O questionamento conduz a Semana Nacional da Família que termina neste sábado (17), no Brasil. Além de atividades práticas que procuram reunir as comunidades em torno do tema, a reflexão de hoje parte de Pe. Douglas Freitas Ferreira, especialista em Matrimônio e Família: “para responder essa pergunta nós temos que indicar a presença de Jesus”, através da oração e no nosso quotidiano.
“Na Exortação Apostólica ‘Amoris Laetitia’, o Papa Francisco sublinhou que é um desejo dos jovens ter, constituir e permanecer em uma família. Ou seja, nenhum jovem quer começar uma vida familiar para depois destruí-la: é um desejo que está no nosso coração. E por que não dar voz a esse desejo? E aí o Papa nos dá as indicações: é necessário ser sincero, nutrir um verdadeiro amor pela pessoa com quem vamos casar, convidar Jesus Cristo para fazer parte da nossa vida com a força do Espírito Santo, e pedir ao Espírito Santo que nos ajude a caminhar segundo o projeto de Deus e poder realizá-lo na nossa vida. ”
O Pe. Douglas Freitas Ferreira, mestre e doutorando em Matrimônio e Família, já com três publicações sobre o tema na Itália, é quem lembra o importante passo a ser dado, principalmente pelos jovens, ao começar uma vida familiar.
Para se pensar e rezar por ela, que a Santa Sé dedica este mês de agosto. Em um vídeo de intenção de orações, o Papa Francisco pediu para rezarmos pelas famílias, para que “se tornem cada vez mais laboratórios de humanização”, pedindo também para que “cuidemos das famílias, porque são verdadeiras escolas do amanhã, são espaços de liberdade, são centros de humanidade”.
Semana Nacional da Família desde 92
Mas a indicação não vem apenas do Pontífice, mas da Igreja no Brasil que direciona o tema para a Semana Nacional da Família que termina neste sábado (17). O evento anual, que acontece desde 1992 sempre no mês vocacional, é promovido pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) e pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB.
Como responder a pergunta “a família, como vai?”
Neste ano a reflexão é sobre o questionamento: “a família, como vai?”. Para o assessor nacional da Comissão da CNBB, Pe. Jorge Alves Filho, a pergunta continua sendo “também para a Igreja um desafio não só por causa da complexidade que envolve responder ela, mas principalmente porque também o mundo parece esperar a resposta para ajudá-lo a não ferir mais a própria família que, não deixou de ser a célula da sociedade”. E o Pe. Douglas, também especialista no assunto, complementa:
“É muito pertinente esta pergunta porque aquela instituição que mais sofreu ataques nos últimos tempos foi a família concebida como projeto de Deus e confirmada por Jesus na sua missão. A família hoje, infelizmente, sofre essas tentativas de descaracterização sempre querendo inovações, mas a proposta que Jesus nos traz é a do Evangelho, que é sempre novo.”
“Para responder essa pergunta ‘a família, como vai?’, nós temos que indicar a presença de Jesus: a família vai bem quando tem oração e percebe no seu quotidiano a presença de Jesus Cristo. ”
Fonte: Vatican News