha em mente aqui provavelmente a madre Michaela Moraczewska — superiora geral da congregação, ou a irmã Maria Józefa Brzoza — mestra do noviciado (cf. notas 16 e 32).
104 Irmã Faustina sublinha que com os superiores se deve tratar apenas das coisas externas, enquanto em relação às vivências interiores é necessário falar só com o diretor espiritual.
105 Tratava-se aqui provavelmente de insucessos relacionados com a realização das obrigações diárias e de incompreensões das pessoas com as quais estava em contato.
106 Na CNSM as irmãs não têm quartos separados, mas residem várias numa só sala. O lugar ocupado por cada irmã é separado por um biombo fixo. É esse local assim reservado que na congregação se designa “cela”.
107 Na casa da congregação em Płock estava então uma irmã doente, Stanisława Stępczyńska, que manifestava interesse pela vida particular dos outros. Vendo que a Ir. Faustina era muito recolhida e imersa na oração, começou a persegui-la, a observá-la às escondidas e inclusive a controlar-lhe a cama, procurando instrumentos particulares de penitência (Infor. de Ir. Cristina Korzeniowska).
108 Irmã Faustina refere-se provavelmente à madre Janina Bartkiewicz (cf. nota 26). A sua atitude de severidade em relação à Ir. Faustina provinha do zelo pelo bem da congregação e dos seus membros.
109 Com a palavra “desleixo” a Ir. Faustina queria definir a fuga consciente das inspirações interiores, e até a voluntária distração. Sobre esses desleixos, no entanto, sabia apenas ela. Exteriormente isso não podia ser percebido.
110 Dizendo “em outra parte”, a Ir. Faustina entende que tem isso anotado numa outra página do Diário. Por muito tempo ela não anotava as suas experiências, os estados espirituais, nem as graças recebidas. Apenas por recomendação expressa do confessor — Pe. Prof. Sopoćko — é que começou a descrever as suas vivências correntes, e também as passadas, as que conseguia recordar. Depois de algum tempo queimou as suas anotações. O Pe. Sopoćko assim descreve esse acontecimento: “Enquanto eu permanecia por algumas semanas na Terra Santa, ela, aconselhada por um pretenso anjo, queimou o seu Diário. Mandei então que, por penitência, reescrevesse o conteúdo destruído. E nesse meio-tempo iam surgindo novas experiências, que ela também anotava, entrelaçando-as com as recordações do caderno queimado. Por isso, no seu Diário não existe uma ordem cronológica.” (Carta do Pe. M. Sopoćko, também em Summ., pp. 93-94, § 250).
111 Talvez Mons. Wilkoński, confessor das irmãs em Płock (cf. nota 64).
112 É provável que se tratasse da Madre Janina Bartkiewicz, que se ocupava das irmãs mais novas.
113 “Votos perpétuos” — Na CNSM, após cinco anos de profissão temporária, a superiora geral, após ter ouvido o parecer do seu Conselho, admite a professa aos votos perpétuos ou a afasta da congregação (Const. Congr.).
114 Irmã Faustina foi tranquilizada durante o retiro, que durou de 20 a 30 de abril de 1933, pelo frei J. Andrasz S.J., que a compreendeu e lhe deu conselhos adequados quanto ao procedimento no caminho das iluminações divinas (cf. nota 66).
115 Irmã Faustina tinha aqui em mente, muito provavelmente, o Pe. Prof. Miguel Sopoćko (cf. nota 47).
116 Irmã Faustina tinha em mente aqui o cumprimento dos desejos de Deus quanto à pintura da Imagem de Cristo com os raios (“branco e vermelho”) e com a inscrição “Jesus, eu confio em Vós”, a sua exposição para a veneração pública, bem como a divulgação do Terço e da Novena à Misericórdia Divina. Todas essas exigências do Senhor foram cumpridas graças aos esforços do Pe. Prof. Miguel Sopoćko.
117 “Diretor” — diretor espiritual, Pe. Prof. Sopoćko.
118 Conferir nota 106.
119 Provavelmente a madre Małgorzata Gimbutt (cf. nota 29).
120 Irmã Faustina, segundo testemunho da sua congregação (cf. apud M. Winowska, L’icône Du Christ Miséricordieux, Message de Soeur Faustine, Paris/ Fribourg, Ed. Saint-Paul, 1973, p.38, n.° 1), não leu a História de uma Alma (1898¹), na época já traduzido em polonês; porém deve ter conhecido algum fioretti, santinho, frases daquela Santa, cujo processo de beatificação (1923) e de canonização (1925) recentes tornavam marcante a sua influência [N. Rev.].
121 Literalmente a sentença em polonês diz: Sen mara, a Bóg wiara. “Sonho é ilusão e Deus é fé” [N. Rev.].
122 Irmã Faustina era então postulante e trabalhava na cozinha com a irmã Marcjanna Oswięcimek. A irmã Marcjanna mandou que ela recolhesse e lavasse a louça do almoço e em seguida saiu. Helena — mais tarde Ir. Faustina — pôs-se a trabalhar, mas não conseguia fazer isso, pois as irmãs chegavam para o almoço e a cada instante vinha alguma pedir a Helena que Ihe desse o almoço ou algum outro favor. Helena, não querendo negar, servia a cada uma, e o trabalho que lhe foi atribuído não foi realizado. Tendo voltado à cozinha, a irmã Marcjanna, vendo que a louça ainda não estava recolhida, repreendeu Helena e por penitência mandou que se sentasse em cima da mesa e ficasse aí sentada todo o tempo, enquanto ela estivesse trabalhando (Recordação da Ir. Marcjanna).
A irmã Marcjanna (Julia Oswięcimek), nasceu em 1897 e ingressou na congregação em 1919. Por longos anos desempenhou as funções de cozinheira. Era enérgica, exigente, mas cheia de amor ao próximo. Faleceu no dia 20.04.1979.
123 Dar ordens sob obediência podem apenas as legítimas superioras, e em coisas importantes. A irmã Marcjanna não poderia dar ordens “sob obediência” e com certeza não as dava. De acordo com as recordações dela, mandou que Helena, por não ter realizado a sua ordem, se sentasse em cima da mesa e ficasse olhando como ela realizava esse trabalho. Helena, admirada com esse tipo de penitência, não tinha pressa em realizá-la. Então irmã Marcjanna perguntou à postulante: “É assim que Helena é obediente?” — A Ir. Faustina interpretou essa pergunta como uma ordem “sob obediência”.
124 Em algumas casas da congregação, inclusive em Varsóvia, na rua Zytnia 3/9, havia o costume de as irmãs ficarem de plantão à noite, para evitar a entrada de ladrões. Estando de plantão, andavam em volta da casa, iluminavam o pátio e pelas janelas olhavam para fora, para preservar a casa de um eventual assalto.
125 Irmãs da Sagrada Família — A Congregação das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria foi fundada em 1857 pelo arcebispo Sigismundo Feliński [que foi beatificado pelo Santo Padre João Paulo II, em 18 de agosto de 2002 em Cracóvia — N. Rev.]. A casa central dessa congregação encontra-se em Varsóvia, na rua Żelasna, na vizinhança da casa geral da CNSM.
126 “Pequena capela” — cf. nota 21.
127 Em 1929 Ir. Faustina permaneceu algum tempo na casa da congregação em Kiekrz, perto de Poznań.
128 Irmã Faustina provavelmente estava substituindo a irmã Modesta Rzeczkowska, que nessa época estava doente e teve de ir a Varsóvia para tratamento.
129 No início de cada mês todas as irmãs dedicam um dia para a renovação do espírito, no assim chamado “retiro de um dia”. Nesse dia não há nenhuma recreação, as irmãs observam o silêncio e um maior recolhimento, fazem uma hora de meditação, rezam a via-sacra, fazem uma revisão mensal, ou seja, um exame de consciência abrangendo o trabalho interior do mês todo, além de meia hora de meditação como preparação à morte (cf. Const. Congr.).
130 Cada noviça passava um dia do mês, marcado pela irmã mestra, no assim designado “dia da cruzada”. Nesse dia estava obrigada a buscar um maior recolhimento e união com Jesus Eucarístico, pedia à irmã mestra uma mortificação suplementar e oferecia todos os trabalhos, orações e sofrimentos a Nosso Senhor, como reparação pelos pecadores. Algumas irmãs preservavam essa prática mesmo depois de sair do noviciado.
131 Evidentemente que Ir. Faustina teria a intenção de escrever algo que acabou por não fazer.
132 Cf. nota 78.
133 Terminado o tempo de profissão temporária, a superiora geral, após ouvir o seu Conselho, pode admitir a candidata à profissão perpétua, prolongar o período da profissão temporária, ou ainda afastá-la da congregação por faltas contra a disciplina da vida religiosa.
134 A mestra da “terceira provação” era então a madre Małgorzata Gimbutt (cf. nota 29).
135 Walendów — localidade perto de Varsóvia (paróquia de Nadarzyn). As irmãs dirigiam aí um instituto de educação para as jovens. No ano de 1936, por proposta do Ministério da Justiça, a congregação criou em Walendów uma seção para moças e mulheres punidas no tribunal pela primeira vez. Irmã Faustina, depois do retiro, permaneceu em Walendów no período de 25 de março até abril de 1936.
136 Madre Michaela Moraczewska (cf. nota 16).
137 O retiro foi pregado pelo frei Edmund Elter S.J. — nascido em 14.11.1887. Ingressou na Ordem no dia 15.07.1905. Notavelmente capacitado — estudou ciências humanísticas, teologia e, nos anos 1919-20, direito internacional na Universidade de Varsóvia. Posteriormente estudou em Roma e Paris. Em 1926 tornou-se professor de ética no Gregorianum, em Roma. De 1932 a 1935 permaneceu em Varsóvia, pregando retiros. Nos anos de 1945-48 governou a província dos Jesuítas da Polônia Maior-Mazóvia, e depois voltou a Roma, sendo por muitos anos professor de homilética e retórica no Gregorianum. Faleceu em Roma no dia 27.08.1955.
138 Conferir nota 23.
139 Provavelmente madre Janina Bartkiewicz (cf. nota 26).
140 Derdy — localidade na paróquia de Nadarzyn, distante de Walendów cerca de 1 km. A duquesa Czetwertyńska doou à congregação um pedaço de campo, de floresta e as respectivas benfeitorias agrícolas, com o objetivo de organizar aí um instituto para crianças órfãs moralmente ameaçadas. Até o ano de 1947 essa casa permanecia sob a administração da superiora em Walendów e, desde esse ano, Derdy tornou-se uma casa autônoma (Hist. da Congr.).
141 Na “terceira provação” estavam com a Ir. Faustina: irmã Bonawentura Edelman-Głowacka (1902-1936); irmã Florentyna Pająk (1905-1950); irmã Henryka Skolimowska (1900-); irmã Renata Jodłowska (1903-1962).
142 “Rouparia”, isto é, depósito de roupas das irmãs e também sala de costura das vestes religiosas. Fazia parte da obrigação das irmãs que trabalhavam na rouparia: a limpeza, o conserto e o fornecimento de roupa e vestes lavadas às irmãs, bem como a complementação de faltas no âmbito da vestimenta.
143 Era o quarto da madre Janina Bartkiewicz, na época uma das quatro irmãs idosas impossibilitadas de limparem os seus quartos.
144 “Pão ázimo”, literamente — opłatek. Na Polônia, antes da festa do Natal e, em particular, antes da ceia da vigília do Natal, é realizada uma cerimônia na qual os participantes (membros de uma família ou comunidade, incluídos os serviçais) repartem entre si o opłatek, uma espécie de pão, semelhante à hóstia não consagrada, em sinal de união e alegria espiritual pelo nascimento do Senhor [N. Rev.].
145 A CNSM compunha-se naquele tempo de membros divididos em dois coros, as assim chamadas irmãs diretoras e as irmãs coadjutoras. O governo da congregação é que decidia a qual coro a irmã devia pertencer, de acordo com o nível intelectual, a idade e as aptidões da candidata.
A tarefa das irmãs diretoras era a administração da congregação e a direção de institutos para educação, ao passo que as irmãs coadjutoras deviam ser auxiliares, especialmente no âmbito dos trabalhos físicos (Cons. Congr.).
146 “Cinto de ferro”, ou “cadeia” — era uma espécie de cinto feito de uma tela de arame, fina e áspera, utilizado como instrumento de penitência. As irmãs podiam usar esse cinto apenas com a autorização da superiora e por tempo determinado.
147 Madre Michaela Moraczewska (cf. nota 16).
148 Na casa da congregação em Varsóvia, rua Zytnia, os confessores eram: frei Alojzy Bukowski S.J. — confessor extraordinário; Pe. Piotr Loeve — confessor ordinário; Pe. Franciszek Rosłaniec — confessor ordinário; Pe. Bronisław Kulesza — confessor ordinário.
149 Defronte à “pequena capela”, no outro lado do corredor, estava a sala das reuniões na qual se realizavam os encontros de irmãs.
150 “Recreio”, isto é, tempo destinado pelas irmãs ao convívio e ao descanso após o trabalho.
151 A superiora da casa em Varsóvia era então a madre Rafaela Buczyńska (cf. nota 41).
152 A irmã mais nova da Helena (irmã Faustina) — Wanda Kowalska, nascida em 1920. De acordo com as informações de Józefa Kowalska Jasińska, irmã mais velha, sabemos que, um pouco antes da guerra mundial, Wanda ingressou na Congregação das Irmãs Ursulinas do Coração de Jesus Agonizante. Durante a guerra foi levada pelos alemães para trabalhos forçados em território alemão. Após a libertação, não voltou à Polônia, mas casou-se com um inglês e foi com ele para a Inglaterra. Em breve, seu marido foi novamente convocado para o exército e pereceu em combate. Wanda regressou para a Polônia, mas devido à situação política da época, alguns dias depois teve que voltar à Inglaterra. Alguns anos mais tarde, a família recebeu de um sacerdote conhecido a notícia de que Wanda estava num hospital, gravemente doente. Desde então não houve mais notícias.
