Seguir o caminho para a Misericórdia Divina é um grande presente que Deus nos oferece. Por esta estrada, chegamos até o Pai, que está sempre de prontidão para acolher os filhos pródigos que retornam à sua casa. O amor do Senhor não tem fim e nenhum pecado prevalece sobre essa força. Deus é misericórdia!

E a misericórdia está na vida santa, nas boas ações, ao estender as mãos para ajudar o próximo sem querer nada em troca, na conversão e na penitência. A misericórdia está em Nosso Senhor.

Em um dos ensinamentos do Papa João Paulo II, descritos na Encíclica Dives in Misericordia (Deus, rico em Misericórdia), o santo padre relembra que Jesus ensinou que o homem não só recebe e experimenta a misericórdia de Deus, mas é também chamado a ter misericórdia para com os demais. “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5,7).

Conversão e penitência como caminho para a Misericórdia

A conversão a Deus consiste sempre na descoberta de sua misericórdia, ou seja, do amor que é “paciente e benigno” (cf. 1 Cor 13, 4). O homem alcança o amor misericordioso de Deus na medida em que ele próprio se transforma interiormente.

Faça isso participando da comunidade de sua paróquia, indo à Missa. Já dizia João Paulo II na Dives in Misericordia: a Igreja proclama a verdade da misericórdia de Deus. Logo, alcance a misericórdia praticando obras para o bem das pessoas sem querer algo em troca. 

Ainda na Encíclica, João Paulo II salienta que a conversão é a mais concreta expressão da obra do amor e da presença da misericórdia no mundo humano. “A misericórdia manifesta-se com a sua fisionomia característica quando reavalia, promove e sabe tirar o bem de todas as formas de mal existentes no mundo e no homem.”

Além disso, a penitência, a reconciliação ou a confissão também são formas de seguir o caminho para a Misericórdia Divina, pois abrem uma via ao homem, mesmo que sobrecarregado de grave culpa. 

Fazer o bem nos enche de misericórdia

Sentimos algo bom e que nos enche de alegria quando visitamos doentes e necessitados, não é mesmo? Isso acontece porque o caminho para a Misericórdia de Deus está em oferecer algo a quem sofre sem querer nada em contrapartida. E nesse gesto provamos de uma forte experiência com o amor.

João Paulo II descreve esse sentimento na Dives in Misericordia: “Cristo, enquanto é o cumprimento das profecias messiânicas, ao tornar-se encarnação do amor que se manifesta com particular intensidade em relação aos que sofrem, aos infelizes e aos pecadores, torna presente e, desse modo, revela mais plenamente o Pai, que é Deus, rico em misericórdia”.

Dedique um dia, algumas horas, ou mesmo alguns instantes para ajudar alguém – um idoso esquecido num asilo, por exemplo – e prove o gosto da gratidão, de quem oferta a vida sem esperar nada em troca. 

Ainda, o Papa Francisco ressalta: “Se queres encontrar Deus, procura-o na humildade, procura-o na pobreza, procura-o onde Ele está escondido: nos necessitados, nos mais necessitados, nos doentes, nos esfomeados, nos presos”.

Portanto, procure seguir o caminho para a Misericórdia de Deus levando o amor ao próximo. 

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