“Jesus queixou-se diante de mim com estas palavras: A falta de confiança das almas dilacera-Me as entranhas. Dói-Me ainda mais a desconfiança da alma escolhida. Apesar do Meu amor inesgotável — não acreditam em Mim, mesmo a Minha morte não lhes é suficiente. Ai da alma que abusar desse amor!” 

(Diário de Santa Faustina, 50)

 

Ao longo do Diário de Santa Faustina, Jesus nos implora que confiemos nele. Mas o que exatamente é a confiança e por que isso é tão importante para Jesus? 

Uma busca na internet revela a definição da palavra “confiança” como “firme crença na confiabilidade, verdade, capacidade ou força de alguém ou algo”. Uma relação de confiança começa com certo conhecimento que pode atestar as boas intenções de outra pessoa. 

Na passagem acima, Jesus menciona algo que deveria confirmar para sempre a nossa confiança nas Suas boas intenções: Ele morreu por nós. Não há melhor maneira de demonstrar o amor por alguém do que morrer por ele. 

A morte de Cristo para nós significa que Ele realmente é tudo o que diz que é – todo amor, todo misericordioso, todo perdoador, e esta lista continua. Significa que, enquanto confiarmos Nele, Ele proverá o que precisamos quando precisamos. Por outro lado, quando não confiamos Nele, dizemos que não acreditamos plenamente Nele. Como resultado, limitamos o Seu poder para derramar Sua graça sobre nós. 

Lembre-se, quando se trata de confiar, Jesus procura corrigir nossas dúvidas. É por isso que Ele diz a Santa Faustina mais tarde no Diário para “Luta pela salvação das almas, exortando-as à confiança na Minha misericórdia, porque esta é a tua tarefa nesta vida e na futura” (1452). Nesta época de dúvida, Ele nos mostra Santa Faustina, convidando-nos a nos dirigir a ela em oração e pedir a ela que nos ajude a confiar mais. 

Confiança cognitiva e confiança afetiva 

Confiança 2

Fonte: iStock

 

Na área da psicologia existem dois tipos de confiança: confiança cognitiva e confiança afetiva. Com a primeira, baseamos a nossa confiança cognitiva no que sabemos intelectualmente. E na segunda, baseamos nossa confiança afetiva nas boas emoções que sentimos em relação a alguém. 

Quando Jesus reclama que Seu povo não confia n’Ele, provavelmente está se referindo à confiança cognitiva. Às vezes, nos sentimos impacientes ou zangados com Jesus porque não conseguimos o que queremos. Nesse caso, podemos não sentir vontade de confiar nele. A boa notícia é que não importa como nos sintamos em relação a Jesus, porque podemos sempre confiar no que sabemos sobre Ele – que Ele está do nosso lado e deseja o melhor para nós.  

Jesus nos diz: 

Às vezes, especialmente quando você sofre, você pode sentir que não tem razão para confiar em Mim. Durante esses tempos, confie no que você sabe e acredita ser verdade – que eu te amo até a morte e que estou sempre lutando em seu favor. 

Minha oração: 

Jesus, você sabe quão fraco e frágil eu sou. Apesar da minha fraqueza, ajude-me a confiar em você. Ajude-me a nunca esquecer o que você fez por mim, o que faz por mim e como você me ama. 

(Fonte: Divine Mercy)