153 Madre Małgorzata Gimbutt (cf. nota 29).
154 Ressurreição — domingo da Páscoa. Na Polônia essa palavra abrange a santa Missa e a procissão com o Santíssimo Sacramento [N. Rev.].
155 Provavelmente um dos confessores ordinários em Varsóvia.
156 Irmã Maria Józefa Brzoza (cf. nota 32).
157 A “autorização presumida” (ou “suposta”) consiste em que a pessoa religiosa, executando alguma coisa sem o conhecimento do superior, está convencida de que o(a) superior(a) lhe concederia autorização para isso.
158 As irmãs terminavam a “terceira provação” no noviciado e encerravam com ela o período dos votos temporários.
159 Cf. Diário, 55.
160 Irmã Faustina temia que suas experiências interiores pudessem ser ilusões, tanto mais que era desse modo que eram consideradas por alguns confessores e superioras.
161 “Votos perpétuos” — são os últimos votos religiosos, pelos quais a professa promete a Deus castidade, pobreza e obediência pela vida toda. Só a Santa Sé pode dispensar destes votos.
162 “Mortalha” — kir — lençol fúnebre, grande pano preto com uma cruz branca bordada no centro. O cerimonial das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia previa que, antes de proferir os votos perpétuos, quer dizer, antes da leitura da fórmula da profissão, as irmãs se prostrassem com os braços estendidos em cruz diante do altar sendo cobertas por um crepe (lençol), como sinal de que haviam morrido para o mundo. Nesse momento, as irmãs que acompanhavam as cerimônias recitavam em voz alta o salmo 129 (De Profundis), os sinos batiam o toque fúnebre e o celebrante — normalmente um bispo — aspergia água benta sobre as irmãs deitadas debaixo do crepe e em seguida dizia: “Levantai, vós que morrestes para o mundo, e Jesus Cristo vos iluminará...” (da trad. polonesa do cerimonial francês da CNSM, Solesmes, Imprimerie Saint-Pierre, 1895, p. 36).
163 Padre Miguel Sopoćko (cf. nota 47).
164 Na CNSM havia o costume de, a cada mês, as irmãs pedirem à superiora autorização para praticar pequenas mortificações, recitar orações não abrangidas pelo costume da congregação, dispensar-se de observar regras a que não podiam sujeitar-se momentaneamente e para muitas outras coisas, dependendo das necessidades individuais de cada irmã.
165 Trata-se do bispo Stanisław Rospond (cf. nota 30), que nesses anos habitualmente presidia na CNSM em Cracóvia às cerimônias de tomada de hábito e dos votos.
166 Madre Michaela Moraczewska (cf. nota 16).
167 Os padres Jesuítas, durante a terceira provação, antes de professarem os votos solenes, fazem trinta dias de exercícios espirituais [de acordo, aliás, com a periodização dos “exercícios espirituais” de Santo Inácio de Loyola (N. Rev.)].
168 Os lituanos que viviam em Vilnius faziam normalmente uso da língua lituana, enquanto os poloneses nessa região falavam um próprio dialeto, que se diferenciava da correta língua polonesa.
169 Cidade em que se encontra há 600 anos o celebérrimo santuário nacional da “Virgem Negra”, destino de milhares de peregrinos de todas as partes do mundo, coração pulsante da Polônia católica.
170 A superiora em Częstochowa era então a madre Serafina (Salomea Kukulska), nascida no dia 30.11.1873. Ela ingressou na congregação no dia 18.07.1894. Desempenhou as funções de educadora e posteriormente de superiora em Cracóvia, Częstochowa e Walendów. Faleceu no dia 10.06.1964 (A. ZMBM - C e F).
171 Na carta, escrita logo depois da sua chegada a Vilnius, dirigida ao Pe. Józef Andrasz, a Ir. Faustina faz-lhe saber algumas dessas confidências de Nossa Senhora, durante o longo período de oração no santuário: “Não tenhas medo de nada, minha filha tão fiel. Fala corajosamente da misericórdia de Deus pelos homens, para que as almas adquiram confiança Nele. A misericórdia é o maior ornamento do trono divino” (Cartas, A. SF, p. 61).
172 Cf. nota 82.
173 A festa de Nossa Senhora da Misericórdia — comemorada na Polônia no dia 5 de agosto — é a festa da padroeira da congregação. [No Brasil celebramos a Memória de Nossa Senhora sob o título de Mãe da Misericórdia no dia 16 de novembro (N. Rev.)].
174 Conferir Is 53, 2-9.
175 Conferir Diário, 53 e 34.
176 Cf. nota 110.
177 Frei Kazimierz Dąbrowski, nascido em 08.02.1890. Recebeu a ordenação sacerdotal no dia 29.05.1920 e, depois de seis anos na diocese, ingressou na Companhia de Jesus no dia 30.07.1926, onde trabalhou como missionário, conferencista e confessor. Faleceu em 16.04.1976.
178 Isto é, a pintura da Imagem da Misericórdia de Deus e a instituição da Festa da Misericórdia Divina.
179 Madre Irena Krzyżanowska (cf. nota 81).
180 Diretor — Padre Miguel Sopoćko (cf. nota 47).
181 Trata-se da Imagem pintada em Vilnius pelo artista Eugeniusz Kazimirowski (cf. nota 1).
182 Cf. Jo 19, 34: “...perfurou-lhe o lado com uma lança e imediatamente saiu sangue e água.” [N. Rev.].
183 “Servo Fiel” — isto é, o Pe. Miguel Sopoćko (cf. nota 47).
184 Do Pe. M. Sopoćko (cf. nota 47).
185 Foi na igreja de São Miguel, na qual o Pe. Sopoćko era reitor e estava celebrando a santa Missa (cf. Rec. do Pe. M. Sopoćko).
186 Artista Eugeniusz Kazimirowski, que vivia em Vilnius.
187 Madre Irena Krzyżanowska (cf. nota 81).
188 Provavelmente irmã Filomena Andrejko, que faleceu em Varsóvia no dia 13.08.1934, às 16h45. Havia quatro anos estava sofrendo de asma aguda no coração. Sua agonia durou 14 horas. A irmã Filomena (Wiktoria Andrejko), nascida em 25.05.1878, ingressou na congregação no dia 25.11.1894. Tinha trabalhado como educadora, sacristã e ecônoma da casa em Varsóvia (A. ZMBM - F).
189 Na CNSM havia a prática de todas as irmãs com saúde fazerem, em cada quinta-feira, das 21 às 22 horas, uma adoração reparadora, a assim chamada “Hora Santa”. Antes da primeira sexta-feira do mês a adoração era durante toda a noite, com as irmãs revezando-se a cada hora.
190 Dra. Helena Maciejewska, nascida em 1888, era médica das irmãs na casa de Vilnius. Em fevereiro de 1935 partiu para Wilejka, para assumir o cargo de diretora do hospital distrital. Era uma médica excelente e apreciada, distinguia-se por uma mente aberta, um coração sensível e cheio de dedicação para com os doentes. Faleceu no dia 21.09.1965.
191 Padre Prof. Miguel Sopoćko (cf. nota 47).
192 Três palavras — em polonês: “Jezu, ufam tobie”.
193 Madre Irena Krzyżanowska (cf. nota 81).
194 “Meditação”, isto é, oração meditada [neste caso, de temas inspirados pela escola Inaciana], que consiste na reflexão sobre as verdades divinas, encerrada por um propósito prático. Na CNSM as irmãs fazem diariamente uma meditação de meia hora, preparando à noite o tema da meditação para o dia seguinte.
195 Divulgação do culto à Misericórdia de Deus (cf. Diário, 47-50).
196 Padre Prof. M. Sopoćko.
197 “O nosso pessoal” — os operários que todos os dias, pela manhã, traziam o pão da cidade (A. ZMBM - C).
198 Em Cracóvia, na rua Smoleńsk, há uma igrejinha da Misericórdia Divina, erguida nos anos 1626-1629, consagrada em 25.10.1665, sob o portal da qual se encontra a dedicação: À Divina Misericórdia (cf. nota n.° 1). A festa da Padroeira dessa igreja é comemorada no dia 14 de setembro — Exaltação da Santa Cruz. É, talvez, a essa que se refere a Ir. Faustina.
199 “Pão ázimo” — opłatek: cf. nota 144.
200 “Capítulo” — assim era chamada a reunião das irmãs durante a qual a superiora da casa pronunciava uma curta exortação, fazia alusões à observância das normas religiosas, e as irmãs se acusavam das infrações à regra.
201 “Madre” — superiora da casa. Nessa época a superiora em Vilnius era a irmã Borgia (Jadwiga Tichy), que nasceu em 25.01.1887. Ingressou na congregação em 1913 e desempenhou as funções de enfermeira, bem como de superiora em Vilnius e Walendów. Faleceu em Wrocław em 26.04.1970. Foi testemunha no processo informativo da irmã Faustina.
202 “Bênção” — breve devoção eucarística com a bênção do Santíssimo Sacramento.
203 Um dos costumes da CNSM: em santinhos ou pequenos cartões, são escritos nomes das Pessoas Divinas ou de vários(as) santos(as) e, no ano-novo, no café da manhã, as irmãs escolhem um. O santo que estiver nomeado no verso do cartãozinho fica sendo o Padroeiro para todo o ano da irmã que o escolheu (Const. Congr.).
204 “Pequena corrente”, ou “pequena cadeia” em forma de bracelete, feita da mesma forma que o cinto (cf. nota 146), utilizada para fazer penitência.
205 Com base na carta do Pe. Sopoćko à Ir. Faustina, de novembro de 1937, sabemos que o Pe. Sopoćko conversou a respeito da instituição da Festa da Misericórdia Divina com o núncio apostólico na Polônia, arcebispo Filipe Cortesi, e esperava que o núncio viesse a apresentar essa questão ao Santo Padre (cf. Carta do Pe. Sopoćko, n.° 160).
206 No manuscrito do Diário da Ir. Faustina este propósito foi escrito numa página separada.
207 Este propósito indica o intenso trabalho interior da Ir. Faustina. Muitas vezes é uma pequena coisa que mais custa ao amor-próprio.
208 “Essa obra...”, isto é, o conjunto dos elementos que constituem a “Devoção à Divina Misericórdia”: A Imagem, a Festa, a Novena, o Terço etc. (cf. Diário 1390).
209 Essa visão relaciona-se com a história do culto à Misericórdia de Deus na forma revelada à irmã Faustina. A Notificação da Congregação do S. Ofício do dia 06.03.1959 (Acta Apostolicae Sedis), LI [1959] p. 271) proibiu a divulgação do culto à Misericórdia Divina na forma apresentada pela Ir. Faustina. De acordo com essa “Notificação”, as Imagens da Misericórdia Divina, pintadas na base da visão que teve a Ir. Faustina, foram retiradas de muitas igrejas. Os sacerdotes deixaram de pregar as homilias sobre essa forma do culto à Misericórdia de Deus. O próprio Pe. Sopoćko recebeu uma severa admoestação da Santa Sé e passou por muitos outros dissabores. A CNSM igualmente foi proibida de divulgar o culto. Em consequência, foram retirados de circulação as estampas, o Terço da Misericórdia e outras orações da Ir. Faustina.
Parecia que a missão da Ir. Faustina, “nessa obra que o Senhor tanto recomendava...”, iria ser totalmente suprimida e não poderia ressurgir.
Até ao momento da publicação da “Notificação”, na casa da congregação em Cracóvia, onde faleceu a irmã Faustina, a Imagem da Misericórdia Divina era alvo de grande devoção e estava recoberta de ex-votos. Cada terceiro domingo do mês era celebrada aí uma Santa Missa solene e os sacerdotes pronunciavam sermões sobre a Misericórdia Divina, sendo o primeiro domingo depois da Páscoa comemorado como a Festa da Misericórdia Divina, que o cardeal Adam Sapieha em 1951, para um período de sete anos, havia enriquecido de indulgência plenária.
Deve-se atentar ao fato de que o cardeal, príncipe Adam Sapieha, arcebispo de Cracóvia (1912-1951), foi o primeiro Ordinário na Polônia a aprovar com o Imprimatur as publicações que continham a devoção à Misericórdia Divina. A partir de então todos os ordinários de Cracóvia foram favoráveis à mensagem e à devoção na forma proposta pela Ir. Faustina.
É interessante notar que a primeira Imagem da Divina Misericórdia, pintada em Vilnius, foi exposta “à veneração dos fiéis em 1937, com a autorização do arcebispo Romualdo Jałbrzykowski, na igreja de São Miguel daquela cidade, a qual pertencia a própria família dos Príncipes Sapieha. Na época, era reitor dessa igreja o Pe. Miguel Sopoćko. Ora, perante o veto da Santa Sé, as irmãs dirigiram-se ao Ordinário da Arquidiocese de Cracóvia, arcebispo Eugeniusz Baziak, perguntando o que deveriam fazer com a Imagem da Misericórdia Divina que se encontrava na capela das irmãs e que era objeto de veneração por parte dos fiéis, e que atitude deveriam tomar em relação à Festa que era celebrada até então. Em resposta, o arcebispo Baziak recomendou que se deixasse a Imagem no seu lugar, de não impedir que os fiéis suplicassem diante da Imagem as graças necessárias e que não fosse abolida a Festa celebrada até então em honra à Divina Misericórdia.
Dessa forma, o culto à Misericórdia Divina superou a prova no pequeno centro da congregação em Cracóvia, na rua Wronia (atualmente Siostry Faustyny) 3, onde descansam os restos mortais da irmã Faustina.
Visto que a primeira parte das predições se havia realizado quase à letra, seria de supor que também a segunda parte se cumpriria. Os fatos aqui reportados são prova evidente da veracidade da predição da Ir. Faustina.
