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A cada 8 de dezembro, a Igreja celebra a Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria, o dogma de fé segundo o qual a Mãe do Jesus foi preservada do pecado do momento de sua concepção, ou seja, desde o instante em que começou sua vida humana.

No dia 8 de dezembro de 1854, o Papa Pio IX, depois de receber inúmeros pedidos de bispos e fiéis de todo o mundo, ante mais de 200 cardeais, bispos, embaixadores e milhares de fiéis católicos, declarou com sua bula “Ineffabilis Deus”:

“A doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio do Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha da culpa original, é revelada por Deus e por isso deve ser crida firme e constantemente por todos os fiéis”.

Em Roma se enviou uma grande quantidade de pombas mensageiras em todas as direções levando a grande notícia. E nos 400 mil templos católicos do mundo celebraram-se grandes festas em honra da Imaculada Conceição da Virgem Maria.

Antes mesmo da publicação desta bula, em 1830, a Virgem Maria havia aparecido a Santa Catarina Labouré, na França, pedindo que se cunhasse uma medalha com a oração: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.

Anos após a “Ineffabilis Deus”, em 1858, em uma de suas aparições em Lourdes, na França, a Nossa Senhora se apresentou diante da humilde Santa Bernardette Soubirous com estas palavras: “Eu sou a Imaculada Conceição”.

Atualmente são milhares as Igrejas dedicadas a este título de Nossa Senhora em todo mundo e milhões de fiéis têm uma particular devoção a Ela.

Neste ano, a solenidade da Imaculada Conceição também é marcada pela abertura do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, convocado pelo Papa Francisco e que se concluirá em 20 de novembro de 2016, na Solenidade de Cristo Rei do Universo.

Na Bula de proclamação do Jubileu, o Santo Padre explica o significado da Solenidade da Imaculada Conceição para a abertura do Ano Santo, pois “esta festa litúrgica indica o modo de agir de Deus desde os primórdios da nossa história”.

“Depois do pecado de Adão e Eva – escreve Francisco –, Deus não quis deixar a humanidade sozinha e à mercê do mal. Por isso, pensou e quis Maria santa e imaculada no amor (cf. Ef 1, 4), para que Se tornasse a Mãe do Redentor do homem. Perante a gravidade do pecado, Deus responde com a plenitude do perdão. A misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado, e ninguém pode colocar um limite ao amor de Deus que perdoa”.

 

fonte: ACI