Sou casada há 6 anos e desta união nasceu nosso pequeno Noah. Hoje ele tem 3 anos e 6 meses. Nosso filho foi programado, desejado e até hoje muito amado. Nasceu saudável, optei pelo parto normal que foi muito bem sucedido com a graça de Deus.

Noah foi um bebê saudável, evoluiu como todo bebê, sentou logo, engatinhou, começou a balbuciar suas primeiras palavrinhas tudo antes de 1 ano e 3 meses.

Logo começou a formar frases como: “Quero popoca (pipoca) ” e falava palavras inteiras, como: “papai”, “água”, “bola”, entre outras tantas.

Porém Noah nunca interagiu com outras crianças, adultos, e tão pouco mantinha contato visual, chorava muito quando chegava a lugares desconhecidos ou quando ouvia o som do liquidificador etc., eu e meu esposo Eliano sempre dizíamos a quem perguntava que o motivo do choro, por exemplo, era sono (mesmo sabendo que ele tinha dormido bem).

Mas quando Noah completou 1 ano e 6 meses ele simplesmente parou de falar, ele começou do zero, regrediu na fala, procuramos uma fonoaudióloga e uma psicóloga ao qual ele fez tratamento e ao fim de algumas sessões, ambas o encaminharam a uma neurologista.

Foram 2 meses de uma angústia e ansiedade até que chegou a véspera da consulta e eu não dormi, tinha algo que me dizia que eu iria descobrir o que eu nem sei se realmente queria descobrir.

Na consulta do Noah estava eu, minha mãe e o Noah pois meu esposo tinha que trabalhar, depois de 1 hora de avaliação veio o diagnóstico Noah é portador de TEA (transtorno do espectro autista) uma deficiência neurológica a qual não tem cura, porém, tratamento graças a Deus.

Nesse dia e durante outros tantos só houve choro em minha casa e na casa de minha mãe, meu marido não aceitava o diagnóstico e não queria que ninguém soubesse. Já eu, aceitei logo o diagnóstico e via a necessidade de Noah iniciar logo o tratamento.

Fiz tantas promessas, fiz novena e mesmo assim meu esposo só chorava e não aceitava. Tivemos uma discussão tão grande que pensei que nosso casamento acabaria ali, mas foi nesse momento que Deus começou agir, das cinzas surgiu um pai e uma mãe que não mediram e nem medem até hoje esforços para ajudar seu filho, meu esposo enfim aceitou.

Fomos a palestras, eu todos os dias busco conhecer cada vez mais sobre o autismo, Noah faz tratamento diário desde então e a cada dia está evoluindo mais e mais.

Hoje ele interage com adultos, crianças, tem ótimo comportamento na escolinha e já começou a balbuciar algumas palavras. Só tenho a agradecer a Deus por ter ouvido minhas preces, pedir forças para que eu possa continuar nessa batalha diária com Noah em seus tratamentos e que ele evolua cada vez mais.

Vou finalizar como eu sempre finalizo em tudo que o diz respeito: “Deus é bom o tempo todo, o tempo todo Deus é bom”. Obrigada, Senhor, e obrigada a todos que leram esse singelo depoimento.

 

Testemunho enviado por Gleina Amaral


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