No dia 30.04.1978, a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé publicou nos Atos da Sé Apostólica (AAS LXX [1978] p. 350) uma Notificação assinada no dia 15.04.1978 pelo seu prefeito, cardeal Franjo Šeper, e pelo seu secretário, arcebispo Jerôme J. Hamer, O.P., com o seguinte conteúdo:
“De diversas partes, especialmente da Polônia, e também de forma oficial, foi formulada a pergunta sobre se devem ser mantidas em vigor as proibições contidas na ‘Notificação’ da S. Congregação do S. Ofício publicadas nas Acta Apostolicae Sedis, ano 1959, p. 271, relacionadas com a devoção à Misericórdia Divina nas formas apresentadas pela Irmã Faustina Kowalska. A Sagrada Congregação, levando em consideração a apresentação de numerosos documentos originais, desconhecidos em 1959, ponderando as circunstâncias profundamente alteradas, e levando em consideração as opiniões dos muitos Ordinários poloneses, declara que as proibições contidas na citada ‘Notificação’ já não têm um caráter vinculativo”.
No dia 12.07.1979, em resposta ao superior geral da Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria, que em nome do superior da Província de Santo Estanislau Kostka, da mesma congregação, solicitava um esclarecimento oficial do âmbito do conteúdo expresso na Notificação de 1978, revogando a proibição de se difundir o culto à Misericórdia Divina na forma proposta pela Ir. Faustina Kowalska, o prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal Franjo Šeper, confirmava (Prot. n.° 65/52): “Em relação a este assunto (apresentado na carta do S. Geral) com satisfação comunico que através da nova Notificação promulgada em 30.06.1978 (AAS, LXX [1978] p. 350), amadurecida à luz da documentação original, bem como pela intervenção informativa exarada pelo então arcebispo de Cracóvia, cardeal Karol Wojtyła — a Santa Sé decidiu revogar a proibição contida na ‘Notificação’ anterior, de 1959 (ASS, 1959, p. 271). Por essa razão considera-se que da parte desta Sagrada Congregação já não existe mais nenhum obstáculo à difusão da devoção à Misericórdia Divina nas formas autênticas, propostas pela acima citada irmã religiosa (Faustina Kowalska)”.
Atualmente, esse culto intensifica-se novamente, acompanhado pelo crescente interesse dos teólogos.
210 Neste ponto, a irmã Faustina passou da descrição da visão à citação das palavras ouvidas “interiormente”.
211 O retiro em Vilnius (4-12.01.1935) foi pregado pelo frei Paweł Macewicz S.J. (sacerdote do rito oriental). No encerramento do retiro houve uma santa Missa segundo o rito oriental, e as irmãs receberam a santa Comunhão sob as duas espécies.
212 Desde a palavra “sim”, irmã Faustina começa a citar, sem nenhuma indicação gráfica, as palavras de Nosso Senhor, que ouviu interiormente.
213 E m Vilnius estavam, então, dezessete irmãs. Para os exercícios espirituais vinham também irmãs de outras casas. É impossível certificar de quem se tratava. O Pe. Sopoćko havia recomendado à Ir. Faustina para não escrever os nomes das irmãs no Diário. Ele mesmo não sabia de quem se tratava (Carta do Pe. Sopoćko, de 31.03.1972).
214 “Renovação” — isto é, renovação dos votos religiosos feitos na congregação. As constituições da CNSM previam que duas vezes por ano, isto é, após o retiro de oito e de três dias, cada irmã deveria renovar os seus votos — de castidade, de pobreza e de obediência.
215 A família da irmã Faustina residia em Głogowiec, então no distrito de Łodz. Hoje o lugar Głogowiec faz parte do povoado contíguo maior, que se chama Świnice Warckie.
216 Stasio é diminutivo carinhoso de Stanisław, nome de um dos irmãos da irmã Faustina.
217 “Senhor da Casa” — Nosso Senhor escondido na Eucaristia (cf. Diário, 14).
218 Era a madre Maria Józefa Brzoza, antiga mestra da irmã Faustina e, posteriormente, superiora em Varsóvia (cf. nota 32).
219 “Józefinek” — cf. nota 58.
220 Superiora geral — madre Michaela Moraczewska (cf. nota 16), encontrava-se, então, por alguns dias na casa em Grochów.
221 Madre Borgia Tichy.
222 Irmã Maria (Salomea Olszakowska), faleceu em junho de 1962.
223 Literalmente pud, que é uma medida de peso russo, e que equivale a 16 kg.
224 Trata-se aqui da Imagem de Jesus Misericordioso com os raios, pálido e vermelho, pintada por Eugeniusz Kazimirowski em Vilnius. Essa Imagem estava exposta para a veneração pública em Ostra Brama, para o encerramento do Jubileu da Redenção do mundo nos dias 26-28.04.1935 (cf. Diário, 420; nota 1).
225 Padre Miguel Sopoćko (cf. nota 47).
226 Dominica in Albis; domingo da Pascoela, segundo domingo da Páscoa — com ele se conclui a oitava da Páscoa.
227 Padre Miguel Sopoćko (cf. nota 47).
228 Narra o Pe. Sopoćko no seu testemunho: “Postero die post mortem Mareschali Reipublicae Józef Pilsudski 12.05.1935 narravit mihi S.D. quod hesterna die vidit eum in iudicio divino. Iudicium fuit valde severum, sed propter intercessionem B.V.M. iudicium exitum habuit felicem. Ni fallor etiam hoc notavit in Diario vel enarravit sororibus, quando rumor de eius morte nondum advenerat” (Summ., p. 95, § 251 no fim. Cf. também Rec. do Pe. Sopoćko – A. Crac., Rec.; Apr. fasc. IX, doc. 3, p. 297; cf. 2 Mac 6, 12-16; Sab 12, 20 e segs). [Tradução: “No dia seguinte após a morte do marechal da República Józef Piłsudski, 12.05.1935, narrou para mim a serva de Deus que ontem o viu em juízo divino. O juízo foi muito severo, mas, por causa da intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria, o juízo teve um final feliz. Se não me engano, também escreveu isso no Diário ou narrou às irmãs, quando o rumor da morte dele não havia ainda surgido”. - N.Rev.].
229 Padre Miguel Sopoćko (cf. nota 47).
230 Ao escrever “quarenta dias”, irmã Faustina cometeu um erro. Tratava-se de uma devoção de “quarenta horas”, ou seja, a exposição de Nosso Senhor no ostensório para o culto público por 40 horas. Essa devoção tem um caráter reparador e propiciatório (muitas vezes ligada com a purificação por ocasião do carnaval). Nas casas da CNSM essa adoração era normalmente realizada antes da festa de São José — 19 de março, ou antes da festa da proteção de São José — quarta-feira depois do segundo domingo da Páscoa.
231 Irmã Faustina julgava que devia sair da Congregação de Nossa Senhora da Misericórdia e fundar uma nova congregação, cuja missão seria divulgar o culto à Misericórdia Divina e suplicar misericórdia para o mundo.
232 Padre Miguel Sopoćko (cf. nota 47). O Pe. Sopoćko anota em suas recordações que, não tendo tempo para ouvir as longas confidências da irmã Faustina no confessionário, recomendou que ela as anotasse num Diário. Entretanto, os assuntos que exigiam ser conversados de viva voz eram tratados pela irmã Faustina na residência do Pe. Sopoćko (cf. A. SF - Rec.).
233 A irmã Faustina tinha escrito que o Senhor verdadeiramente exigia a fundação de uma nova congregação, cujo fim deveria ser o de rogar a misericórdia divina para o mundo e difundir a devoção à Misericórdia Divina.
Esse desejo de Nosso Senhor amadureceu gradualmente no espírito da Ir. Faustina e passou por certa evolução: desde a Ordem estritamente contemplativa (que desejou fundar e para a qual até havia redigido um resumo da regra) até ao movimento que compreenderia também as congregações ativas e as pessoas que vivem “no mundo” (cf. Diário, 1155-1158). Não desejando fazer nada por sua própria iniciativa, confiou essa inspiração ao seu confessor Pe. Miguel Sopoćko e à superiora madre Michaela Moraczewska e, após a sua chegada a Cracóvia, também ao frei Andrasz, S.J. Os confessores estavam indecisos, e a madre Michaela, depois de longa hesitação, na verdade deu autorização, porém frisando que nisso não assumia nenhuma responsabilidade. Irmã Faustina dirigiu-se, então, com a sua inspiração ao arcebispo Romuald Jałbrzykowski. Este não disse que não, todavia fez notar que era preciso aguardar um sinal mais claro do céu.
A tarefa de fundar a nova congregação pela Ir. Faustina deve ser vista pelo prisma das experiências da “noite passiva” do espírito, como demonstra a análise estrutural das descrições das suas provações, que se constituem dos mesmos elementos aos quais se refere São João da Cruz na sua Noite Escura. Por essas provações Deus elevou-a aos cumes da mística, apresentando nela o modelo do perfeito cumprimento das missões e do espírito da nova congregação.
Ora, apesar do seu constante empenho, Ir. Faustina não chegou a ver o surgir da nova congregação. Só após a sua morte, de diversos modos, foi retomada a ideia da nova congregação e por diferentes meios introduzida na prática de vida. Uns encaram a missão e o espírito da nova congregação em convergência com a ideia do renovamento segundo o Concílio Vaticano II — integrando-o no seu prévio enquadramento. Essa missão fica pertencendo, de um modo especial, à CNSM, que associa às suas tarefas a divulgação da Misericórdia e a oração suplicante da misericórdia para todo o mundo, enriquecendo a sua espiritualidade de “Misericórdia” com novas formas de culto e com a profundidade teológica que lhe dá o Diário.
Outros fundam novas comunidades para realizarem a mesma ideia. Foi por intervenção do Pe. Sopoćko que, durante uma reunião de “A Hora da Bíblia” em 1941, que se levantou esta questão, e no dia 15.10.1941 uma primeira aspirante fez diante do Pe. Sopoćko o voto de castidade, empenhando-se, ao mesmo tempo, por observar também a pobreza e a obediência. No ano seguinte juntaram-se a ela outras aspirantes, que fizeram o mesmo voto e as mesmas promessas. No ano de 1946, as primeiras candidatas, J. Osińska e I. Naborowska, que haviam feito privadamente os votos ainda durante a Segunda Guerra Mundial, em Vilnius, foram para Myslibórz (em 25.08.1947), na diocese de Gorzów. A nova congregação começou então a vida em comum e, em pouco tempo, quando a ela se juntaram outras candidatas, a congregação começou a irradiar-se.
No dia 2 de agosto de 1955, o Ordinário de Gorzów, Mons. Sigismundo Szelazek, incumbido de poderes especiais, aprovou a “Congregação de Jesus Cristo Redentor Misericordioso”, atualmente designada: “Congregação das Irmãs de Jesus Misericordioso”, que tem como fim difundir o culto à Misericórdia Divina e a ajuda à hierarquia da Igreja.
Há também um Instituto Secular da Misericórdia Divina fundado pelo Pe. Miguel Sopoćko e pelo Frei L. Nowak, S.J. Além disso existem na Polônia, e em outros países, outras comunidades empenhadas na realização da ideia da nova congregação, como também o grande movimento de Leigos que veneram a Misericórdia de Deus, quer em associação, quer individualmente.
Desse modo a ideia da irmã Faustina realizou-se sem a sua pessoal participação (cf. Pe. I. Borkiewicz, O.F.M. Conv.; “Helena Kowalska”, dactil., p. 18). O Santo Padre João Paulo II, na encíclica Divis in Misericordia chega mesmo a confrontar toda a Igreja na etapa contemporânea da sua história com as tarefas que Jesus Cristo instituiu para a “Nova Congregação”.
234 A solenidade de Corpus Christi, em 1935, realizou-se no dia 20 de junho. A Imagem da Misericórdia Divina, pintada por E. Kazimirowski, foi colocada num dos altares ornamentados para a procissão de Corpus Christi.
235 Padre Miguel Sopoćko (cf. nota 47).
236 Confissão das irmãs da casa da congregação em Vilnius. O confessor era o Pe. M. Sopoćko (cf. nota 47).
237 Cf. nota 189.
238 Ir. Faustina inseriu aqui duas palavras, “conhecer Jesus”, sem as quais a frase é plenamente compreensível. N.B.: “Quem quer que leia atentamente o manuscrito do Diário, repara numa característica digna de muita atenção que indica o modo singular da sua elaboração, que consiste no fato de que não há no manuscrito qualquer correção, excetuado aquela de algumas letras; não há eliminações feitas à pena, nem riscados; não há absolutamente transposições de palavras ou de frases, nem de parágrafos. Aquilo que a Ir. Faustina escreve, escreve-o decididamente em maneira definitiva” (IATC — Iudicium Alterius Theologi Censoris Super Scriptis... Roma, 1979, p.83).
239 Irmã Faustina pensava na fundação da nova congregação e pedia a ajuda de Santo Inácio.
240 Cf. nota 173.
241 Na língua polonesa “amor” é de gênero feminino, por isso Ir. Faustina o chama de “rainha” ao invés de “rei”.
242 O retiro de três dias no período de 12-16.08.1935, foi pregado em Vilnius por frei Życzkowski, S.J. (1899-1945), diretor do colégio dos Jesuítas em Vilnius e posteriormente superior da província da Polônia Maior-Mazóvia da Companhia de Jesus, com sede em Varsóvia (A. ZMBM - C).
