Um dos clássicos da espiritualidade católica chega a
1 milhão de livros vendidos

Best-seller é o termo popular que se usa no mundo literário para catalogar um livro que quebrou recordes de vendas. Com a graça de Deus, finalmente o Diário de Santa Faustina alcança esta categoria, com mais de 1 milhão exemplares vendidos, apenas no Brasil.

Para celebrar esta marca e em agradecimento aos parceiros que tornaram isso possível, o Apostolado da Divina Misericórdia ofereceu neste dia do Aniversário de Santa Faustina (25/08), um coquetel comemorativo revelando a grande surpresa aguardada: a nova capa do Diário de Santa Faustina.

Sobre a mudança da capa do Diário, o Diretor do Apostolado da Divina Misericórdia, Padre Leandro Aparecido, MIC, destaca que esta modificação foi realizada pensando em aproximar o devoto da Divina Misericórdia do acontecimento original em que Jesus se apresenta à Irmã Faustina (cf. Diário, 47).

“Procuramos trazer a imagem original de Jesus Misericordioso para o Diário. Essa imagem foi pintada a pedido de Jesus à Santa Faustina. Sob a orientação da Irmã o pintor realizou essa obra. Quando Jesus vem a Santa Faustina, é um momento em que ela está no quarto dela. Ele aparece em forma de luz na noite, por isso esse fundo escuro. E isso também simboliza a alma do pecador. A alma da pessoa que não tem a presença de Jesus se encontra em escuridão. Nesse sentido, o Amor e a Misericórdia que encontra a alma dá a ela luz”, conta o Padre.

O Diário de Santa Faustina tem 37 anos de publicação ininterrupta no Brasil. A respeito do desenvolvimento dos trabalhos de propagação da devoção, o Padre Leandro recorda do custoso empenho para levar a mensagem da Divina Misericórdia a um nível nacional.

“Nesses 37 anos, foi um trabalho bastante árduo, recordo-me do Padre André Krzymyczek, MIC, [responsável pela publicação em 1982] que fazia tudo manualmente e sozinho. Levantava de madrugada para fazer os pacotes e enviar pelos Correios. Saiu algumas vezes pelo Brasil pregando em retiros e explicando sobre a Devoção à Divina Misericórdia. Então chegar aonde chegamos hoje é fruto de muito trabalho, esforço e acima de tudo da oração de muitas pessoas, além da confiança na Misericórdia. Esperamos dar continuidade a este trabalho, para que um número maior de almas conheça a devoção à Divina Misericórdia, que é a última tábua de salvação que Jesus está dando para a humanidade”.

Entre os parceiros presentes no coquetel de comemoração, estava o Gerente Comercial Nacional da Editora Ave-Maria, Leandro Escobar.

Leandro destaca que a parceria comercial que já existia desde a abertura da Loja do Santuário e foi ficando mais intensa, com o volume de vendas aumentando.

“Eu percebo que a tendência é só fortalecer essa parceria, uma parceria que já começou boa e só tem se fortalecido. Tanto para vender materiais personalizados nossos como para comprar do Santuário, que sempre abriu as portas e tem dado muito certo. Vejo essa evolução com muito otimismo, porque nós conseguimos envolver todos os nossos departamentos (comunicação, marketing, editorial) com o Santuário. E vejo um futuro promissor nessa parceria, que poderia até chamar de aliança”, relatou Leandro.

Ao longo desses anos de trabalho em conjunto, a Editora Ave-Maria chegou a ser patrocinadora Gold da Festa Nacional da Divina Misericórdia por quatro anos.


O Diário de Santa Faustina

Santa Faustina Kowalska escreveu o seu Diário em Vilnius e Cracóvia (Polônia) durante os anos de 1934-1938. Irmã Faustina fez todas as anotações em segredo e fora dos seus deveres religiosos. Terminou de escrevê-lo três meses antes de sua morte. 

Suas anotações trazem a profundidade do aprendizado da misericórdia de Deus e sua contemplação na vida cotidiana. Lutando com as fraquezas da natureza humana e as dificuldades associadas à missão, Santa Faustina escreveu um total de seis cadernos.

Entre tantos desafios e lutas, o Diário é hoje uma grande riqueza da nossa Igreja e a resposta de Deus para os nossos tempos. Estimado por católicos de todo o mundo, o Diário, que foi traduzido do polonês para mais de 20 idiomas, tornou-se um dos livros religiosos mais lidos no mundo.

