A festa da Divina Misericórdia foi instituída no ano de 2000 pelo Papa João II para toda a Igreja. Esta decisão foi publicada por meio de um decreto da congregação do Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. A partir do mês de maio do mesmo ano, o segundo domingo da Páscoa passaria a ser “Domingo da Divina Misericórdia”.

 

Esta festa era um desejo do próprio Jesus, que fora revelado para Santa Faustina. Ela deixou cada uma destas revelações registradas em seu diário, que hoje, podemos ter acesso, pois foram registradas todas em apenas um exemplar com aproximadamente 1828 numerais.

 

#Revelação de Jesus a Santa Faustina

 

“Nenhuma alma terá justificação enquanto não se dirigir com confiança à Minha misericórdia. E é por isso que o primeiro domingo depois da Páscoa deve ser a Festa da Misericórdia. Nesse dia, os sacerdotes devem falar às almas desta Minha grande e insondável misericórdia” (Diário, 570).

Foi então, depois que Faustina tornou-se santa, também pelo Papa João Paulo II, que instituiu-se o segundo domingo da Páscoa para a festa da Divina Misericórdia, a qual dá-se de encontro com a data da instituição da sagrada confissão, quando Jesus, no dia de sua ressurreição aparece para os apóstolos no cenáculo e institui o sacramento (cf João 20, 19-23). 

Além de revelar a Santa Faustina o Seu desejo para a festa da Divina Misericórdia, no qual disse também: “As almas se perdem, apesar da Minha amarga Paixão. Estou lhes dando a última tábua de salvação, isto é, a Festa da Minha Misericórdia. Se não venerarem a Minha misericórdia, perecerão por toda a eternidade” (Diário, 965).  Jesus também revela uma imagem da Divina Misericórdia.

#Imagem de Jesus Misericordioso

“Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós. Desejo que esta Imagem seja venerada, primeiramente, na vossa capela e, depois, no mundo inteiro” (Diário, 47).

 

Santa Faustina pinta então a imagem da qual pode ver através da revelação de Jesus, onde também é trazido por Ele, os reais significados de cada um dos detalhes desta imagem.

 

“Os dois raios representam o Sangue e a Água: o raio pálido significa a Água que justifica as almas; o raio vermelho significa o Sangue que é a vida das almas. Ambos os raios jorraram das entranhas da Minha misericórdia, quando na Cruz, o Meu Coração agonizante foi aberto pela lança” (Diário, 299).

 

“O Meu olhar, nesta Imagem, é o mesmo que eu tinha na cruz” (D, 326). 

 

A cor branca da veste de Cristo simboliza a pureza e a glória celestes, cujos seres – tanto no Antigo como no Novo Testamento – aparecem sempre envoltos em brilho e brancura (cf. Lc 24,4; At 10,30). Por sua vez, a inscrição: “Jesus, eu confio em Vós” faz parte da imagem, o que Jesus recorda expressamente à Santa Faustina (D, 327).

 

#Instituição da festa de Jesus Misericordioso 

 

“Por todo o mundo, o segundo domingo da Páscoa irá receber o nome de ‘Domingo da Divina Misericórdia’. É um convite perene aos cristãos do mundo enfrentarem com confiança e benevolência as dificuldades e desafios que a humanidade irá experimentar nos próximos anos que virão” (Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos/ decreto/ 23 de maio de 2000).

 

A festa da Divina Misericórdia é um convite a todos nós, para que vivamos e experimentemos a própria misericórdia de Deus. Precisamos conhecê-la e confiar que Sua misericórdia é quem nos acolhe e que nos concede o perdão. 

 

O Senhor frisa a Santa Faustina, dizendo que a festa da Divina Misericórdia irá salvar muitas almas: “Pede ao Meu servo fiel que, nesse dia, fale ao mundo inteiro desta Minha grande misericórdia, que aquele que, nesse dia, se aproximar da Fonte da Vida, alcançará perdão total das culpas e penas” (D. 300; cf. 1072).

 

O desejo de Deus era que esta festa fosse um abrigo para as almas de todos os pecadores. É uma nova chance que Ele nos dá, após a Páscoa, para que nos arrependamos de nossos pecados e conheçamos a Sua misericórdia. E, quando vivermos esta experiência, devemos proclamar aos quatro cantos, a todas as pessoas, a grandeza da misericórdia do bom Deus.

 

 

“É importante então que acolhamos inteiramente a mensagem que nos vem da palavra de Deus neste segundo Domingo da Páscoa, que de agora em diante na Igreja inteira tomará no nome de Domingo da Divina Misericórdia” (Papa João Paulo II/ 30 de abril de 2000).

 

Acolhamos com alegria e sinceridade em nossos corações a misericórdia de Deus. Confiemos em Seu perdão e proclamemos a todos sobre este acontecimento tão marcante para nós, Igreja. Sejamos fiéis àquilo que o Senhor nos pede!

 

Jesus, eu confio em vós!