243 Padre Miguel Sopoćko (cf. nota 47).
244 Padre Miguel Sopoćko (cf. nota 47).
245 O arcebispo de Vilnius era então o Mons. Romuald Jałbrzykowski (1876-1955), que terminou os seus estudos na academia teológica em São Petersburgo (1898-1902). Foi ordenado sacerdote em 1901. Foi professor do seminário maior em Sejny e cônego do capítulo de Sejny. Durante a Primeira Guerra Mundial foi transferido para a jurisdição de São Petersburgo, posteriormente para Minsk, onde se dedicou com grande empenho à atividade pastoral, cultural e social. Após alguns anos, em 1917, voltou a Sejny. Em 1918 foi consagrado bispo e trabalhou como auxiliar na parte polonesa da diocese de Sejny. Em 1921 foi designado delegado apostólico, e em 1926, primeiro bispo ordinário da diocese de Łomża criada ex novo. Em 1926, após a morte do metropolita de Vilnius, arcebispo Mons. Jan Cieplak, assumiu o governo daquela diocese, no dia 08.09.1926. No dia 13.03.1942 foi detido pelos alemães e internado no convento dos Padres Marianos em Mariampol, na Lituânia. Regressou a Vilnius em agosto de 1944. Em dezembro do mesmo ano foi novamente preso e encarcerado em Vilnius. Após o término da Segunda Guerra Mundial foi forçado a transferir-se para Białystok, onde com grande energia se entregou a reorganizar as paróquias e a resolver muitas outras questões importantes. O arcebispo R. Jałbrzykowski era, no relacionamento com os outros, simples, disponível, compreensível e paciente. Consigo mesmo, no entanto, era muito exigente. Faleceu em Białystok em 19 de junho de 1955 (cf. Pe. M. Paszkiewicz, Białystok).
246 É a fórmula do Trisagion, ou “Três Vezes Santo”, da liturgia Oriental (de São João Crisóstomo) e muito utilizada como sumo louvor.
247 Terço à Misericórdia Divina, que se encontra no Diário da irmã Faustina (cf. Diário, 475). Por diligência do Pe. Miguel Sopoćko foi impresso no verso do santinho (cópia da Imagem de Eugeniusz Kazimirowski, que se encontra atualmente em Vilnius) em Cracóvia, pela editora Cebulski (cf. Carta do Pe. Sopoćko, n.° 75, 87-90).
248 Diante do arcebispo Romualdo Jałbrzykowski. Cf. nota 245.
249 A festa de São Miguel é comemorada no dia 29 de setembro.
250 O Pe. Sopoćko, não estando seguro das inspirações da irmã Faustina quanto à fundação de uma nova congregação, quis submeter esse assunto à apreciação de mais um sacerdote e com esse objetivo mandou que ela apresentasse todas as ordens interiores ao antigo confessor, frei J. Andrasz S.J., em Cracóvia (cf. Rec. do Pe. Sopoćko).
251 A solenidade de Cristo Rei, até 1969, era comemorada no último domingo de outubro. No ano de 1935 ocorreu no dia 27 de outubro.
252 A CNSM possui em Cracóvia um cemitério próprio, que se encontra num extremo do jardim do convento. Nesse cemitério são sepultados os restos mortais de todas as irmãs e educandas falecidas em Cracóvia. Igualmente nesse cemitério foi sepultada, num túmulo de alvenaria, a Ir. Faustina. Aí repousaram os seus restos mortais até o momento da exumação, ou seja, até o dia 25.11.1966.
253 Era a irmã Maria Witalina (Barbara Masłowska), nascida no dia 02.12.1852, falecida no dia 06.01.1939.
254 Nos encontros individuais mensais, as irmãs pediam à superiora autorização para recitar nas horas livres as suas próprias orações, não abrangidas pelas regras e pelos costumes da congregação.
255 Cf. Mt 16, 23 [N. Rev.].
256 Cf. nota 101.
Caderno II
257 Quem ordenou que a irmã Faustina escrevesse o Diário foi o confessor — Pe. Prof. M. Sopoćko. Irmã Faustina considera essa ordem como dada em nome da obediência (cf., p. ex., Diário 894). Nas páginas subsequentes do Diário encontramos declarações que testemunham ter ela recebido a ordem de escrever igualmente do próprio Nosso Senhor (cf. Diário, 838, 894, 1142 e outros).
258 Na CNSM não existe oficialmente o costume de se acrescentar aos nomes religiosos algum outro nome. Podem, entretanto, as irmãs, fazerem isto em particular. Assim sendo, a Ir. Faustina adotou o nome de Ir. Faustina do Santíssimo Sacramento.
259 Na congregação existia, naquele tempo, a prática da adoração durante toda a noite antes da primeira sexta-feira do mês. Nesse caso, entretanto, trata-se de alguma outra adoração, para a qual a superiora local sempre podia dar autorização às irmãs e em certas circunstâncias até recomendar que a fizessem.
260 Trata-se aqui do dia 15 de novembro, porque no dia 16 de novembro cai a solenidade de Nossa Senhora de Ostra Brama.
261 A superiora da casa em Vilnius era naquele tempo a irmã Borgia Tichy (cf. nota 201).
262 O confessor das irmãs era o Pe. M. Sopoćko (cf. nota 47).
263 No refeitório das irmãs havia uma tabuleta sobre a qual a superiora da casa colocava uns cartões com os nomes das irmãs, nos quais eram designadas as tarefas ao longo da semana. Nesse caso tratava-se do plantão na portaria da casa durante a refeição em comum.
264 De acordo com as antigas constituições da congregação, tinham direito ao título de “madre” as irmãs que faziam parte da administração geral, bem como todas as superioras das casas. Para criar uma atmosfera mais familiar nos institutos de educação dirigidos pela congregação, o titulo “madre” era também utilizado pelas educandas em relação às suas educadoras (cf. Const. Congr.).
265 Na CNSM as irmãs fazem os votos simples. Na congregação proposta pela Ir. Faustina fariam os votos solenes. A diferença entre os votos simples e os solenes resulta claramente nos efeitos dos votos. Por exemplo: com o voto de pobreza o religioso renuncia aos bens temporais, mas, no caso dos votos solenes, priva-se completamente de qualquer propriedade e da própria faculdade de adquirir bens. Se fizer os votos simples, não fica privado deles, senão em parte, conservando a propriedade dos bens e a capacidade de adquirir outros; renuncia apenas ao direito de dispor dos bens temporais. O voto de castidade impede de contrair o matrimônio ou de fazer uso licitamente do contrato do matrimônio. O contrato do matrimônio após a profissão dos votos simples é ilícito, mas válido, enquanto que após a profissão solene é ilícito e também inválido. O voto de obediência dá aos superiores o direito irrevogável de invalidar os atos jurídicos do religioso, enquanto, com os votos simples o superior não tem tal direito, e o religioso pode ilicitamente, porém validamente, estipular atos jurídicos (cf. Pe. Baczkiewicz, C.M., “Il Diritto Canonico”, parte II, VII, ns. 745-747).
266 Ofício — oração litúrgica da Igreja composta de salmos e versículos.
267 Por clausura entende-se uma parte da casa religiosa destinada exclusivamente às pessoas que pertencem à congregação.
268 A irmã Faustina teve uma visão da casa destinada para a sede da nova congregação. Era uma habitação situada em Vilnius, na rua Santa Anna 12, completamente destruída. O confessor da Ir. Faustina, Pe. Miguel Sopoćko, restaurou essa casa com recursos próprios com a intenção de eventualmente vir a instalar nela a nova congregação. A realização desses planos foi prejudicada pela guerra (cf. Carta do Pe. Sopoćko, de 3.3.1972).
269 É a visível representação do ato que a irmã Faustina cumpre na consciência da própria culpa.
270 Imagem da Misericórdia Divina com a inscrição “Jesus, eu confio em Vós” [em polonês, “Jezu, ufam tobie”], cf. nota 1.
271 Pe. Miguel Sopoćko.
272 Parece que a irmã Faustina tinha visto a casa da Congregação do Misericordiosíssimo Redentor [Irmãs de Jesus Misericordioso] em Myślibórz.
273 Esse sacerdote era o Pe. Miguel Sopoćko.
274 Provavelmente esse sacerdote seria o Pe. Władysław Wańtuchowski, da Companhia de Jesus, que no período em que o Pe. Sopoćko se ausenta [escondido, porque perseguido pelos ocupantes da pátria], por dez anos acompanhou a Congregação do Misericordiosíssimo Redentor (cf. Pe. Isidoro Borkiewicz, OFM Conv., “As relações da irmã Faustina com a nova congregação”).
275 Designa aqui a prática da mortificação usando a “disciplina”. É um feixe ou baraço de cordas com nós, usado para a flagelação penitencial. Chama-se disciplina também o próprio ato de flagelar-se.
276 É difícil determinar que jejuns a irmã Faustina tinha em mente. Pode-se supor que se tratava da Quarta-Feira de Cinzas e da Sexta-Feira Santa.
277 Vulgarmente chamado na Polônia de “dias secos”. Eram três dias em cada trimestre — quarta, sexta e sábado — em que era obrigatório o jejum.
278 Naquela época eram obrigatórias, durante o ano litúrgico, as vigílias com jejum antes das seguintes festas: “Pentecostes” ou [literalmente] “Festas Verdes” [expressão usada na Polônia; N. Rev.], “Assunção de Nossa Senhora” e solenidade de “Todos os Santos” (cf. C.D.C., a. 1917, can. 1252, § 2.).
279 Algumas congregações, entre outras também a CNSM, por um ato solene de eleição escolhiam Nossa Senhora como Superiora Geral da congregação, confiando-Lhe todas as questões temporais e espirituais. Esse ato foi realizado no dia 05.08.1937, na casa geral em Varsóvia, rua Zytnia 3/9, e dele participaram todas as superioras da casa. Posteriormente esse ato foi repetido em todas as casas da congregação no dia 15.08.1937, com a participação de todas as irmãs da congregação.
280 Irmã Faustina utilizou o termo “estufa” em referência a um ambiente de vidro, destinado ao cultivo de flores e legumes.
281 Em carta à Ir. Jeronima (in ZMBM) de 18.03.1972, o Pe. Sopoćko confessou: “O pedido da irmã Faustina de expor a Imagem pela primeira vez no Santuário de Ostra Brama por ocasião da conclusão do Jubileu da Redenção em 1935 (26, 27 e 28 de abril), e depois tendo-a colocado novamente num corredor escuro do convento voltando-a para a parede”.
282 Pe. Miguel Sopoćko.
283 Cf. nota 268.
284 Isto é, na noite de 24 de dezembro de 1935.
285 Opłatek — Cf. nota 144.
286 É provável que a pessoa com a qual a Ir. Faustina partilha espiritualmente o opłatek (cf. nota 144), seja o Pe. Sopoćko.
287 Supostamente, Pe. Miguel Sopoćko.
288 Trata-se do arcebispo metropolitano de Vilnius, Romuald Jałbrzykowski (cf. nota 245).
289 No ano de 1933 morreram as seguintes irmãs: Ir. Cecília Mieszkowska, em Walendów; Ir. Casimira Kasperowicz e Madre Leonarda Cielecka, em Varsóvia. A Ir. Faustina refere-se provavelmente à Ir. Casimira ou à Ir. Cecília (Cf. Diário, 58).
290 Madre Michaela Moraczewska (cf. Diário, 14; nota 16).
291 Pode-se supor que se tratava do arcebispo R. Jałbrzykowski, a quem a irmã se referia como “arcipreste”, e da sua reserva perante a intenção da Ir. Faustina de fundar uma nova congregação.
292 Esse sacerdote provavelmente era o Pe. M. Sopoćko, que nas suas “Recordações” sobre a Ir. Faustina assim escreve: “As minhas dificuldades atingiram o ponto culminante em janeiro de 1936. Dessas dificuldades não falei a ninguém, apenas no dia mais crítico pedi a oração da Ir. Faustina. Para a minha grande admiração, no mesmo dia todas essas dificuldades se desfizeram como uma bolha de sabão, enquanto a Ir. Faustina me disse ter assumido sobre si os meus sofrimentos, e nesse dia teve-os tantos como nunca na vida...” (A. SF - Mem.).
293 Te Deum Laudamus — “Nós Vos louvamos, ó Deus” — é um hino litúrgico de ação de graças.
294 Pe. Miguel Sopoćko.
295 Era provavelmente a irmã Weronika (Marcjana Rapisz). Nascida no dia 18.03.1853. Ingressou na congregação no dia 16.12.1881. Passou toda a sua vida religiosa trabalhando na horta. Faleceu em Vilnius no dia 28.01.1936 (cf. A. ZMBM - Cron. LD).
296 “Toda a congregação” — nesse caso as irmãs da casa em Vilnius.
297 Provavelmente o Pe. Antônio Korcik, capelão da comunidade em Vilnius de 10.08.1934 a 1940.
298 A superiora da casa em Vilnius era então a irmã Borgia Tichy (cf. nota 201).
299 A pessoa que a irmã Faustina viu na visão era o Pe. M. Sopoćko. Testemunham-no as palavras sobre a tríplice coroa, já comentada anteriormente (cf. Diário, 596).
300 Irmã Faustina escreve aqui a palavra “Vovô”. Era o nome que ela dava a São José. A tradição mostra São José como um velhinho. Irmã Faustina utiliza igualmente essa definição.
301 Provavelmente, trata-se aqui do Pe. M. Sopoćko.
302 Essa visão é mencionada pelo Pe. Prof. Sopoćko na sua carta de 31.03.1972 (cf. A. SF).
303 Da mesma forma que em outras casas da CNSM, também em Vilnius havia um instituto para moças. As educandas do instituto, às vezes, adoravam a Nosso Senhor em conjunto com as irmãs, dessa maneira prestando reparação pelos pecados próprios e pelos dos outros.
