Durante a ocupação romana do território do povo hebreu, que iniciou em 63 a.C. com a conquista de Pompeu, Mateus coletava impostos do povo hebreu para Herodes Antipas, o tetrarca da Galileia. Sua coletoria estava localizada na cidade de Cafarnaum, que ficava na margem norte do Mar da Galileia. Os cobradores de impostos, por colaborarem com os romanos, muitas vezes enriqueciam nesta função sendo desta forma desprezados e considerados párias. Foi neste contexto histórico que Jesus convidou Mateus para ser um dos Doze Apóstolos. Após o chamado, Mateus ofereceu para Jesus um banquete em sua casa. Jesus foi criticado por escribas e fariseus por cear com coletores de impostos e pecadores. A provocação fez Jesus responder, “Não vim chamar os justos, mas os pecadores ao arrependimento” (Lc 5,29).
No entanto, mesmo como um coletor de impostos, Mateus deve ter sido alfabetizado em aramaico (provavelmente não o foi nem em grego e nem em latim). Dentre os primeiros seguidores e apóstolos de Jesus, Mateus é mencionado como um dos doze apóstolos, embora sem a menção de sua profissão anterior, em Mc 3,18, Lc 6,15 e At 1,13. Em geral, é identificado como Levi, filho de Alfeu, também coletor de impostos, que é citado em Mc 2,14 e Lc 5,27.
O ministério de Mateus no Novo Testamento é bastante complexo de atestar. Quando seu nome é mencionado geralmente vem associado a Tomé. Como discípulo, seguiu Jesus e foi uma das testemunhas da Ressurreição e da Ascensão. Depois da Ascensão, Mateus, Maria, Tiago e outros seguidores próximos a Jesus se recolheram ao cenáculo, em Jerusalém.
Mateus pregou por quinze anos o Evangelho em hebraico para a comunidade judaica da Judeia. Mais tarde, saiu da Judeia para outras províncias romanas (presumivelmente seguindo o que disse Jesus em Mt 28,16-20) e foi evangelizar entre os etíopes, macedônios, persas e partos.
Tanto a Igreja Católica, quanto a Ortodoxa sustentam a crença tradicional de que ele tenha morrido mártir na Etiópia.
Fonte: Aleteia.org