Como viver hoje, em um mundo onde cada vez mais vemos como a desconfiança faz estragos nas relações humanas? Nas famílias onde há cada vez mais tensões e hostilidade? Como encontrar a paz e recobrar a confiança da criança do Evangelho? Como encontrar a paz e recuperar a confiança da criança do Evangelho? Como ser instrumentos para restaurar a paz e a confiança nos corações das pessoas que nos foram confiadas?
É preciso ir a Cristo como uma criança, levar-lhe tudo o que for aparecendo em nosso coração, também as diversas manifestações de desconfiança, infidelidades, tudo o que nos for ocorrendo no caminho. É preciso mostrar-lhe as feridas, tudo o que nos dói. A melhor maneira de fazer isso é nos braços de Maria, nossa Mãe de Misericórdia, porque se não o fizermos com ela, facilmente nos esquecemos de que somos pequenos e muito desvalidos. Com Maria e só com ela a graça redentora chegará até o mais profundo de nossos corações, até aquele lugar onde foi depositada a semente diabólica da desconfiança. Ela, Mãe de Misericórdia, quer fazer chegar até este lugar, a capa mais profunda de nosso ser, o remédio: a Divina Misericórdia.
Não há motivo para desesperar
Cristo já venceu o mal, e segue realizando sua obra de Redenção. Nós participamos nela mediante a fé, e essa obra abarca não somente os nossos pecados, mas também todo o seu contexto. Isso significa que os medos e as sensações de perigo também são objeto de Sua Redenção. Jesus, ao morrer na cruz, nos redimiu de tudo, também do medo e da desconfiança, da mesma maneira que nos redimiu do pecado. Por isso, toda tua vida deve estar orientada a conseguir uma abertura cada vez maior à Redenção de Cristo.
Único caminho infalível
Abrir-se à atuação redentora de Cristo, mediante a fé que tem a criança do Evangelho, abrir-se com Maria à Misericórdia de Deus. É preciso acreditar que Jesus nos redimiu de tudo o que nos ameaça, e que somos livres. Devemos dizer a nós mesmos: não há perigo, porque Ele mesmo me redimiu e já venceu o mal, me libertou do pecado. Às vezes nos pode parecer que esses atos de fé não são nada fáceis, e é verdade.
Porém, quando desanimamos, vale a pena recordar várias coisas. Primeiro, nós fazemos sozinhos ou procuramos fazer com Maria? Segundo, viver sem a confiança não é tão fácil, contudo, não será talvez muito mais difícil viver mergulhados em meio de medos, com o coração inquieto e sem paz? Invisto da minha parte tudo o que a Igreja me diz que devo fazer? Aqui se trata, sobretudo, do esforço em viver em estado de graça santificante, cuidando como o maior tesouro da nossa amizade com Deus. Na prática, esse esforço consistirá em fazer atos de confiança para permitir que Maria nos administre o antídoto para a nossa desconfiança: a Divina Misericórdia.
Texto extraído da Revista Divina Misericórdia, ed. 53