O Dia Internacional da Pessoa com Deficiência é celebrado nesta quinta-feira (03). O Papa Francisco realizou uma mensagem por conta da data. O tema deste ano é: Melhor reconstruir: rumo a um mundo pós-Covid-19 inclusivo da deficiência, acessível e sustentável. O Santo Padre comenta que todos estão no mesmo barco no meio de um mar agitado, “mas neste barco alguns lutam mais, e entre eles pessoas com deficiências graves”.
O Pontífice fala sobre a ameaça da cultura do descarte que é particularmente afetada pelas categorias mais frágeis, como as pessoas com deficiência. Segundo o Papa, aumentou a consciência da dignidade de cada pessoa, levando a inclusão de indivíduos com limitações físicas e/ou psíquicas. “No entanto, a nível cultural, ainda existem muitas expressões que de fato contradizem essa orientação. Existem atitudes de rejeição que, também por uma mentalidade narcísica e utilitária, conduzem à marginalização, sem considerar que, inevitavelmente, a fragilidade é de todos” discute o Pontífice. O Santo Padre destaca a importância de promover, principalmente hoje, uma cultura da vida que afirma a dignidade de cada pessoa, em especial na defesa de homens e mulheres com deficiência.
De acordo com o Papa, a pandemia evidenciou ainda mais as desigualdades da sociedade. «O vírus, embora não faça exceções entre as pessoas, encontrou, no seu percurso devastador, grandes desigualdades e discriminação. E ele os aumentou! ” ( Catequese na audiência geral de 19 de agosto de 2020). “Por isso, uma primeira “pedra” sobre a qual construir a nossa casa é a inclusão” salienta o Santo Padre. Papa Francisco afirma que a inclusão deve ser a “pedra” em que as organizações e instituições devem construir atividades e programas. Além disso, o Papa evidencia a necessidade das igrejas prepararem instrumentos adequados e acessíveis para a transmissão da fé. Ele encoraja seminaristas, padres, religiosos e catequistas a atuarem na inclusão.
O Santo Padre reafirma o direito das pessoas com deficiência receberem os sacramentos da Igreja. Ele aponta que todas as celebrações litúrgicas devem ser acessíveis a todos. O Pontífice espera que cada vez mais a formação teológica e catequética possa ser mais avançada e estimulada. Dessa forma, pessoas com deficiência podem se tornar catequistas também. O Papa encoraja as pessoas engajadas em iniciativas e organizações em busca da inclusão. “Que a vontade comum de ‘reconstruir melhor’ desencadeie sinergias entre as organizações civis e eclesiais, para construir, contra todas as condições meteorológicas, uma ‘casa’ sólida, capaz de acolher também pessoas com deficiência, porque está construída sobre a rocha da inclusão e participação ativa” finaliza o Pontífice.