O Diário de Santa Faustina completou no mês de junho (2018), 36 anos de publicação ininterrupta no Brasil, publicado com exclusividade pela Editora Apostolado da Divina Misericórdia.
A obra, publicada originalmente em polonês, tornou-se com o passar dos anos um best-seller entre os livros católicos. A jornalista e historiadora Ewa Czaczkowska que escreveu a biografia sobre a vida de Santa Faustina destaca que nem mesmo as Irmãs de Nossa Senhora Mãe de Misericórdia, congregação a que pertenceu Irmã Faustina, sabem dizer para quantos idiomas o Diário foi traduzido. “Mas, uma coisa é certa: trata-se do livro mais frequentemente traduzido da língua polonesa”, ressalta.
O Diário da Irmã Faustina foi escrito durante os seus últimos quatro anos de vida, por ondem expressa do Nosso Senhor.
O próprio Jesus explicou: “A tua tarefa é escrever o que te dou a conhecer sobre a Minha misericórdia para o proveito das almas que lendo esses escritos, experimentarão consolo na alma e terão coragem de se aproximar de mim” (Diário, 1693).
Em forma de um memorial, a autora vai anotando, sequencialmente e retrospectivamente, os seus diálogos e contatos da sua alma com Jesus Misericordioso.
Obediente, Irmã Faustina anotou em cadernos tudo o que acontecia em sua alma, suas orações, seus diálogos com Jesus e os pedidos que Ele lhe fez sobre a devoção à Divina Misericórdia. Depois do seu falecimento (1938) esses cadernos foram reunidos sob o título que a própria Santa deu a eles: A Misericórdia Divina na minha alma. Em 1981 foi publicada a primeira edição dessa obra conhecida hoje em todo o mundo como “O Diário de Santa Faustina”, contendo os seus seis cadernos manuscritos e outro que ela nomeou “A Minha preparação para a santa Comunhão”.
Em 1982 essa obra foi publicada pela primeira vez no Brasil, graças aos esforços dos Padres Marianos da Imaculada Conceição que, tendo o conhecimento do Diário e a compreensão da importância do seu conteúdo, decidiram traduzir o Diário de Santa Faustina para a língua portuguesa e desde então fazem dele um instrumento imprescindível para a divulgação da Devoção a Divina Misericórdia em todo o país.
Sobre Santa Faustina Kowalska
Santa Faustina nasceu no povoado de Glogowiec, na Polônia, no dia 25 de agosto de 1905.
Foi acolhida no dia 01 de agosto de 1925 na clausura do convento da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, em Varsóvia.
Dentro da Congregação, Helena recebeu o nome de Irmã Maria Faustina, em 1926.
O Senhor a escolheu para uma missão especial. Depois de atravessar pela “noite escura” das provações físicas, morais e espirituais, a partir de 22 de fevereiro de 1931, na cidade de Łódz, o próprio Senhor Jesus Cristo se manifestou à Irmã Faustina de um modo particular. Ela descreveu esta visão:
“Da túnica entreaberta sobre o peito saíam dois grandes raios, um vermelho e outro pálido. (…) Logo depois, Jesus me disse: Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós” (D. 47).
Segundo um dos mais famosos estudiosos da devoção à Misericórdia Divina, Pe. Ignacy Rózycki, no Diário – e numa das Cartas de Santa Faustina – encontramos, dentre outros, 83 revelações particulares especiais sobre o mistério e o culto da Divina Misericórdia. Ao longo do Diário que Santa Faustina escreveu, descobrimos que Jesus a escolheu como secretária, apóstola, testemunha e dispensadora da divina misericórdia (cf. Diário 965; 1142; 400; 570).
Breve vida
Nos últimos anos de sua breve vida aumentaram os seus tormentos interiores e os padecimentos do organismo. Desenvolveu-se uma tuberculose que lhe atacou os pulmões e os intestinos.
Plenamente unida a Deus, erguendo os olhos para o céu, Irmã Faustina faleceu com fama de santidade às 22h45min do dia 5 de outubro de 1938, com apenas 33 anos de vida.
Em 1965, devido à sua vivência heroica das virtudes no cumprimento da vontade de Deus, iniciou-se o Processo informativo da causa da beatificação da Serva de Deus Irmã Faustina Kowalska.
O então Cardeal Karol Wojtyla o encerra com uma sessão solene no dia 20 de setembro de 1967. Anos depois (1978) Karol Wojtyla se tornaria o Papa João Paulo II, e por suas mãos Irmã Faustina seria beatificada (1993).
Em 30 de abril de 2000, em Roma, no segundo domingo da Páscoa, o Papa João Paulo II elevou aos altares a bem-aventurada Irmã Faustina Kowalska e instituiu a Festa da Divina Misericórdia para toda a Igreja. Na celebração de canonização da nova santa, ele afirmou que “A luz da misericórdia divina, que o Senhor quis como que entregar de novo ao mundo através do carisma da Irmã Faustina, iluminará o caminho dos homens do terceiro milênio”. Na ocasião o Papa confessou sua grande alegria ao propor para a Igreja inteira, “como dom de Deus para o nosso tempo, a vida e o testemunho da Santa Faustina Kowalska”.
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