Nesta sexta-feira, 8 de outubro, é celebrado o Dia do Nascituro. Para a data, as comunidades, paróquias e dioceses de todo o Brasil são convidadas a realizar um Sinal da Esperança. O chamado, promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é acender velas, a fim de “propagar a ‘Luz de Cristo’ para que possa iluminar e proteger as vidas vulneráveis e indefesas”.

A Oração do Nascituro deve acompanhar as velas acesas, num momento de devoção e unidade com toda a Igreja no Brasil.

O ato pode ser realizado em frente a uma Igreja, numa praça pública ou lugar que o grupo achar oportuno.

O Dia do Nascituro foi criado pela CNBB como uma maneira de chamar a atenção para o verdadeiro sentido e valor da vida humana, em todas as suas condições.

“Os filhos são bênçãos do Senhor”. Uma gravidez nunca deve ser vista como um acidente, ou como algo que vá atrapalhar a vida do casal. Muito pelo contrário, a gravidez deve ser vista como uma ação de Deus, pois o filho que virá será uma bênção do Senhor. O casal deve louvar e agradecer a Deus por isso e não ter medo de gerar filhos para Ele.

Valorizemos sempre a vida. Ela é dom de Deus para nós. Cuidemos do nosso corpo como “templo santo de Deus” e não tenhamos medo de gerar novas vidas para Deus. Que o Dia do Nascituro nos conscientize que devemos defender a vida em todos os momentos desde a concepção até a velhice. Sejamos missionários, como nos convida esse mês de outubro, e que possamos realizar ações que defendam a vida.

 

Direito de nascer

O assessor da Comissão para a Vida e a Família da CNBB e secretário executivo da CNPF, padre Crispim Guimarães, recorda que neste dia 8 de outubro, “somos chamados a visitar nossas consciências sobre o ‘direito de nascer’ da criança, que ainda vive dentro do útero materno e que tem o direito à proteção, à alimentação, a um nascimento sadio, ao respeito de sua vida e saúde e tem também o direito de ser amada”.

Infelizmente, observa padre Crispim, as crianças têm suas vidas ameaçadas “por grupos econômicos poderosos e países que em nome de supostos ‘direitos humanos’, menosprezam a humanidade daqueles que na barriga de suas mães são vidas”.

Dom Antônio Augusto recorda que São João Paulo II denominou como cultura da morte, as articulações e disseminações ideológicas observadas no mundo que propõem a falsa solução para “os problemas mais graves e as situações mais limites que a humanidade vive” por meio da morte, desde a concepção até os estados de vida mais terminais.

“Pensam que o sofrimento ou situações difíceis de solução médica só tem uma solução: a morte. E, na verdade, a Igreja tem o papel de cuidar do ser humano, de criar a cultura da vida. E a forma de combater a cultura da morte é promovendo a cultura da vida”, ressalta.

Dessa forma, a gravidade do aborto, denunciada com veemência nesta data, está em justamente tirar a vida de um ser humano “inocente, indefeso e que não tem para onde fugir como uma última tentativa de sua legítima defesa”. Para dom Antônio, se a criança não é defendida em sua condição de nascituro pela mãe, pela família ou pelo Estado, ela “fica à mercê de um ataque contra o dom mais precioso que ela tem, que é a vida”. Por isso, continua, “nós nunca podemos considerar o aborto como um direito ou uma realidade que fique escondida atrás de eufemismos, como ‘interrupção voluntária da gravidez’. É um grave atentado contra a vida humana”.

 

Bênçãos do Senhor

O subsídio Hora da Vida oferece para o Dia do Nascituro um roteiro de celebração com o tema “Os filhos são bênçãos do Senhor”.

“Neste Dia do Nascituro, a reflexão será sobre o cuidado com a vida humana em formação e com a necessidade de celebrar a vida e a missão de cada pessoa, desde o momento em que é gerada, passando pelo início de seu desenvolvimento como pessoa sonhada e amada por Deus. Todos nós fomos um dia nascituros, no ventre de nossas mães“.

 

 

 

Fonte: CNBB