O Jejum de Daniel é uma pratica de penitência que dura 21 dias, e que tem ganhado cada vez mais adeptos entre os católicos. Isso porque esse jejum possui um propósito espiritual que une restrições alimentares à prática mais intensa de oração. Ou seja, é perfeito para aqueles que desejam intensificar sua união com Deus.

Por que praticar o jejum?

De acordo com a Palavra de Deus, todos nós devemos fazer jejum. Logo, o jejum é uma abstinência, ou seja, deixar de se alimentar de algo em vista do fortalecimento espiritual.

No entanto, é preciso dizer que o jejum não deve ser feito para conseguir facilmente alguma coisa de Deus. A vontade de Deus permanece a mesma. Contudo, ao praticar o jejum acontecem mudanças em nosso interior. Quais são elas? Você mesmo vai descobrir!

Jejum de Daniel – um jejum bíblico

O jejum de Daniel está relatado na Bíblia Sagrada. Daniel fez esse jejum pela primeira vez junto de Hananias, Misael e Azarias, quando estavam na Babilônia. Logo, o relato encontra-se no livro de Daniel, capitulo 1.

Daniel pediu permissão aos seus superiores para fazer jejum dos alimentos sofisticados que o Rei da Babilônia se alimentava. E recebeu permissão para fazê-lo inicialmente por 10 dias. E ele mesmo indicou como os três passariam esses dias: “que só nos sejam dados legumes a comer e água a beber” (Daniel 1,12).

Mas por que ele fez isso? A atitude de Daniel não era uma afronta aos babilônicos. Contudo, era uma forma dele e seus companheiros se recordarem de que são o povo de Deus numa terra estranha e que não dependiam do rei Nabucodonosor para viver, mas sim do próprio Deus.

Além disso, assim evitariam ligar-se à cultura babilônica.

Todavia, com a prática do jejum recaíram muitas bênçãos de Deus sobre eles: “A esses quatro jovens, Deus concedeu talento e saber no domínio das letras e das ciências. Daniel era particularmente entendido na interpretação de visões e sonhos” (Daniel 1,17).

O jejum de 21 dias

Daniel realizou mais uma vez esse jejum durante o reinado de Ciro, rei da Pérsia (cf. Daniel 10,1). Contudo, desta vez o jejum durou 3 semanas, ou seja, 21 dias.

“Não provei alimento delicado algum: não passou em minha boca nem carne nem vinho” (Daniel 10,3).

Logo, na leitura dos relatos de Daniel é possível compreender que ele realizou este jejum como uma forma de buscar a Deus mais intensamente.

Contudo, devemos ter uma reta intenção na prática do jejum de Daniel. O que significa que fazê-lo por fins estéticos ou querendo se mostrar mais santo que alguém, o invalida perante Deus.

Portanto, o jejum de Daniel deve ser feito por aqueles que buscam sua santificação, o crescimento na intimidade com Deus e o fortalecimento da fé.

Os benefícios do Jejum de Daniel

Apesar de o Jejum de Daniel ter duração de 21 dias, você pode fazê-lo por um período de tempo diferenciado, conforme Deus inspirar no seu coração. Ou seja, por mais dias, se conseguir; ou até diminuir, caso seja impossível para você continuar.

Contudo, você deve ter em mente que o jejum não é uma meta a se cumprir, mas trata-se de uma oportunidade de direcionar suas vontades para agir de acordo com a vontade de Deus.

Nestes dias de jejum você deverá se alimentar apenas com alimentos naturais. Ou seja, nada de industrializados, refrigerantes, bebidas alcóolicas, carnes e laticínios. Portanto, coma frutas, verduras, legumes, chás, sucos de fruta, grãos, castanhas, etc.

Logo, se você está interessado em fazer esta penitência, para te motivar ainda mais veja alguns benefícios:

  • No jejum de Daniel, você não se abstém totalmente dos alimentos.
  • É recomendado para aqueles que desejam fazer um jejum mais longo, sem comprometer a saúde.
  • O jejum de Daniel dura mais tempo do que o jejum total, o que significa mais bênçãos para sua vida.

Não apenas se abstenha do alimento: reze!

Ao longo dos dias em que você estiver praticando o Jejum de Daniel intensifique suas orações. Além disso, procure ler mais a Palavra de Deus, meditando-a.

Dessa forma, seu tempo de penitência será ainda mais proveitoso para a tua espiritualidade.