Pelo que você é grato hoje? Muitas vezes nos esquecemos de reconhecer a misericórdia de Deus derramada sobre nós. Hoje, podemos iniciar uma experiência diferente, inspirados em nossa grande intercessora no céu e apóstola da Misericórdia, Santa Faustina, façamos uma análise.
Imaginado Santa Faustina vivendo nos dias de hoje, podemos começar refletindo: sobre o que ela seria especialmente grata?
Não é difícil adivinhar! Com a sua cópia Diário de Santa Maria Faustina em mãos, busque os acontecimentos pelos quais ela mais agradeceu em sua própria vida.
Por exemplo, no número 1819 do Diário, ela agradece simplesmente por ser uma filha de Deus. “Vivo na adoração da Santíssima Trindade“, escreve ela. “Agradeço a Deus por se ter dignado adotar-nos como Seus filhos“.
Como qualquer criança que sabe que é amada por seus pais e constantemente banhada de bênçãos e protegida de danos graves, Santa Faustina se deleita com o constante cuidado amoroso de Deus por ela. E escreve:
“Senhor, primeiramente derramo a Vossos pés o meu coração como perfume de gratidão por tantas graças e benefícios com que me cumulais sem cessar, que são tão numerosos que, se os quisesse contar, não poderia fazê-lo. Lembro-me apenas de que nunca houve um momento na minha vida em que eu não tivesse experimentado a Vossa proteção e bondade”. (Diário, 1489)
Faustina também agradeceu a nosso Senhor pelas muitas oportunidades que Ele lhe deu de fazer o bem aos outros, mesmo por seu simples serviço como porteira do convento:
“Oh, como me alegro por me terem dado, as superioras, este trabalho. Sei bem que a misericórdia é variada: sempre e em toda parte e todas as vezes pode-se praticar o bem. O ardente amor a Deus vê ao seu redor a incessante necessidade de se doar pela ação, pela palavra e pela oração.” (Diário, 1313)
Acima de tudo, ela agradeceu ao Senhor por redimir o mundo, capacitando-nos a compartilhar os frutos da redenção através da Eucaristia:
“Durante a santa Missa agradeci a Nosso Senhor por se ter dignado remir-nos e por esse maior dom, porque se dignou, Ele mesmo, nos dar o Seu amor na santa Comunhão, ou seja, a Si próprio. Nesse mesmo momento, fui arrebatada ao seio da Santíssima Trindade e fiquei submersa no amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo. É difícil descrever esses momentos.” (Diário, 1670).
Talvez o mais surpreendente de tudo foi que Santa Faustina até agradeceu ao Senhor pelas muitas cruzes que sofreu, mesmo quando não entendeu por que Ele permitia que elas acontecessem, ou como poderiam desempenhar um papel em Seu plano misericordioso para sua vida. Fico espantado e admirado quando leio no Diário, 343, todos os sofrimentos pelos quais ela agradeceu com total confiança em Jesus (enquanto eu geralmente reclamo ou desanimo quando tenho que sofrer tais coisas):
Jesus, agradeço-Vos pelas pequenas cruzinhas diárias, pelas contrariedades nos meus planos, pelas dificuldades na vida em comum, pela má interpretação das minhas intenções, pela humilhação que sofro dos outros, pelo procedimento rude comigo, pelos julgamentos injustos, pela saúde fraca e pelo esgotamento físico, pela abnegação da vontade própria, pelo aniquilamento do próprio eu, pela incompreensão em tudo, pelo transtorno de todos os meus planos.
Agradeço-Vos, Jesus, que fostes o primeiro a beber desse cálice de amargura, antes de o entregardes a mim, já atenuado. (…) Desejo esgotar o cálice dos destinos até a última gota, sem investigar seus significados. (…) Em Vós, Senhor, tudo o que dá o Vosso Coração de Pai é bom; não preferindo consolos às amarguras, nem amarguras aos consolos, por tudo Vos agradeço, Jesus.
E finalmente, é claro, Santa Faustina deu graças ao nosso Senhor pela difusão da devoção à Sua Divina Misericórdia, que está salvando tantas almas do pecado e do desespero:
Em seguida, iniciei um diálogo interior com o Senhor, agradecendo-Lhe por se ter dignado dar-me a graça de ver a honra à Sua insondável misericórdia que está se difundindo. Mergulhei em profunda oração de ação de graças. Oh, como é grande a generosidade de Deus. Bendito seja o Senhor, que é fiel às Suas promessas (…). (Diário, 1300)
Se você quer começar a ser grato como Santa Faustina, aqui está uma maneira de fazê-lo. De manhã, quando despertar, comece seu dia lendo o grande cântico de louvor ao nosso Criador na entrada 1750.
Neste trecho a Irmã Faustina escreve todas as glórias e bênçãos que o Senhor nos deu na natureza: “Sede adorado, nosso Criador e Senhor. Universo todo, adora ao Senhor com humildade (…)“.
E a noite, encerre o seu dia agradecendo com o seu cântico no número 1286, sobre as graças divinais de Deus, especialmente aquelas derramadas sobre nós através dos sacramentos, um cântico que termina com estas palavras:
Agradeço-Vos, Santíssima Trindade, pelas graças inumeráveis com que me cumulastes sem cessar durante toda a vida. Minha gratidão se multiplicará ao despontar a eterna aurora, quando pela primeira vez eu cantar a Vossa glória.
Robert Stackpole, STD
Texto traduzido e adaptado
The Divine Mercy