“Misericórdia Divina, que brotou da chaga aberta do Coração de Jesus, eu confio em Vós” (Diário, 949).
Pela recitação do Terço da Misericórdia, Jesus prometeu dar-nos tudo o que pedimos com confiança e em qualquer hora que o fazemos. Existe, porém, na Devoção à Divina Misericórdia uma hora especial estabelecida pelo próprio Senhor, para obtermos as graças Dele. É a hora do último suspiro; hora em que tudo “foi consumado”; hora em que se conhece o tormento de uma Mãe dolorosíssima; hora, enfim em que o pensamento de Cristo se eleva mesmo no momento do golpe da lança no Seu peito fazendo jorrar “Sangue e Água como fonte de Misericórdia para nós”. É a hora na qual o Reino de Deus foi aberto para cada um de nós, seres humanos, assim como foi para o ladrão arrependido.
Jesus quer que seja venerado diariamente o momento da Sua agonia na Cruz. Ele deseja que nesta hora seja meditada a Sua Paixão: “Minha filha, considera hoje a Minha dolorosa Paixão, em toda a sua imensidade. Medita de maneira como se ela tivesse sido empreendida, exclusivamente por ti”, (Diário, 1761). A oração na Hora da Misericórdia está estreitamente ligada com o horário das três horas da tarde e deve ser dirigida a Jesus e nas nossas súplicas devemos recorrer aos valores e méritos de Sua Paixão dolorosa: “Ó Jesus, empreendestes uma tão terrível Paixão por nós, unicamente por amor. Quando agonizáveis na cruz, nesse momento nos concedestes a vida eterna. Permitindo que Vos abrissem o Vosso Lado Santíssimo, Vós nos abristes a fonte inesgotável da Vossa misericórdia. Vós nos deste o que tínheis de mais caro, isto é, o Sangue e a Água do Vosso Coração. Eis a onipotência da Vossa misericórdia. Dela descem todas as graças para nós”. (Diário 1747).
Ao mesmo tempo que o Senhor pediu para parar às três horas da tarde e meditar, mesmo que por alguns instantes, Ele também pediu que nós rezássemos o Terço da Divina Misericórdia frequentemente. Na verdade, Jesus Misericordioso disse à Santa Faustina: “Recita, sem cessar, este Terço que te ensinei” (Diário 687). Logo, é apropriado que paremos alguns instantes e reflitamos sobre a Grande Paixão de Jesus Cristo por nós ao longo do dia e, especialmente, às três horas da tarde.
Nas Filipinas acontece um fenômeno chamado “O hábito das Três Horas da Tarde”. Neste horário todos no país, a até mesmo na televisão, param e rezam a seguinte oração: “Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus, como fonte de misericórdia para nós, eu confio em Vós!” (Diário 187).
Como pecadores que precisam voltar para o amor e misericórdia de Deus, vamos sempre ter nos lembrar da Hora da Misericórdia, refletindo sobre sua Paixão e amor por nós, mesmo que apenas por um instante.
Se você já tem este belo costume de recolher-te em oração, às três horas da tarde, aonde quer que estejas, ainda que seja por um breve momento, para refletir sobre a Paixão de Jesus, persevere neste santo propósito; se ainda não tem, creia que o Senhor está lhe dando esta graça agora, para que possas desfrutar desta fonte inesgotável de amor e de misericórdia.
Quantas almas encontrarão a vida nas palavras de Jesus! Quantas recobrarão o ânimo ao ver o fruto dos seus esforços: um pequeno ato de generosidade, de paciência, de misericórdia, pode vir a ser um tesouro infinito e ganhar para o Coração de Cristo um grande número de almas! O menor ato, feito por amor, pode adquirir tanto mérito e dar a Deus tanta consolação! O Coração do Senhor dá valor divino às menores ações. O que Ele quer é amar. Não procura senão amor. Não pede senão amor. Por isso, meu querido irmão e minha querida irmã: “Não perca a hora, um Coração sorri por ti e às vezes chora hora da misericórdia, é certamente três horas. Não perca a hora, divulgue ao mundo afora, hora da misericórdia, é certamente três horas”.
Pe. Ednilson de Jesus, MIC