Hoje meditamos o 12º dia do retiro 15 dias de oração com Santa Faustina, que fala sobre levar cada pessoa humana às fontes da Misericórdia Divina, para saciar a sede de vida, é também curá-las.

Nossas meditações são apoiadas nos escritos do Diário de Faustina Kowalska.

Que Deus abençoe você que está rezando conosco e buscando um aprofundamento na espiritualidade da misericórdia.

Trecho do Diário

“No meio do terrível deserto da vida, ó meu dulcíssimo Jesus, as almas defendei da perdição, porque Vós sois a fonte da misericórdia.
O resplendor dos Vossos raios, ó doce Guia das nossas almas, com a misericórdia transforme o mundo, e tu [alma], tendo recebido essa graça, sirva a Jesus.
Devo percorrer um longo caminho pedregoso, mas de nada tenho medo, porque jorra para mim a fonte pura da misericórdia. E com ela flui a força para o humilde.
Estou cansada e esgotada, mas a consciência dá testemunho de que faço tudo para a maior glória do Senhor; o Senhor é meu descanso e a minha herança.”

(Diário, 1000)

 

O que aprendemos com Santa Faustina

A fonte da misericórdia jorra… Com ela corre a força para o humilde… Como de um rio mana a misericórdia..

Para Santa Faustina, o mundo inteiro é irrigado pela misericórdia. Por ela ocorre a criação, por ela se realiza a redenção, a santificação.

Os raios da misericórdia iluminam o mundo.

Quando o deserto da vida estimular a nossa sede, é preciso subir a torrente, subir até a fonte desses raios, raios do Verbo que iluminam as culturas e as religiões.

O “método pastoral” da Irmã Faustina era acompanhar cada pessoa humana a fim de leva-la às fontes dessa misericórdia que a vivifica e da qual ela tem sempre mais sede.

Na Minha Festa — na Festa da Misericórdia — percorrerás o mundo inteiro e trarás as almas que desfalecem para a fonte da Minha misericórdia. Eu as curarei e fortalecerei.” (Diário, 206)

Levar às fontes da misericórdia não é apenas saciar a sede, é também curar. Caminhar para as fontes da misericórdia e, portanto, também redescobrir o perdão. Um perdão para o outro, que recebo de Deus como dom para mim mesmo, misericórdia que acolho, misericórdia para comigo mesmo.

Enquanto é tempo, recorram à fonte da Minha misericórdia, tirem proveito do Sangue e da Água que jorraram para eles.” (Diário, 848)

Faustina sente a urgência de recorrer à misericórdia, uma urgência de propô-la. É para o bem do planeta, da paz.

Para a Irmã não há dúvida: as fontes dessa misericórdia nascem nas próprias entranhas de Jesus, no coração de Cristo. É o sangue e a água do Ressuscitado. A imagem do Cristo misericordioso indica simbolicamente essas fontes, ela as vê sob a forma de raios luminosos, símbolo da vida, do amor, e da imersão batismal.

E assim Santa Faustina compõe uma oração para nove dias, para que ninguém no mundo seja esquecido nessa caminhada universal para as fontes da misericórdia.

É a Novena à Divina Misericórdia, em que a Irmã pede pela humanidade inteira, pelos padres e religiosos, pelos comprometidos com a misericórdia, pelos não cristãos, pela Igreja, pelos pequenos e humildes, pelos vivos e pelos mortos. Todos estão envolvidos por esse acompanhamento rumo ao mistério de misericórdia.

Dirigir-se às fontes da misericórdia é para Faustina uma caminhada de envergadura, com todos, para a plenitude. Este é o desejo de Deus: dar-se incondicionalmente a todos.

Nós que estamos a caminho, por que não orar com Faustina, também ela a caminho para que esta “pastoral da misericórdia” constitua nosso compromisso, antes de tudo na vida da Igreja, como é necessário e oportuno, mas também na vida social e política de nossos países.

 

Minha oração:

“Ó dia lindíssimo, momento incomparável em que verei, pela primeira vez, a meu Deus.
Ó dia soleníssimo, ó dia luminoso, em que a alma conhecerá a Deus em Seu poder e mergulhará toda em Seu amor, e conhecerá que já passaram as penúrias do exílio.
Ó dia feliz, ó dia abençoado em  que o meu coração se inflamará de um   calor eterno, porque já agora Te pressinto, embora através de véus, Tu és para mim, ó Jesus, enlevo e encanto na vida e na morte.
Ó dia, pelo qual por toda a vida espero. Eu Te espero tanto, ó Senhor, porque unicamente a Ti desejo, Tu és tudo no meu coração.
Ó dia de delícias, de eternas suavidades. Deus de grande majestade, em Teu doce Coração reclino o meu rosto.”

(cf. Diário, 1230)

 

Fonte: Patrice Chocholski, Editora Paulinas.