No Brasil, a primeira edição do Diário foi feita no ano de 1982, pela Congregação dos Padres Marianos. O responsável pela publicação, bem como a fundação do Apostolado da Divina Misericórdia, foi o Padre André Krzymyczek, MIC. Foi também ele quem elaborou, naquele mesmo ano, o conteúdo da Novena à Divina Misericórdia.

Pouco a pouco a Devoção começou a se espalhar pelo Brasil, por meio dos materiais de divulgação que o Padre André publicava e dos retiros que pregava em todo o país a respeito do Mistério da Misericórdia Divina.

Hoje a versão brasileira do Diário está na sua 43ª edição e a Novena encontra-se na sua 23ª edição; e a Editora Apostolado conta com mais de 30 publicações em seu catálogo.


O processo da escrita do Diário

O Diário é uma das pérolas da literatura mística católica. Santa Faustina Kowalska o escreveu por ordem expressa do Senhor Jesus e também por orientação de seus confessores: Padre Miguel Sopoćko e Padre Joseph Andrasz, SJ; além da permissão das superioras da Congregação. Isso aconteceu em Vilnius e Cracóvia durante os anos de 1934-1938.

As primeiras anotações são de julho de 1934. Sabe-se que a Irmã Faustina queimou as suas primeiras anotações, quando sucumbiu às persuasões do suposto anjo, que era Satanás, durante a ausência do seu diretor espiritual Padre Miguel Sopoćko. 

Mais tarde, o diretor espiritual ordenou que ela recriasse o que havia sido destruído, e é por isso que o “Diário” em sua forma atual não possui uma cronologia clara, especialmente no primeiro caderno. Pois a Irmã foi tecendo relatos e descrições daqueles eventos que ocorreram anteriormente juntos dos eventos e experiências que lhe eram atuais.

Diário não surgiu com facilidade. Em primeiro lugar, a Irmã Faustina não tinha muito estudo; em segundo lugar, as condições para escrever eram limitadas, estava ocupada com o trabalho, e para escrever tinha somente os momentos livres, tendo para isso que se ocultar diante das irmãs.

Irmã Faustina fez todas as anotações em segredo e fora de seus deveres religiosos. Ela também escreveu no hospital e ali, com mais tempo, a pedido do Padre Miguel Sopoćko, sublinhou a lápis todas as palavras de Jesus.

“Embora me sinta fraca, e a natureza exija descanso, sinto a inspiração da graça para vencer-me e escrever. Escrever para o consolo das almas que amo tanto e com as quais partilharei a eternidade toda. E desejo tão ardentemente para elas a vida eterna. Por isso, aproveito todos os momentos livres, embora tão breves, para escrever; e, da maneira como o deseja Jesus” (Diário 1471).

O Diário contém, antes de tudo, uma mensagem sobre o amor misericordioso de Deus pelo homem, que Irmã Faustina deveria transmitir à Igreja e ao mundo.

Faustina descreveu sua vida espiritual extremamente profunda, alcançando as alturas da unidade com Deus, a profundidade do aprendizado do mistério da misericórdia de Deus e sua contemplação na vida cotidiana, lutando com as fraquezas da natureza humana e as dificuldades associadas à missão profética.

Quando a Irmã Faustina esgotada pelos sofrimentos e lutas pensava que já havia feito de tudo, ouvia esta voz de Deus:

Repara como escreveste pouco sobre ela. Isso é apenas uma gota. Faz o que estiver ao teu alcance para que os pecadores conheçam a Minha bondade.” (Diário, 1665).

Ela escreveu um total de seis cadernos. As últimas anotações datam de junho de 1938, de modo que a Irmã Faustina terminou de escrever o Diário três meses antes de sua morte. 

No ano de 1959, a Santa Sé proibiu a divulgação do culto de Jesus Misericordioso nas formas propostas pela Irmã Faustina.

A proibição terminou quando, na cidade de Cracóvia, Polônia, começou o processo de beatificação da Irmã Faustina. Naquela oportunidade foram examinados todos os escritos de Irmã Faustina e não se encontrou nenhum erro. A Santa Sé, no ano de 1978, retirou a proibição e abriu o caminho para que um dia o Diário pudesse ser editado. 

No ano de 1981 foi feita a primeira edição do Diário. Esta edição foi conjunta: das Irmãs de Nossa Senhora Mãe de Misericórdia e da Congregação dos Padres Marianos, dos Estados Unidos. Esta primeira edição serviu como modelo para que se produzissem no mundo inteiro outras versões linguísticas.

No Brasil, a primeira edição do Diário foi feita no ano de 1982, pela Congregação dos Padres Marianos, junto com a fundação do Apostolado da Divina Misericórdia. Hoje a versão brasileira está na sua 43ª edição.