304 Deve-se supor que se trata aqui da nova congregação que Jesus desejava que fosse fundada.
305 Superiora — madre Borgia Tichy (cf. nota 201).
306 Madre Borgia Tichy.
307 Madre Michaela Moraczewska (cf. nota 16).
308 Adoração noturna com a bênção do Santíssimo Sacramento.
309 Era provavelmente a Ir. Antonina Grejwul, que nas suas memórias sobre a Ir. Faustina escreve: “Após a confissão eu estava inquieta e tinha dúvidas se Nosso Senhor me havia perdoado. Chorando, pedi que a Ir. Faustina rezasse por mim. No dia seguinte de manha disse-me: ‘A irmã encontra-se em estado de graça, porque Nosso Senhor logo respondeu não estar zangado com as faltas da irmã, mas apenas magoado com a falta de confiança no Seu perdão. Vou rezar para Lhe pedir perdão pela irmã’”. (A. SF - Rec.).
Ir. Antonina (Agata Grejwul), nascida no dia 13.09.1877; ingressou na Congregação a 29.06.1909 em Vilnius, onde permaneceu até a liquidação dessa casa em 1945. Durante a Segunda Guerra Mundial esteve detida juntamente com outras irmãs na prisão de Lukiszki, Vilnius, mas após algum tempo, por ser cidadã leta, foi liberta. Após a retirada das irmãs em Vilnius foi designada para a casa da congregação em Biała, perto de Płock, onde faleceu no dia 22.01.1960. (A. ZMBM - C e D).
310 Irmã Faustina por engano [?] acrescentou no final do período pela segunda vez a palavra “via”.
311 Provavelmente irmã Faustina tem em mente aqui a companhia dos anjos da guarda.
312 Cf. Diário, 167; nota 135.
313 Era certamente a irmã Regina Jaworska, que conhecia a irmã Faustina do noviciado. Ir. Regina (Waleria Jaworska), nascida em 28.11.1905. Ingressou na congregação em 1926. Foi testemunha durante o processo informativo da irmã Faustina. Faleceu no dia 27.04.1984.
314 A casa em Walendów encontrava-se, então, em difícil situação econômica.
315 O confessor das irmãs em Walendów nessa época era o Pe. Czesław Maliszewski (1880-1957), pároco da paróquia de Nadarzyn. Se a irmã Faustina confessou-se com ele, não se sabe.
316 Cf. Diário, 19; nota 23.
317 Pe. M. Sopoćko.
318 “Deus, dives in misericórdia...” (seg. Vulgata): cf. Ef 2, 4 [N. Rev.].
319 Talvez o confessor ordinário das irmãs em Walendów, Pe. Czesław Maliszewski.
320 Frei Józef Andrasz, S.J.
321 Isto é, iria sair da CNSM para fundar uma nova congregação, a que era impelida por inspirações interiores.
322 Madre Michaela Moraczewska.
323 “Antes” — significa antes dos votos perpétuos em Cracóvia, em 1933 (cf. Diário, 52).
324 Carta do Pe. Sopoćko escrita em Vilnius no dia 10.07.1936 (Carta do Pe. Sopoćko, 49).
325 Provavelmente, trata-se do opúsculo do Pe. Miguel Sopoćko intitulado Misericórdia Divina (Estudo teológico-prático), editado em Vilnius em 1936, com Imprimatur do bispo Romuald Jałbrzykowski, data de 30.06.1936, n. 298/36 (A. SF).
326 Na capa do livreto havia uma estampa colorida — cópia da imagem de Eugeniusz Kazimirowski (cf. nota 1).
327 Mons. Romualdo Jałbrzykowski (cf. Diário 473; nota 245).
328 Médico do sanatório em Prądnik — Dr. Adam Silberg, judeu convertido, contava então cerca de 40 anos. Nos anos 1937-1939 (até a eclosão da Segunda Guerra Mundial) foi diretor das “Instituições Sanitárias Municipais” em Cracóvia-Prądnik, popularmente denominadas “sanatório” (atualmente — “Hospital Municipal Especializado João Paulo II”). Residia juntamente à mulher e o filho Kazimierz num apartamento de serviço no recinto do hospital. Desde o momento da eclosão da guerra, não há informações certas sobre ele. De acordo com o relato de Ludwik Spytkowski motorista aposentado do hospital, ele teria fugido dos alemães para o Leste, junto da mulher, e teria sido fuzilado pelos alemães perto de Lwów. De acordo com uma outra versão, fornecida pelo Dr. Adamczewski, radiólogo do mesmo hospital, o Dr. Silberg teria estado, juntamente com um grupo de outros médicos, na França, em 1940, posteriormente teria ido a Escócia e lá teria morrido, antes do fim da guerra.
329 O Sanatório de Prądnik.
330 A superiora da irmã Faustina na casa da congregação em Cracóvia era, durante todo o tempo, a madre Irena Krzyżanowska (cf. nota 81).
331 A noviça era provavelmente a Ir. Fabíola, afetada por tuberculose e por tal motivo internada naquela ocasião na enfermaria. A Ir. Fabíola Paweluk, nasceu em 1912 e faleceu em 1947, em Częstochowa. (A. ZMBM – C).
332 A Festa da Misericórdia Divina, como a ela se refere a Ir. Faustina, segundo o desejo do Senhor, deveria ser celebrada no primeiro domingo depois da Páscoa (cf. Diário, 49, 89, 280, 299, 420, 570, 699 e 742).
333 O médico do sanatório em Prądnik diagnosticou que a Ir. Faustina sofria de tuberculose pulmonar. Para impedir que outras irmãs fossem contaminadas, mandou colocá-la em quarto separado. A irmã Faustina foi colocada num quarto destinado a doentes graves, na assim chamada “enfermaria”.
334 Nesse caso, os temas para a meditação eram fornecidos pelo pregador do retiro, frei Władysław Wojtoń, S.J., que pregou o retiro antes dos votos das irmãs, de 20 a 29.10.1936 (A. ZMBM - C).
335 “Betânia” — significa aqui “lugar de descanso”. Na Betânia do Evangelho, Nosso Senhor tinha amigos com os quais gostava de ficar, para descansar (cf. Jo 12,1-11) durante o seu trabalho apostólico. Irmã Faustina deseja ser para Nosso Senhor um lugar de descanso, lugar de paz e alegria.
336 A renovação dos votos após o retiro caiu na sexta-feira, 30 de outubro de 1936 (cf. Diário 40; nota 56).
337 No cemitério — junto ao jardim do convento (cf. Diário 515; nota 252).
338 Madre Michaela Moraczewska (cf. nota 16).
339 Conferir Diário, 46.
340 Irmã Faustina fez os votos temporários (que chama de anuais) no dia 30.04.1928.
341 Pode-se supor que os assuntos sobre os quais o Pe. Miguel Sopoćko estava refletindo eram a divulgação do culto à Misericórdia Divina, a instituição da Festa da Misericórdia Divina e a fundação da nova congregação.
342 Não é possível confirmar quem tenha sido esse sacerdote.
343 Carta datada de 21.11.1936, na qual o Pe. M. Sopoćko informa à irmã Faustina sobre o desenrolar das questões da divulgação do culto à Misericórdia Divina e da fundação da nova congregação (cf. Carta do Pe. M. Sopoćko, n.° 97-99).
344 Provavelmente a Ir. Faustina teve a visão da casa da congregação do Misericordiosíssimo Redentor em Myślibórz, que o Pe. M. Sopoćko fundou após a morte da Ir. Faustina. As irmãs em Myslibósz ensinam o catecismo às crianças.
345 Provavelmente, referência ao Pe. Sopoćko.
346 Os dois religiosos eram provavelmente o Pe. E. Elter e o Pe. J. Andrasz, ambos da Companhia de Jesus (cf. Diário, 53 e 172; notas 66 e 139).
347 Ao falar de especial união com Deus de duas religiosas, a irmã Faustina pensava certamente na madre Michaela Moraczewska, superiora geral, e na Ir. Maria Józefa Brzoza, mestra de noviças, que se distinguiam por uma profunda vida interior (cf. Diário, 14 e 23; notas 16 e 32).
348 Neste caso, irmã Faustina provavelmente se enganou na conta da sua idade. Visto que ela mesma menciona no Diário (cf. Diário, 15) haver recebido essa graça em 1925, durante a oitava de Corpus Christi. Ir. Faustina nasceu em 1905, então em 1925 tinha 20 e não 18 anos (cf. Diário, 16; nota 18 ).
349 No manuscrito (e por engano) a Ir. Faustina repetiu a palavra “alma” antes de “uma felicidade”.
350 Pode-se supor que a Ir. Faustina pensasse num breve abandono da congregação (das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia), mas o sentido subsequente da frase sugere, no entanto, que tal predição do Senhor se refere ao avizinhar-se da sua morte.
351 Irmã Faustina pensava na ordem interior recebida de difundir o culto à Misericórdia Divina e de fundar uma nova congregação.
352 Cf. Diário, 694; nota 329.
353 Madre Michaela Moraczewska (cf. Diário, 14; nota 16).
354 Isto é, alguns minutos de adoração a Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento.
355 Doutor Adam Silberg (cf. Diário, 694 e nota 328).
356 Irmã Dawida (Antonina Cedro), nascida em 17.09.1898. Ingressou na Congregação das Servas do Sagrado Coração de Jesus [chamadas, na Polônia, “Sercanki” de serce = “coração” — N. Rev.]. As irmãs dessa congregação trabalhavam no hospital em Prądnik.
357 Irmã Faustina refere-se aqui ao céu, como pátria.
358 “Refém” pelos pecados do mundo ou “Fundamento” da Misericórdia.
359 Era o primeiro repouso na varanda do sanatório.
360 Irmã Felícia (Janina Żakowiecka), em polonês Felicja, nascida em 1900. Ingressou na congregação em 1926. Desempenhou as funções de ecônoma das casas em Vilnius e Cracóvia, posteriormente foi superiora da casa da congregação em Rabka, e depois em Derdy. Irmã Felícia encontrou-se com a irmã Faustina em Vilnius e, nos anos 1936-1938, em Cracóvia. Foi testemunha no processo informativo da irmã Faustina. Faleceu na casa da congregação em Wrocław no dia 07.11.1975.
361 A casa da CNSM em Cracóvia, bairro Łagiewniki, localizava-se à distância de cerca de 10 km de Prądnik, onde se encontrava em tratamento a irmã Faustina. Com os meios de transporte da época o acesso ao sanatório demorava muito tempo e era difícil. Isso explica as raras visitas à irmã Faustina.
362 Por passatempo, os doentes na sala comum tinham o rádio ligado, que se podia ouvir inclusive no quarto da irmã Faustina.
363 Trata-se aqui dos sofrimentos e humilhações que havia de suportar o Pe. M. Sopoćko em relação aos seus esforços para a divulgação do culto à Misericórdia Divina e a fundação da nova congregação. Esses esforços encontravam dificuldades e a oposição das autoridades eclesiásticas, como normalmente ocorre com toda obra nova. Irmã Faustina tinha um conhecimento interior desses sofrimentos e sobre isso escrevia ao Pe. Sopoćko, o qual menciona o fato na sua carta de 06.03.1972 à Congregação.
364 Irmã Crisóstoma (Maria Korczak), em polonês, Chryzostoma, nascida em 1892. Ingressou na congregação em 1921. Trabalhou como educadora, e posteriormente como enfermeira. Encontrou-se com a irmã Faustina em Vilnius e pouco antes da sua morte em Cracóvia. No processo informativo da irmã Faustina, foi testemunha. Faleceu no dia 19.07.1982.
365 Dr. Adam Silberg (cf. Diário, 694; nota 328).
366 Veio buscar irmã Faustina no hospital a irmã Caetana (Maria Bartkowiak), em polonês Kajetana, nasceu no dia 19.01.1911. Ingressou na congregação em 1933. Residiu com a irmã Faustina em Varsóvia e em Cracóvia. Foi testemunha no processo informativo.
367 Para ir até a casa da CNSM desde Prądnik, é preciso atravessar Cracóvia.
368 Opłatek — Cf. nota 144.
369 Conferir Diário, parágrafo 608 e nota 300.
370 Entenda-se: “ao meu isolamento”, isto é, ao quarto reservado no hospital em Prądnik.
371 Após a festa de Natal, irmã Faustina foi levada ao hospital, em Prądnik, pela irmã Damiana Ziółek, que assim relata as circunstâncias que acompanharam o regresso da irmã Faustina para Prądnik: “À noite foi deixada no portão do convento uma criancinha. De manhã, a irmã Franciszka encontrou essa criancinha, cuidou dela, deu-lhe banho, alimentou-a e começou a procurar alguém que pudesse tomar conta do bebê. Ficou sabendo disso uma das vizinhas próximas, que não tinha filhos e queria adotar uma criança. Por proposta da congregação, de boa vontade ela aceitou a criança encontrada e queria registrá-la no seu nome. Aproveitando a carruagem que levaria a irmã Faustina para Prądnik, a citada pessoa, juntamente com a criança, foi à igreja paroquial em Podgórze, para batizar a criança e realizar as formalidades da inscrição nos registros da igreja. É justamente dessa pessoa que a irmã Faustina fala em seu Diário”.
A Ir. Damiana (Zofia Ziołek), nasceu no dia 18.10.1911. Ingressou na congregação em 1927. Encontrou-se com a Ir. Faustina em Płock, em 1932, e posteriormente em Cracóvia. Durante o processo informativo foi testemunha. Faleceu em 12.06.1990.
372 Igreja paroquial de São José em Cracóvia, bairro Podgórze.
373 Irmã Damiana Ziołek.
374 Isto é, do arcebispo Romuald Jałbrzykowski.
375 Provavelmente se trata aqui do livreto do qual se fala mais adiante na nota 458.
376 Provavelmente pelo arcebispo Romuald Jałbrzykowski, pelo Pe. M. Sopoćko e pelo frei J. Andrasz S.J.
377 Irmã Faustina lembra aqui o dia 02.01.1934, em que esteve pela primeira vez com o pintor E. Kazimirowski, por motivos relacionados com a Imagem da Misericórdia Divina (cf. nota 1).
