Neste ano, a Igreja vai celebrar a memória de todos os santos no dia 6 de novembro. A data comemorativa é 1º de novembro, porém a Igreja sempre leva a celebração para o domingo, que neste ano caiu em 6 de novembro.
Sendo assim, no dia de Todos os Santos a Igreja não celebra a santidade apenas dos santos canonizados. Mas também todos que tiveram uma vida fecunda em Cristo, faleceram em odor de santidade, mas são anônimos, ou seja, não estão nos altares das igrejas.
Portanto, celebra aqueles que estão perante a presença de Deus intercedendo por nós.
“Sem a santidade ninguém pode ver o Senhor” (Hb 12,14)
A celebração de Todos os Santos nos recorda a nossa vocação universal à santidade, que todos fomos criados para a felicidade eterna no Céu.
Por isso, o Catecismo da Igreja Católica ensina:
“Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: ‘Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito’“ (Mt 5,48) (CIC 2013).
E é por isso que a Igreja existe, para nos conduzir ao caminho da santidade. E como ela faz isso? Por meio dos sacramentos, pela proclamação da Palavra de Deus, nos estimulando a oração, a vivência da caridade e a prática do jejum.
Certa vez São João Paulo II afirmou que “a santidade é a força mais poderosa para levar os homens a Cristo”.
A vida de Todo os Santos deve nos inspirar a santidade
Todos os santos, cada um à sua maneira, causaram grande impacto no mundo a partir de suas vidas e dos seus feitos.
Santa Faustina, por exemplo, entregou-se por inteiro à vontade de Deus e com isso tornou-se seu instrumento.
É de sua mão que hoje temos um dos escritos mais profundos sobre a Misericórdia Divina. Afinal, o seu Diário espiritual, escrito por ordem do seu diretor espiritual, o bem-aventurado padre Miguel Sopoćko, e a pedido do próprio Jesus, nos revela a força da misericórdia de Jesus.
Além de Santa Faustina, a vida e os feitos de outros grandes santos, atuais e de muitos séculos atrás, de diferentes partes do mundo, ecoam até os dias atuais. Entre eles, destacamos São João Paulo II, Santa Teresa de Ávila, São Francisco de Assis, São Padre Pio, Santa Teresinha, Santa Joana D´Arc, Santa Teresa de Calcutá, São Frei Galvão e muitos outros.
Como surgiu a solenidade de Todos os Santos
A origem da solenidade de todos os santos vem do século IV. Naquela época, em Antioquia era celebrada a festa por todos os mártires, no primeiro domingo depois de Pentecostes.
Porém, o Papa Gregório IV, em 835, transferiu esta celebração para 1º de novembro.
Ele escolheu esta data porque coincidia com a consagração de uma Capela, na Basílica de São Pedro. Esta capela é dedicada às relíquias “dos santos Apóstolos, dos Santos mártires e confessores e de todos os Justos, que chegaram à perfeição e descansam em paz no mundo inteiro”.
Atualmente na solenidade de Todos os Santos, a Igreja propõe a leitura do Evangelho das Bem-Aventuranças, pois elas espelham a vida dos santos: os pobres de espírito, os mansos, os que sofrem, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os pacíficos, os perseguidos por causa da justiça os que são caluniados, ofendidos, humilhados; os que colocam sua confiança em Deus.