Já pensou que bênção poder parar para abastecer o caminhão ou o seu veículo e poder fazer uma visita a Capelas com o Santíssimo, ali mesmo, no posto? Pois agora isso é possível!
É possível, inclusive, participar da santa Missa, fazer sua adoração a Jesus Eucarístico e ainda se confessar. Ou seja, durante o trabalho, passeio ou viagem é possível também viver a fé.
Isso tudo porque a Rede Marajó de postos de combustíveis construiu capelas com o Santíssimo em suas instalações. No total são 7 capelas espalhadas por postos nas estradas brasileiras no Pará, Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais.
Contudo, segundo Janeth Vaz, diretora da Rede, outras capelas com o Santíssimo ainda serão construídas.
Como surgiu a ideia de ter Capelas com o Santíssimo no posto?
Janeth conta que tudo teve início quando ela começou a participar de um grupo da Renovação Carismática Católica (RCC). Aos poucos ela foi se apaixonando pela Igreja Católica.
Contudo, seu marido, receoso, chegou a brincar que construiria uma igreja para ela no quintal de casa, já que ela não saia de dentro da igreja. Em resposta, ela disse a ele: “você vai fazer sim, mas quem vai participar será mais você do que eu. E foi o que aconteceu”.
Logo, em 1992, o casal construiu a primeira capela no posto de Nova Olinda (TO), às margens da BR-153. Essa capela recebeu o nome de Nossa Senhora das Graças.
Contudo, como naquela época a diocese (de Tocantinópolis) estava sem bispo, então o administrador apostólico permitiu que o Santíssimo estivesse na capela já na inauguração e lá permanecesse.
Mas não parou por aí. Depois de Nova Olinda, outras Capelas com o Santíssimo foram sendo construídas em: Aparecida de Goiânia (GO), Belém (PA), Frutal (MG), Centralina (MG), Várzea Grande (MT) e Santana do Araguaia (PA).
Então ela conta: “Em todas as nossas capelas, quando começamos a construir, a primeira coisa que fazemos e ir até o pároco, que pede ao bispo a permissão para ter o Santíssimo”.
A vivência nas Capelas com o Santíssimo da Rede
As capelas – todas com um título mariano em homenagem à Nossa Senhora – têm missas semanais e, em algumas, um padre atende as pessoas, seja para confissão, aconselhamento ou oração.
Além disso, Janeth conta que na empresa eles buscam viver a fé também entre os funcionários. Por isso, todos os dias, em todas as unidades da rede, das 8h às 8h30, todos param de trabalhar para fazer uma oração em grupo, sempre a partir da liturgia do dia.
Contudo, aqueles que não querem participar não são obrigados. E quanto a isso, ela afirma que a maioria participa desse momento e que existe uma “grande unidade entre católicos e não católicos”.
Testemunhos
A Diretor da Rede Marajó ressalta que as capelas com o Santíssimo foram muito bem aceitas pelos caminhoneiros. “Começamos a perceber como o caminhoneiro entra na capela. Parece que, para eles, é um oásis no meio do deserto, meio da estrada”, avaliou.
Logo, ela relata que esse “oásis” já salvou pelo menos dois caminhoneiros do suicídio. O primeiro caso aconteceu em Nova Olinda, na Capela Nossa Senhora das Graças. Janeth conta:
“Um dia, chegou um caminhoneiro muito desesperado, com uma arma e queria tirar a própria vida. O guarda da noite percebeu o estado dele e o orientou a ir para a capela. Ele entrou na capela e ficou lá por um tempo. Um dos meninos que trabalham lá conversou muito com ele. Quando saiu, já estava totalmente diferente e não tinha mais a intenção de se matar e disse que ia inclusive se desfazer da arma”.
Outro caso aconteceu na Capela Nossa Senhora de Nazaré, em Belém, e quem deu o testemunho, segundo Janeth, foi um padre. Ele conta que um dia estava por lá e, passando em frente à Capela, achou que a luz do sacrário estava apagada. Então, segundo Janeth, ele entrou para acender. Porém, quando entrou, viu que a luz estava acessa, mas tinha um homem lá, chorando.
O padre aproximou-se e perguntou se podia ajudá-lo. “O homem falou que tinha entrado ali com o pensamento de tirar a própria vida. Os dois conversaram, rezaram juntos e ele mudou de ideia”, contou Janeth.
Além disso, a diretora da Rede Marajó conta que percebe que os caminhoneiros “amam Nossa Senhora” e “sentem o cuidado de Nossa Senhora com eles”.