378 A superiora das irmãs Servas do Sagrado Coração de Jesus no hospital, em Prądnik, era a irmã Sebastiana (Helena Wąsik), nascida em 1899 e falecida em 1952.
379 Para fundar a congregação, cujo objetivo seria pedir a misericórdia divina para o mundo.
380 Conferir nota 357.
381 Irmã Faustina encontrava-se na seção de tuberculose I, que se localizava a uns setenta passos da capela.
382 Cf. Lc 2, 34-35. É o Evangelho em cuja data está escrevendo.
383 Em torno da doente estavam reunidos os familiares, e destes, os mais próximos seriam provavelmente contra o batismo.
384 Bilhete confidencial — pequena carta sem envelope, com as pontas coladas mas perfuradas para poder ser aberto.
385 Provavelmente do arcebispo Jałbrzykowski, do Pe. M. Sopoćko e do frei J. Andrasz S.J.
386 O Santo Padre Pio XI estava doente naquela ocasião.
387 Realizava-se, na cidade de Manila, nas Filipinas, de 3 a 7 de fevereiro de 1937 (A. ZMBM - C).
388 Cf. Diário, 46.
389 O diretor da irmã Faustina era então o frei J. Andrasz; pode-se supor, portanto, que era dirigida a ele a carta pedindo a permissão para as pequenas práticas de penitência.
390 “Paixão”(em polonês, Pasja) — durante esta devoção, que se celebra na Quaresma, canta-se o “Gorzkie Żale” ou “Lamentações” — uma devoção polonesa particularmente comovente, tradicionalmente cantada por todo o povo alternadamente, como o salmo, para meditar e celebrar a Paixão do Senhor (N.Rev.).
391 Com base nessas invocações, Pe. Sopoćko compôs uma Ladainha à Misericórdia Divina, melhorando algumas invocações e acrescentando outras por sua própria conta (cf. Carta do Pe. Sopoćko de 14.5.1972).
392 Irmã Faustina comemorava o dia do onomástico religioso em 15 de fevereiro.
393 Em conformidade com o que Jesus mais à frente vai dizer (Diário, 998) sobre a mesma expressão “última tábua de salvação”, conclui-se que esta faz referência ao “refúgio na Minha misericórdia”, e não somente à Festa em si.
394 O Pe. Miguel Sopoćko, como diretor espiritual da irmã Faustina, recomendou-lhe que sublinhasse cuidadosamente em seu Diário tudo o que, segundo ela, procedia de Deus, e especialmente tudo o que se relacionava com a instituição da Festa da Misericórdia Divina e com a nova congregação (Cartas do Pe. Sopoćko, n.° 76 e 116).
395 Isto é, na capela do sanatório, onde era mantido o Santíssimo Sacramento.
396 Dr. Adam Silberg.
397 No dia 15.02.1937 faleceu em Płock a irmã Kornelia Trzaska. Nascida em 1888 em Płock, ingressou na congregação em 1905. Trabalhou na congregação como sapateira.
398 Frei Boaventura (Bonawentura Kadeja), nascido em 1906, foi ordenado sacerdote em 1932. Desempenhou os cargos de superior da casa, conselheiro geral e provincial da congregação dos Padres. Nos anos 1965/66 foi juiz no processo informativo da irmã Faustina. Faleceu em 13.09.1980.
399 Durante a Quaresma, na capela do sanatório eram cantadas as “Lamentações” (cf. nota 390).
400 A palavra “messe” [cf. Mt 9,37], ou “ceifa”, na linguagem sacerdotal, indica a Quaresma, o tempo dos retiros e das confissões dos fiéis.
401 Sobre esse assunto a Ir. Faustina escreveu às suas irmãs Natália e Wanda em carta de 10.06.1938 (cf. Cartas, n.° 296 e 297).
402 Pode-se supor que a Ir. Faustina tenha rezado pelo Pe. Sopoćko, implorando para ele as graças necessárias para a difusão do culto à Misericórdia Divina e para a fundação da nova congregação.
403 “Boa noite, Face adorável do meu Jesus” — em polonês, literalmente: “Boa noite, Cabeça santa do meu Jesus”.
404 Irmã Faustina, fazendo o seu retiro de um dia (dia mensal de recolhimento), usufruía das conferências pronunciadas pelo frei Bonawentura Kadeja para o pessoal do sanatório.
Caderno III
405 A palavra “confessores” parece indicar que irmã Faustina recebeu a recomendação de escrever o Diário não apenas do Pe. Sopoćko, mas igualmente do frei Andrasz.
406 O diretor espiritual de irmã Faustina — Pe. Miguel Sopoćko — lembra que ela possuía dons extraordinários, como: visões, iluminações, ouvia vozes interiores; aqui menciona um desses dons, isto é, o conhecimento interior das experiências das pessoas com ela relacionadas (cf. Carta do Pe. Sopoćko, de 07.03.1972).
407 Irmã Faustina une-se em espírito à adoração na casa da congregação em Cracóvia, onde estava sendo praticada a devoção das “quarenta horas” (cf. Diário, 433; e nota 230).
408 Para fundar a nova congregação.
409 “Pasja”, as assim chamadas “Lamentações” sobre a Paixão do Senhor (cf. nota 390).
410 Na CNSM, por ocasião dos primeiros votos temporários, as irmãs recebem o véu preto, o crucifixo, o rosário e o cinto. É justamente desse [pequeno] crucifixo que fala a irmã Faustina.
411 Trata-se da Festa da Misericórdia Divina no segundo domingo da Páscoa.
412 Naquele tempo a capela da CNSM era destinada unicamente às irmãs e educandas do instituto; somente no tempo da guerra é que foi aberta à totalidade dos fiéis.
413 Esta visão refere-se provavelmente às indagações sobre os escritos da Ir. Faustina e acerca das suas interpretações erradas, o que durante algum tempo veio de fato a acontecer.
414 “Calabouço” — altar ou capela onde se guarda o Santíssimo Sacramento durante a noite da Quinta-Feira Santa. As palavras da Ir. Faustina fazem compreender que ela desejava estar unida espiritualmente a Cristo, arrastado e preso em um subterrâneo sem luz na noite depois da Última Ceia.
415 Sete palavras — são as sete frases ditas por Jesus na Cruz.
416 A rádio polonesa transmitia as devoções da Semana Santa.
417 Irmã Faustina conhecia interiormente as dificuldades que aguardavam essa obra da difusão do culto à Misericórdia Divina e relativas à fundação da nova congregação.
418 Com frei Andrasz S.J., seu diretor espiritual em Cracóvia.
419 Provavelmente se tratava do Pe. Teodor Czaputa, que, como capelão, todos os domingos pronunciava sermões na capela da congregação (cf. nota 34).
420 Conferir nota 226.
421 Evidentemente, a superiora da casa de Cracóvia, ao invés do capelão, acolhe o pedido feito por Jesus e transmitido pela Ir. Faustina, para ser feita uma adoração na capela no segundo domingo da Páscoa com a intenção de suplicar misericórdia para o mundo. (Cf. Diário 1070, sob a data de 2.4.1937). Por isso Jesus exprime o Seu agrado.
422 A mestra do noviciado era então a irmã Calista (Helena Piekarczyk), em polonês Kaliksta. Nascida em 30.03.1900, ingressou na congregação em 1920. Assumiu o cargo de mestra, substituindo a Ir. Maria Józefa Brzoza a partir do dia 10.12.1934, e desempenhou-o até 08.09.1945. Faleceu no dia 11.09.1947 (A. ZMBM - C).
423 “Assunto”, “causa”, “obra” — com essas palavras, irmã Faustina designa no Diário o conteúdo da sua missão: divulgação do culto à Misericórdia Divina, entre outras coisas, pela instituição da nova Festa e pela fundação da nova congregação.
424 Trata-se aqui do artigo do Pe. M. Sopoćko sobre a Misericórdia Divina, inserido na revista de Vilnius “Semanário Católico, Nosso Amigo” (Tygodnik Katolicki — Nasz Przyjaciel), do dia 04.04.1937, n.° 14.
425 A fundação da nova congregação.
426 Na casa da CNSM, em Cracóvia, todas as semanas o capelão fazia conferências às irmãs sobre temas ascéticos, na fala corrente denominadas “catecismo”.
427 Conferir Diário, parágrafo 40 — a partir das palavras: “Quando saímos dos genuflexórios...”
428 As irmãs da CNSM, além do retiro de oito dias, todos os anos fazem um retiro de três dias (Const. Congr.).
429 Na casa estava sendo feito o retiro de oito dias (20-29.04.1937) antes dos votos e da tomada de hábito das irmãs. Esse retiro era pregado pelo frei Józef Płaza S.J., então superior da casa dos Jesuítas em Cracóvia, perto de Mały Rynek.
430 Trata-se de uma das conferências do retiro (de oito dias, de 20 a 29 de abril) orientado pelo frei Płaza.
431 Irmã Faustina possuía o dom do conhecimento, mesmo que estivesse longe, de certas questões e situações (cf. Diário, 1018; nota 406). Podia, portanto, também nesse caso, por uma visão interior, conhecer as conversações que estavam se realizando no Vaticano a respeito da Festa da Misericórdia Divina. Porém, hoje se torna difícil relacionar esta frase do Diário com quaisquer implicações concretas no Vaticano sobre o tema da Instituição da Festa da Misericórdia Divina. Sabemos, no entanto, que em 1936 o Pe. Sopoćko enviou uma exposição sobre a Misericórdia Divina aos participantes do I Sínodo Plenário dos bispos poloneses, que se realizou em Częstochowa nos dias 26-27.08.1936. O Sínodo era presidido pelo Legado Pontifício Mons. Marmaggi. Provavelmente, este, no seu relatório sobre o Sínodo, terá comunicado à Santa Sé a questão da instituição da Festa da Misericórdia Divina, o que, então, poderá ter suscitado diversas disputas. E é lícito supor que por tal relatório se haja interessado o cardeal Eugênio Pacelli, então Secretário de Estado da Santa Sé. No entanto é difícil determinar em que consistiu o trabalho do cardeal Pacelli, que irmã Faustina menciona. Quanto à disposição favorável do cardeal Pacelli, futuro Papa Pio XII, em relação ao culto à Misericórdia Divina, atesta o fato de o Decreto de suspensão da autorização para tal devoção, emitido pelo Santo Ofício em 28 de novembro de 1958 — só ter sido promulgado após a sua morte.
432 Cerimônia da investidura ou da tomada de hábito, dos votos temporários e perpétuos, que ocorriam duas vezes ao ano: último dia de abril ou primeiro de maio, e no outono, a 30 de outubro.
433 A superiora geral era então a madre Michaela Moraczewska (cf. nota 16). Nesse tempo ela se encontrava em Cracóvia, para receber os votos das irmãs e para a visita à comunidade.
434 Só a Santa Sé pode dispensar dos votos perpétuos.
435 Tratava-se de ficar dispensada das obrigações para com a CNSM, para fundar uma nova congregação.
436 Frei Józef Andrasz S.J.
437 Irmã Faustina manifesta o seu realismo. Sublinha que, apesar de nas casas religiosas residirem pessoas que tendem para a perfeição espiritual, todavia elas ainda possuem a sua natureza humana, sempre sujeita a menores ou maiores fraquezas.
438 As palavras do Senhor dirigidas à Ir. Faustina atestam que, não obstante as profundas solicitações para fundar uma nova congregação, ela deve permanecer na CNSM. Concorda com isso até o diálogo da Ir. Faustina com o Senhor reportado em outra página do Diário (D. 1650), na qual esta se lamenta de não haver na sua congregação nem ao menos uma santa, e recebe a resposta do Senhor: “[...] tu és essa santa”. É um fato que a Ir. Faustina vai ficar na sua congregação até a morte, apenas tendo dado para a nova congregação o indicativo do seu espírito e da regra.
439 Trata-se da procissão de Corpus Christi aos quatro altares. Essa procissão saía da igreja paroquial em Borek Fałęcki e terminava no último altar, que se encontrava no terreno do jardim da CNSM. O Santíssimo Sacramento ficava então na capela das irmãs.
440 Na CNSM, a procissão na oitava de Corpus Christi realizava-se dentro do jardim.
441 A festa do Sagrado Coração de Jesus é comemorada na sexta-feira após a oitava de Corpus Christi.
442 Acrescentou-se o verbo “coloquem...”, porque a frase (no início deste fólio do manuscrito) encontra-se privada de começo. Talvez falte uma página no manuscrito, embora não se possa afirmar isso com certeza.
443 Cf. Diário 435-438; 572; 559; 563; 573; 1155-1158 e outros.
444 Cf. Borkiewicz Isidoro, OFM Conv., “Relações da Ir. Faustina com a Congregação do Misericordiosíssimo Redentor”, p. 25.
445 Madre Irena Krzyżanowska, era então, superiora em Cracóvia (cf. Diário, 64; nota 81).
446 O local destinado para as diversões das educandas do instituto, que se encontrava diante do prédio, era chamado de “quadrado”, em razão da sua forma.
447 Irmã Iolanda (Alexandra Woźniak), em polonês Jolanta, educadora do instituto da congregação em Vilnius. Nesse tempo, em julho de 1937, estava num curso de educadoras em Cracóvia. Nasceu em 1909 e ingressou na congregação em 1929. Trabalhava como educadora nos institutos da congregação e posteriormente era superiora em Radom, Częstochowa e Cracóvia. Faleceu em 14.06.1988.
448 “Classe em Vilnius” — significa o grupo de moças no instituto em Vilnius.
449 Os padroeiros da CNSM são: Nossa Senhora da Misericórdia (5 de agosto - cf. nota 173); São José (19 de março); São Miguel Arcanjo (29 de setembro); Santo Inácio de Loiola (13 de julho); Santa Maria Madalena (22 de julho); Santa Teresa de Jesus (15 de outubro); Santo Antônio de Pádua (13 de junho).
