Este é o primeiro artigo de uma nova série sobre a Ladainha de Loreto. Vou explicar cada linha dessa oração popular, fornecendo-lhe insights espirituais e teológicos.
Uma ladainha consiste em uma longa lista de orações nas quais reconhecemos a dignidade da pessoa invocando seus principais títulos.
Se alguém me disser: “Padre Donald!” Eu vou querer me voltar para essa pessoa.
A Ladainha de Loreto, a mais popular ladainha dedicada a Santíssima Virgem, inclui mais de 50 títulos de Nossa Senhora. Seu nome deriva do Santuário Mariano em Loreto, na Itália, onde os peregrinos oravam originalmente antes do Papa Sisto V aprovar oficialmente o texto em 1587.
Uma vez que esta oração popular remonta ao século 16, você está rezando a mesma oração recitada por muitos santos e papas.
Nesta ladainha, estamos essencialmente dizendo a Nossa Senhora: “És digna de nossa devoção por causa de quem você é. À luz disso, estamos agora pedindo por sua intercessão”.
Contemplar esses títulos nos ajuda a entender a Mãe Santíssima e seu papel em nossa salvação. Então a Ladainha de Loreto cobre a doutrina de Nossa Senhora, mas de uma maneira devocional.
Como em toda oração, começamos invocando a Santíssima Trindade:
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Pai celeste que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho, Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Começamos orando à Santíssima Trindade e invocando a misericórdia do Senhor, porque tudo o que estamos prestes a rezar no corpo desta oração nos leva a Deus. Maria não é o fim de nossas orações. Ela é nossa mãe espiritual, e nós a amamos e pedimos a ela que interceda por nós, mas ela quer nos levar à Santíssima Trindade. Maria Santíssima é o melhor caminho para se chegar a Deus.
Então temos a primeira de muitas invocações e súplicas de Maria:
Santa Maria, rogai por nós.
Primeiro, reconhecemos quem ela é: uma pessoa extremamente santa, cheia de graça, muito próxima de Deus, que cooperou com Deus. Porque ela é tão santa, ela pode interceder por nós a Deus de uma forma poderosa, e é por isso que pedimos suas orações após cada invocação. Ela é uma mediadora que irradia luz, exala graças – ela está disponível para nós como caminho para Deus. Precisamos reconhecer sua santidade primeiro, porque tudo o mais na ladainha flui dela. Se ela não fosse santa, então o que mais ela seria? Essa mulher conhece Deus, permanece perto de Deus e pode nos ajudar a nos aproximarmos de Deus também.
Continua…
Pe. Donald Calloway, MIC.