Há exatos 40 anos, no dia 06 de agosto de 1978 o mundo se despedia do Papa Paulo VI. Seu papado durou 15 anos, começou no dia 21 de junho de 1963 até o dia de sua morte, foi sucessor de João XXIII e sucedido por João Paulo I. Foi o 262° sucessor de Pedro.

VIDA

Nasceu no dia 26 de setembro de 1897, como Giovanni Battista Enrico Antonio Maria Montini. Suas origens são da cidade italiana de Concesio. Desde cedo apresentava sinais para a vida religiosa, e logo em sua juventude entrou para o seminário e em 1920 foi ordenado sacerdote.

VOCAÇÃO

Padre Giovanni estudou ainda na Universidade Gregoriana, na Universidade de Roma e na Pontifícia Academia Eclesiástica. Rapidamente desenvolveu uma carreira na Cúria Romana. Na administração do Vaticano, ocupou cargos importantes dentro da Igreja Católica, desenvolvendo funções muito próximas e de confiança dos Papas Pio XI e Pio XII. Já em 1944, Pe. Giovanni trabalhava diretamente com o Papa Pio XII.

Em 1 de novembro foi nomeado Arcebispo de Roma pelo o então Papa Pio XII. Durante o conclave de 1958 que elegeria o novo papa, Giovanni Montini recebeu vários votos, mesmo ainda não sendo Cardeal. O sucessor de Pio XII acabou sendo João XXIII, que, no mesmo ano, elevou Dom Giovanni à condição de Cardeal.

PAPADO

Após a morte de João XXIII, Cardeal Dom Giovanni é eleito Papa e escolhe o nome de João VI, para indicar que tinha uma missão mundial renovada de propagar a mensagem de Cristo. Como Papa, João VI reabriu o Concílio Vaticano II, que fora automaticamente fechado com a morte de João XXIII e lhe atribuiu prioridade e direção.

Após ser concluído o trabalho no Concílio, Paulo VI tomou conta da interpretação e implementação de seus mandatos, frequentemente andando sobre uma linha entre as expectativas conflitantes de vários grupos da Igreja Católica. A magnitude e a profundidade das reformas, que afetaram todas as áreas da vida da Igreja durante o seu pontificado, excederam políticas reformistas semelhantes de seus predecessores e sucessores.

Paulo VI era devoto de Maria, publicou três encíclicas marianas, discursou várias vezes para congressistas marianos e participou de várias reuniões. Mas também promoveu importantes diálogos com o mundo, sem distinções de religiosidade. Ao mesmo tempo, seguia a linha tradicional da Igreja Católica e era contrário à regulação da natalidade.

Foi o primeiro Papa a viajar de avião e o primeiro a visitar os cinco continentes. Chegou até a sofrer uma tentativa de assassinato nas Filipinas. Sua postura aberta ao diálogo foi fundamental durante seu papado, pois viveu uma fase de grandes acontecimentos na história da segunda metade do século XX. Aberto ao diálogo, foi o primeiro papa a conversar com o líder da Igreja Anglicana e o primeiro, depois de muitos séculos, a conversar com dirigentes das diversas Igrejas Ortodoxas do Oriente.