450 Trata-se da fundação da nova congregação.
451 No manuscrito há aqui uma palavra ilegível que pode ser “exorta”, “incita” ou“encoraja”.
452 A propósito da ingratidão da nação polonesa em relação a Deus e à Igreja, apareceram naquela época muitos artigos na imprensa católica.
453 Provavelmente era a Ir. Fabíola Pawluk (cf. Diário, 696; nota 331).
454 Em Rabka — localidade situada no sopé dos Cárpatos, onde a CNSM tem uma pequena casa de descanso denominada “Loretto”, destinada às irmãs e às educandas.
455 Talvez a Ir. Helena Maria Urbańska (1884-1940), que teve primeiro a tarefa de enfermeira e depois se tornou superiora dessa casa recém-aberta em Rabka (1932).
456 “Lembrai-vos” — Memorare — oração a São José outrora recitada diariamente na CNSM. Supõe-se que as outras três orações fossem um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória.
457 Trata-se, por certo, do Pe. Kazimierz Ratkiewicz, beneditino (1906-1965), que tinha relações de amizade com a casa e a congregação em Rabka (cf. A. Crac., Carta do Pe. Piotr Rostwozowski de 06.11.1972).
458 A novena apresentada no Diário da irmã Faustina foi publicada em 1937 com algumas modificações no opúsculo intitulado Cristo — Rei de Misericórdia, edição J. Cebulski, Cracóvia. Na capa desse livreto foi inserida uma estampa colorida representando Cristo Misericordioso, com os raios e com a inscrição: “Jesus, eu confio em Vós!”. O conteúdo do livreto consistia na Novena à Misericórdia Divina, na Ladainha e no Terço. A madre Irena Krzyżanowska, superiora da casa em Cracóvia, enviou esses livretos para as casas da congregação. As irmãs recitavam essa oração em particular, embora sem conhecerem a sua proveniência (cf. Diário, 1255 e 1379).
Caderno IV
459 Aqui irmã Faustina, diferentemente dos manuscritos anteriores, utilizou a palavra “Diário” em vez de “Caderno”.
460 A instituição da Festa da Misericórdia Divina e a fundação do novo instituto religioso.
461 Arcebispo Romuald Jałbrzykowski, Ordinário de Vilnius (cf. Diário, 585).
462 Era o ato da eleição de Nossa Senhora da Misericórdia para superiora geral da congregação (cf. Diário, 568; nota 279).
463 “Corrente” ou “cadeia” (cf. Diário, 183; nota 146).
464 Para a publicação de textos de conteúdo religioso deve exprimir a autorização (Imprimatur) a competente autoridade eclesial. O Pe. Miguel Sopoćko obteve essa autorização para publicar as orações mencionadas: Para a estampa com a Imagem da Divina Misericórdia e o Terço à Misericórdia Divina no verso, dado o Imprimatur em Vilnius no dia 01.09.1937; para o livrinho, um pequeno opúsculo intitulado Cristo — Rei da Misericórdia, que continha a Novena, o Terço e a Ladainha à Misericórdia Divina, autorização concedida pela cúria metropolitana de Cracóvia, L. 671/37. Tanto a estampa quanto o opúsculo foram impressos pela editora J. Cebulski de Cracóvia, rua Szewska, 22.
465 Este ato de oferecimento ou oblação é um ato privado que a Ir. Faustina cumpre por inspiração do Senhor. Na congregação não havia práticas do gênero.
466 A autora, provavelmente por engano, escreveu agosto em vez de setembro.
467 Alguma pessoa maldisposta em relação à irmã Faustina, em razão do que a superiora da casa, madre Irena Krzyżanowska, havia defendido a Ir. Faustina.
468 Irmã Faustina chama a portaria do convento de “deserto”, visto que na portaria passava a maior parte do dia distante de toda a comunidade.
469 Antes do começo da Segunda Guerra Mundial (em 1939), elementos hostis à Igreja provocavam desordens e, em diversas ocasiões, manifestavam o seu mau ânimo em confronto com os cléricos e religiosos.
470 Trata-se aqui do Pe. Prof. Sopoćko.
471 Irmã Faustina teve nove irmãos. Dois deles morreram na infância (Kazimiera e Bronisława). Os demais eram Józefa, Genowefa, Natalia, Stanisław, Mieczysłau, Maria (Lucyna) e Wanda. Da continuação do Diário ficamos sabendo que veio visitá-la o irmão Stanisław Kowalski [diminutivo: Stasio].
471a Skarga, Piotr − propriamente Powęski, Piotr, (1536-1612), teólogo e escritor católico, exímio pregador, jesuíta que teve participação ativa na Contrarreforma.
472 “Mensageiro do Coração de Jesus” (Posłaniec Serca Jezusowego) — mensário redigido pelos padres Jesuítas em Cracóvia desde 1872.
473 Provavelmente para tratar da publicação dos livretos com a Novena, o Terço e a Ladainha à Misericórdia Divina.
474 Provavelmente a irmã Faustina esteve com Cebulski, proprietário de uma grande loja de artigos religiosos.
475 Ladainha à Misericórdia Divina.
476 Terço à Misericórdia Divina.
477 Licença da autoridade eclesiástica para imprimir [Imprimatur — N. Rev.].
478 Uma cópia da imagem de E. Kazimirowski, que uma pintora de Vilnius — Lucia Balzukiewiez — realizou para os padres redentoristas. Essa cópia só foi encontrada posteriormente em Cracóvia.
479 Madre Irena Krzyżanowska — superiora da casa.
480 A Imagem que foi pintada por E. Kazimirowski (cf. nota 1).
481 Nestas palavras a Ir. Faustina expressa a nostalgia pelo céu, que chama “pátria minha”.
482 Isto é, no instituto de educação. As educandas do instituto eram correntemente chamadas “pequenas” [ou seja, “meninas”, literalmente: “crianças” — N. Rev.].
483 Com frei Andrasz.
Caderno V
484 Estes foram os últimos exercícios espirituais de oito dias (20-29.10.1937) nos quais a Ir. Faustina participou com a Comunidade. Foram pregados pelo jesuíta Pe. Nitka.
485 Salmo 129 (130) — “Das profundezas”.
486 Correia ou “bracelete”, cadeia estreita, farpada e de abotoar [semelhante ao cilício] — Instrumento de penitência (cf. nota 146 e 204).
487 Cinto de arame. Vide nota anterior e vide “cilício”, cf. nota 42.
488 De que dissabor se tratava, e por que motivo, não é possível estabelecê-lo ao certo. Pode-se, entretanto, presumir ser causado porque as irmãs fizessem reparo à superiora por esta poupar a Ir. Faustina em relação a trabalhos mais pesados.
489 As irmãs, em geral, anotavam por escrito o exame das vitórias e das quedas no seu trabalho espiritual. [Costume de acordo com a técnica inaciana e a prática dos exercícios espirituais. — N. Rev.].
490 No encerramento do retiro, a Ir. Faustina foi confessar-se com o frei Andrasz, S.J., na igreja dos Jesuítas. O confessor, como se pode deduzir do Diário, fortificou-a espiritualmente.
491 Cerimônias da tomada de hábito e dos votos religiosos.
492 Pe. Sopoćko — era a ele que cabia, como principal diretor espiritual da irmã Faustina, a incumbência de organizar a nova congregação, e de orientar a Ir. Faustina, logo que esta deixasse a CNSM.
493 Evidentemente irmã Faustina faz referência ao Evangelho (cf. Mt 5, 26; Lc 12, 59).
494 Trata-se da madre Irena Krzyżanowska, que durante a estada da Ir. Faustina em Cracóvia (de 12.05.1936 até a sua morte em 05.10.1938) foi sua superiora. As irmãs chamavam a superiora com o diminutivo “mãezinha”.
495 Na Polônia é usual fazer-se a conserva do repolho para ser consumida no inverno [N. Rev.].
496 O livreto contendo a Novena à Misericórdia Divina, o Terço e a Ladainha (cf. notas 458, 464).
497 Por certo a cruz de que fala a Ir. Faustina era a doença das irmãs e, também, da própria superiora. Grassava, então, na casa uma epidemia de gripe e, naquela ocasião, havia três irmãs que estavam gravemente doentes. Uma delas morre na semana seguinte à data dessa anotação no Diário.
498 Ir. Dominika (Józefa Szymańska), nascida em 28.11.1875, ingressou na congregação em 1897. Durante 30 anos trabalhou na casa de Cracóvia como sapateira. Especializando-se nesse seu mister, ensinou-o também às irmãs mais jovens. Faleceu no dia 15.11.1937.
499 Cf. nota 426.
500 O Pe. Miguel Sopoćko fazia esforçadas diligências junto às autoridades eclesiásticas para a divulgação do culto à Misericórdia Divina, a instituição da Festa da Misericórdia Divina e a fundação da nova congregação.
501 Pai da mentira — é o nome que Cristo dá ao demônio (cf. Jo 8, 44).
502 Era a irmã Damiana Ziółek (cf. Diário, 849; nota 371), que pretendia ter como confessor o bispo D. S. Rospond (cf. Diário, 21; nota 30).
503 Opłatek (cf. nota 144).
504 É uma citação do Martirológio Romano, que era lido no refeitório após a oração antes da refeição.
505 Opłatek (cf. nota 144).
506 Opłatek (cf. nota 144).
507 Madre Irena Krzyżanowska.
508 Frase interompida (cf. nota 101).
509 Ou seja, no sacramento da penitência.
510 Irmã Faustina provavelmente já sabia que o ano que se iniciava seria o derradeiro da sua vida.
511 No fim do ano, existia o uso na congregação de fazer uma celebração de ação de graças pelos dons recebidos, na qual as irmãs cantavam o Te Deum. Dessa celebração participavam todas as irmãs.
512 O capelão levava a sagrada Comunhão às irmãs doentes, porém as que conseguiam andar recebiam-Na na enfermaria.
513 Ir. enfermeira — isto é, Ir. Crisóstoma (Chryzostoma) (cf. Diário 842; nota 364).
514 Receita tradicional polonesa para infecção nas vias respiratórias. Leite com manteiga e também mel com alho.
515 Não é certo quem a Ir. Faustina podia ter em mente. Pode-se, entretanto, supor que fosse um de seus confessores: ou Pe. Sopoćko, ou Frei Andrasz.
516 Era o Pe. Marsänger S.J., que substituía provisoriamente o capelão, Pe. Czaputa.
517 Padre Teodor Czaputa.
518 Isto é, sobre a Festa da Misericórdia Divina. Podemos supor que os bispos poloneses, tendo recebido do Pe. Sopoćko o memorial sobre a Misericórdia Divina (cf. Diário, 1110; nota 431), haviam examinado tal questão nas sessões do episcopado.
519 Desconhece-se de quem se trata.
520 A visão da irmã Faustina a respeito da madre Irena Krzyżanowska cumpriu-se a ponto de, durante o processo informativo, ela ter atuado como testemunha e certamente foi perguntada sobre a irmã Faustina e seus escritos. Ao passo que a madre Maria Józefa Brzoza morreu no dia 09.11.1939, e não se sabe se antes da morte alguém lhe fez perguntas sobre a vida da irmã Faustina.
521 Cf. nota 189 [N. Rev.].
522 Provavelmente trata-se da Ir. Fabíola Pawluk (cf. Diário, 696; nota 331)
523 As palavras entre colchetes foram acrescentadas a fim de tornar compreensível o sentido da frase.
524 Padre Teodor Czaputa, capelão do convento de Cracóvia.
525 Do Pe. Miguel Sopoćko.
526 As constituições da congregação prescrevem o silêncio nos dormitórios comuns (cf. Const. Congr., arts. 199, 200).
527 Cf. 2Cor 3,6.
528 Irmã Faustina não indica a data, todavia pode supor-se que a visão tenha ocorrido entre 8 e 15 de janeiro de 1938.
529 Baseando-se em declarações da Ir. Faustina, em que afirma que o Senhor lhe ordena escrever para que muitas almas pudessem ser confortadas, podemos concluir que os diálogos entre o Senhor e as várias almas referidas aqui visam levar os homens a terem confiança na inesgotável misericórdia de Deus.
530 Neste ponto do manuscrito a irmã Faustina tinha inserido a expressão “a fim de que” (em polonês, aby). Ela provavelmente desejava iniciar um pensamento, que em seguida interrompeu [N. Rev.].
531 Cf. Diário, 374.
532 Irmã Faustina chama “sua” a capela do convento de Cracóvia, a que pertencia.
533 Subserviente: aquele que consente em servir ao outro de maneira humilhante; que se presta às vontades/aos caprichos de outrem servilmente (dicionário Houaiss).
534 Ainda que no manuscrito não se encontre, facilmente se pode compreender que falta a palavra “alma”(cf. Diário, 271: “[...] perguntou-me se eu estava consciente da vida mais elevada que existia na minha alma... Respondi que estava consciente disso e sabia o que estava acontecendo no meu íntimo”).
535 A assistente da superiora era, então, a Ir. Serafina (Salomea Kukulska), nascida em 1873 e falecida em 1964. Em 1954, ela escreveu um memorial sobre a vida da Ir. Faustina, tendo em vista o eventual processo de beatificação. Entre outras coisas, lá se encontra a seguinte confissão: “Todas as vezes que eu visitava a irmã Faustina no Sanatório, experimentava uma espécie de misteriosa felicidade interior, qualquer coisa que não conseguia compreender, embora não ousasse falar com ela desse assunto espiritual, porque estava maldisposta com ela em relação às outras irmãs. Agora compreendo quão injusto se pode ser ao julgar uma alma que Cristo tenha tão amorosamente unido a Si...” (cf. Summ., p. 452 - fim).
