O Papa Francisco na Encíclica Evangelium Gaudium no nº 24 ao descrever a comunidade de discípulos missionários afirma que eles “primeireiam”, usando este neologismo para indicar aqueles que chegam primeiro, que se envolvem e acompanham. Alguns desaprovaram a expressão, eu acredito que além de ser eloquente e rica ela se adapta as mil maravilhas a função e missão de ser mãe. A mãe primeireia no amor e no serviço não por querer ser primeira ou desejar um prêmio, mas por que ama e dá a vida por seus filhos.

De fato tanto no cotidiano como em ocasiões especiais observamos nas mães o cuidado e a ternura aprimoradas de quem quer o melhor para os seus. Em certas situações de risco ou saúde ela mais que primeirear se torna uma verdadeira pole position pela velocidade e rapidez em proteger a seus filhos. De mil modos ela mostra que servir é um estilo de vida, uma realização espontânea da vontade de estar sempre atenta as necessidades e urgências do lar e das pessoas.

A sua doação por inteiro revela como conjugar o verbo amar em todos os tempos e modos possíveis, promovendo o encanto da vida, porque não há nada mais importante e necessário que sentir-se amado e acalentado por uma mãe. Não há lugar mais seguro e tranquilo que o colo de uma mãe, por isso deveriam receber o prêmio Nobel da Paz, pois se fosse por elas não haveria mais guerras, massacres e genocídios que ceifassem a vida de seus filhos. Se há uma imagem que eu gravei e levo em meu coração é a alegria indizível de uma pequena criança na escola infantil ao perceber a presença da mãe que veio buscá-lo, entre muitas mães ela reconhece a voz e o semblante da sua, como o rosto mais belo e formoso a ser contemplado.

Depois crescemos e a nossa alma pura e inocente é deixada para trás esquecendo como precisamos para viver e ser pessoas saudáveis da sabedoria da inteligência cordial e emocional que nos torna humanos e compassivos. Somos muito gratos a elas, pois elas nos ensinam que o essencial na vida é amar e servir, com alegria e desprendimento, transparecendo a bondade e ternura do Pai das misericórdias. Deus seja louvado!

 

por: Dom Roberto Francisco Ferrería Paz