Foi no mês de setembro de 1917 que Santa Faustina Kowalska começou a frequentar a escola que havia sido aberta recentemente no vilarejo de Świnice Warckie, na cidade onde morava na Polônia. A escola ficava perto da igreja onde ela havia sido batizada com o nome de Helena.
No entanto, mesmo antes de entrar para a escola, aos 13 anos, a menina Helena já sabia ler. Quem lhe ensinou foi seu pai Estanislau Kowalski.
Devido a isso, enquanto ajudava nas tarefas doméstica, como apascentar as vacas no pasto atrás da sua casa, ela costumava ler as revistas e livros da pequena biblioteca que seu pai mantinha em casa. Helena gostava de ler principalmente sobre a vida dos santos.
A curta vida escolar de Santa Faustina
Helena pôde frequentar a escola por apenas 3 anos incompletos. Isso porque a direção da escola decidiu que os alunos de sua idade, cerca de 15 ou 16 anos, deveriam dar lugar para as crianças menores.
Uma de suas irmãs, que se chamava Natália, conta que Helena havia aprendido muito no curto período em que estudou. Ela narra:
“Embora tivesse estudado por pouco tempo […], ela sabia muito e queria ensinar aos outros. Era capaz de contar a nós e às crianças do povoado diversas coisas, geralmente biografias de santos, e ensinar a rezar” (Ewa Czaczkowska. Biografia de uma Santa. Editora Divina Misericórdia).
No entanto, Helena carregou consigo boas e más recordações do tempo de escola. Uma das suas boas lembranças certamente tem a ver com um prêmio que ela recebeu por ter declamado uma poesia na visita do inspetor à escola.
Já as más recordações estão ligadas às muitas humilhações que passou. Certa vez, duas colegas de turma não queriam se sentar com Helena, pois ela vestia-se com roupas muito velhas e puídas.
Ao ver Helena chorando, para consolar a pobre menina o professor lhe teria dito: “Não faz mal que você está mal vestida, mas em compensação você aprende melhor”.
Este mesmo professor elogiava muito Helena para sua mãe Marianna Kowalska, pelo bom comportamento e dedicação aos estudos.
A sabedoria de Santa Faustina
Apesar do pouco estudo, Santa Faustina deixou-nos um importante legado: o seu Diário espiritual, além de inúmeras cartas dirigidas a diversas pessoas, principalmente ao seu diretor espiritual, o bem-aventurado padre Miguel Sopoćko. Essas cartas foram também reunidas publicadas em um livro que tem como título Cartas de Santa Faustina.
Nos escritos originais do seu Diário percebe-se não haver borrões e uma caligrafia caprichada. E apesar de escrever com uma linguagem simples, o conteúdo do Diário de Santa Faustina é extremamente profundo. Isso demonstra a sua sabedoria, cuja fonte foi a própria Misericórdia Divina.
Seus escritos são considerados pela Igreja especialmente importantes para o terceiro milênio.
Faustina recebeu de Jesus o título de Secretária da Misericórdia (cf. Diário 1605 e 965, 1106, 1275, 1693, 1784). Através da sua vida e dos escritos, muitas pessoas, em todo o mundo, receberam a graça de confiar no amor misericordioso de Deus, buscar Seu perdão e cura, além de dar testemunho de Sua misericórdia em suas vidas.