536 No tempo da Ir. Faustina, anterior ao Concílio Vaticano II, os membros das comunidades religiosas costumavam ser repartidos em coros (irmãos(ãs) diretores(as) e irmãos(ãs) coadjutores(as)), segundo as aptidões e funções de cada um. Irmã Faustina, pesando o fato de ser semialfabetizada, pertencia ao coro inferior. A observação aqui feita pela Ir. Faustina não é tanto reveladora que a divisão da comunidade em dois diferentes “coros” feria a sua sensibilidade religiosa, mas, sobretudo, que adquirira um estatuto pouco conforme com o Evangelho, mantendo-se há séculos nos institutos religiosos. Situação essa que o Concílio Vaticano II corrigiu, abolindo a divisão. Contudo, deve-se sublinhar que, na Polônia, já nos anos de 1953-1963, por ordem do primaz, cardeal Estêvão Wyszyński, na maioria das ordens religiosas e das congregações femininas, com base nos preceitos fundamentais da Santa Sé, estavam abolidos os dois coros (cf. Decr., n.° 2921/62/ P. de 15.06.1962).
537 Isto é, com a madre Irena Krzyżanowska (cf. nota 81).
538 A “obra de Deus”, ou seja, os pedidos de Jesus a respeito da Imagem, da Festa e da difusão em geral do culto à Misericórdia Divina (cf. Diário, 378).
539 Cf. Diário, 1434 [N. Rev.].
540 Supõe-se que se trate do Pe. Sopoćko.
541 Isto é, confessores, diretores espirituais, superiores.
542 Durante a doença, Ir. Faustina fazia bordados em toalhas para altares.
543 Pe. M. Sopoćko.
544 De acordo com o costume da congregação, rezava-se pelos agonizantes a oração: “Ó Clementíssimo Jesus...” e o salmo 129 (130) — De Profundis.
545 A superiora do convento, madre Irena Krzyżanowska (cf. nota 81).
546 Frei Józef Andrasz S.J.
547 Madre Irena Krzyżanowska.
548 A congregação não tinha ainda uma santa canonizada.
549 Trata-se das educandas, hóspedes das várias casas filiadas à congregação. Sabemos quanto a Irmã Faustina as amava e com elas se preocupava. Disso ela fala em vários pontos do Diário.
Irmã Serafina deixou a esse propósito uma preciosa informação: “[...]destinada a Derdy, trabalhava só na cozinha, tendo como ajudante uma moça, uma principiante com caráter muito difícil e que ninguém queria como colaboradora. E justamente essa educanda, ao trabalhar com a Irmã Faustina, transformou-se radicalmente. Tal era a silenciosa e divina influência que a Irmã Faustina tinha sobre as almas pecadoras” (cf. Summ., pp. 451-452).
550 Frei Józef Andrasz S.J., seu diretor espiritual em Cracóvia.
551 Pe. Miguel Sopoćko.
552 As superioras da irmã Faustina durante a sua vida foram: madre Małgorzata Gimbutt (cf. nota 29) — início do noviciado e terceira provação antes dos votos perpétuos; madre Rafaela Buczyńska (cf. nota 41) — em Cracóvia e Varsóvia; madre Róża Kłobukowska (cf. nota 65) — em Płock; madre Ksawera Olszamowska — em Kiekrz; madre Borgia Tichy (cf. nota 201) — em Vilnius; madre Serafina Kukulska (cf nota. 170) — em Walendów.
553 Madre Michaela Moraczewska.
554 Madre Maria Józefa Brzoza — mestra da Ir. Faustina no noviciado (cf. nota 32).
555 Frei Józef Andrasz S.J., seu diretor espiritual em Cracóvia.
Caderno VI
556 Dificuldades conexas com a propagação das novas formas de culto à Misericórdia Divina.
557 Trata-se do Trisagion (três vezes Santo: “Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal”), que entra em quase todos os ofícios e funções litúrgicas na Igreja do Oriente e que se recita na Igreja latina na Sexta-Feira Santa. É propriamente com esse hino que, segundo o ensinamento de Deus Pai à Ir. Faustina, se conclui o Terço da Misericórdia Divina (cf. Diário, 476; nota 246).
558 Irmã Faustina refere-se aqui às palavras de São Paulo (cf. 2Cor 12,1-7).
559 Conferir 1Cor 2,9.
560 Provavelmente se trata do Pe. M. Sopoćko.
561 Conferir Sl 68 (69), 21.
562 Provavelmente o Pe. Sopoćko.
563 O Pe. Teodor Czaputa era confessor do noviciado. Algumas irmãs professas também confessavam-se com ele. O diretor espiritual da Ir. Faustina era então o Frei Józef Andrasz. Ela assinala claramente essa distinção.
564 Madre Irena Krzyżanowska.
565 Irmã Tarcyzja (Kazimiera Piotrowicz), nasceu em 1891. Ingressou na congregação em 1912. Por algum tempo desempenhou as funções de enfermeira na casa de Cracóvia. Faleceu no dia 02.12.1978.
566 Provavelmente, trata-se aqui da Ir. Amélia Socha, muito amiga da Ir. Faustina. Irmã Amélia (Stanisława Socha), nascida em 1911, em quem, cedo, os médicos diagnosticaram tuberculose óssea numa das mãos, afligia-se de poder ser um peso para a comunidade e roga à Ir. Faustina que lhe obtenha uma morte breve. A Ir. Faustina disse-lhe que um ano depois da sua própria morte ela também iria morrer. O que aconteceu, dado que veio a falecer em 04.10.1939.
567 Na casa grassava a gripe. Estavam doentes muitas professas e noviças.
568 Frei Józef Andrasz (cf. nota 66).
569 O pensamento se interrompe após as palavras: “quando voltei [...]”. O Diário da Ir. Faustina apresenta várias vezes frases iniciadas e depois deixadas em suspenso, devendo-se isso à obediência, a algum imprevisto chamamento, ou por causa de alguma interrupção enquanto escrevia. Posteriormente a autora não retomou o pensamento iniciado. No sexto Caderno, em especial, encontram-se algumas páginas em branco que, provavelmente, a Ir. Faustina tinha a intenção de preencher em outra ocasião, o que não fez, fosse por falta de tempo ou de inspiração.
570 Irmã Faustina deixou no manuscrito meia página em branco. Provavelmente tinha a intenção de continuar o seu poema (cf. nota anterior).
571 As dores da Ir. Faustina aumentavam de noite, por isso ela pedia ajuda às irmãs. Isso não agradava à superiora, que, por isso, a acusa de menor amor para com o próximo.
572 Provavelmente o doutor Silberg, diretor do Hospital de Prądnik, que conhecia o estado de saúde da Ir. Faustina.
573 Hospital de doenças infeto-contagiosas em Prądnik.
574 Durante a estada da irmã Faustina em Cracóvia, o seu diretor espiritual era o frei Andrasz.
575 Era costume na congregação que primeiro se confessassem as noviças, e só depois delas as irmãs professas.
576 A mestra do noviciado era a Ir. Calista Piekarczyk (cf. Diário, 1077; nota 422).
577 Aqui, no manuscrito está inserida a palavra “falta”. Provavelmente a Ir. Faustina tencionava formular a mesma sentença de outra forma.
578 Cf. nota 230.
579 Provavelmente foi na sexta-feira, dia 25.03.1938. Nas sextas-feiras a irmã Faustina frequentemente sentia dores nos lugares das Chagas de Nosso Senhor (cf. Diário, 759, 942, 1010, 1055, 1196, 1247, 1468 e 1627).
580 Tratava-se de madre Calista Piekarczyk (cf. Diário, 1077; nota 422 )
581 Na congregação não existe o costume de as irmãs guardarem nas suas celas alguma coisa para comer ou beber.
582 Trata-se da publicação mensal do “Mensageiro do Coração de Jesus” (Posłaniec Serca Jezusowego).
582a Santo André Bobola (1591-1657) − canonizado por Pio XI no dia 17 de abril de 1938.
583 A capela do convento em Cracóvia está ligada com a casa de tal maneira que pelo corredor do primeiro andar se entra diretamente no coro da capela. Encontrando-se o coro no mesmo plano da enfermaria, era facilmente acessível a uma irmã doente. Irmã Faustina participou da santa Missa propriamente ali, porque não tinha forças suficientes para descer as escadarias e tomar parte na procissão com os ra84s.
584 Frei A. Żukowicz S.J. (1886-1962), redator da revista mensal “Mensageiro do Coração de Jesus”. Nos anos 1933-1957, foi secretário do superior provincial dos Jesuítas. Era amigo da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia (A. ZMBM - C).
585 14.04.1938.
586 Era a irmã Kaetana Bartkowiak.
587 No noviciado estavam com irmã Faustina: Noviças mais velhas: Ir. Alicja Dąbrowska, Ir. Cherubina Kowieska, Ir. Ernesta Szczyrba, Ir. Iwona Goebel, Ir. Joachima Głuc, Ir. Kinga Knopik, Ir. Krescencja Bogdanik, Ir. Laurenta Kosińska, Ir. Longina Suchowska, Ir. Lucyna Tomaszewska, Ir. Natalia Fiszer, Ir. Placyda Putyra, Ir. Renata Jodłowska, Ir. Szymona Nalewajk, Ir. Walentyna Leszczyńska. Noviças mais jovens: Ir. Anuncjata Peraj, Ir. Bernarda Wilczek, Ir. Celina Bronikowska, Ir. Felicja Żakowiecka, Ir. Justyna Gołofit, Ir. Klementyna Głuc, Ir. Ludwina Gadzina, Ir. Martyna Górecka, Ir. Regina Jaworska, Ir. Seweryna Marciniak, Ir. Terezyta Kaczmarek, Ir. Zenobia Saja. Juntamente à Ir. Faustina tomaram hábito: Ir. Bernadetta Federowicz, Ir. Bonawentura Edelmann-Głowacka — falecida em 17.12.1936, Ir. Florentyna Pająk — falecida em 02.01.1950, Ir. Henryka Skulimowska. Correspondiam-se com a irmã Faustina: Ir. Justyna Gołofit, Ir. Ludwina Gadzina, Ir. Regina Jaworska, e possivelmente mais outras, das quais não se sabe neste momento.
588 Para o hospital de doenças infectocontagiosas em Prądnik, onde a Ir. Faustina já esteve em tratamento uma primeira vez.
589 Ir. Felicja (Joana Żakowiecka) (1900-1975) — ecônoma da casa em Cracóvia. Figurou no processo informativo sobre a vida e as virtudes da Ir. Faustina.
590 Irmãs da congregação das Servas do Sagrado Coração de Jesus, que prestavam serviços no hospital em Prądnik (cf. Diário, 802; nota 356).
591 Irmã Dawida Cedro, Ir. Alana Wilusz, Ir. Medarda Podrazik.
592 Irmã Dawida Cedro — enfermeira da seção.
593 É o dia 24.04.1938, Dominica in Albis, oitava da Páscoa, exatamente o dia em que Jesus pretendia que fosse celebrada a Festa da Misericórdia Divina.
594 Dr. Adam Silberg, diretor do hospital em Prądnik (cf. nota 328).
595 Dominica in Albis (cf. nota 226 e 593).
596 A expressão “certa pessoa” pode fazer pensar que as iniciais “S. M.” se refere ao Pe. Sopoćko, Miguel.
597 Era a prática predileta da irmã Faustina ainda antes do seu ingresso na congregação.
598 Essas palavras confirmaram-se em parte durante a Segunda Guerra Mundial, nos anos de 1939-1945.
599 Cf. Diário, 1628; nota 569.
600 26.05.1938 — Solenidade da Ascensão do Senhor.
601 Provavelmente Ir. Faustina tem em mente a epidemia de gripe que começou em fevereiro daquele ano e durou, com vários surtos, por alguns meses. Em alguns dias havia até 22 irmãs doentes.
602 Irmãs ajudantes (do segundo coro). Cf. Diário, 183; notas 145 e 536; e, ainda, Const. Congr. 1936, cap. II, art. 8-10.
603 Provavelmente uma menina que havia morrido no hospital.
604 Provavelmente a Ir. Faustina desejava juntar algo mais às precedentes meditações, mas era movida pelo desejo de descrever os três dias de retiro sob a orientação do próprio Jesus. Nesse retiro são particularmente notórios os passos do Evangelho propostos à Ir. Faustina pelo Salvador e as três “Instruções”, ou “Comentários” a esses mesmos trechos evangélicos.
605 Provavelmente o frei Andrasz.
606 Madre Irena Krzyżanowska (cf. nota 81).
607 Irmã Dawida Cedro — enfermeira no hospital em Prądnik.
608 Cf. Diário, 1497 e 1499 [N. R60].
609 Cf. Diário 7, 82 e 1404.
610 Em 1938, a solenidade de Pentecostes, “Festas Verdes” (cf. nota 278) ocorreu no dia 5 de junho.
611 É difícil estabelecer de que dia se tratava. Daqui até ao final do Diário a irmã Faustina já não fornece datas exatas, mas escreve apenas “hoje”.
612 Pode supor-se que a Ir. Faustina se refira ao Pe. Miguel Sopoćko (cf. nota 47).
613 Provavelmente a Ir. Faustina teve a visão do Coração de Jesus no dia 24 de junho de 1938, isto é, na primeira sexta feira depois da oitava de Corpus Christi.
614 Ao texto do Diário foi acrescentado outro manuscrito pequenino, porém precioso e substancial, elaborado pela Ir. Faustina, que se encontra na sequência dos seus 6 cadernos e que tem por título “Minha preparação para a santa Comunhão”. É constituído por um caderninho de doze páginas quadriculadas com a dimensão de 7,5 x 11 cm. Irmã Faustina começou a escrever estas suas reflexões sobre a sagrada Comunhão no dia 10 de janeiro de 1938.
615 Cf. Apoc 4, 8 [N. Rev.].
616 “Vossa” — aqui a Ir. Faustina faz uma mudança em seu discurso, dirigindo-se para o próprio Cristo [N.Rev.].