O Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM) cria a Rede Pan-americana para o Direito à Vida.
A notícia foi divulgada pelo Departamento Vida, Família e Juventude do organismo eclesial latino-americano numa declaração publicada no dia 11 de maio. A Rede Pan-americana para o Direito à Vida tem como objetivo despertar o interesse por essas questões, em relação às quais muitos católicos são “silenciosos ou silenciados”, com a tarefa urgente de uma “mudança cultural” a ser alcançada através de “um guia responsável, dialogal e ativo, capaz de articular os próprios pensamentos”. A rede busca reforçar grupos e experiências dentro da Igreja e fora dela, “é um lugar de encontro reflexivo e operacional em torno do direito à vida, desde o momento da concepção até seu fim natural.”
O documento divulgado também diz:
“Notamos com crescente preocupação em nosso continente a afirmação de uma agenda de minorias ideológicas, com apoio de centros de poder econômico e político, cujo conjunto fratura a pessoa humana, sobretudo as mais jovens, afetando todas as suas dimensões relacionais, ferindo culturas e suas tradições religiosas, políticas e jurídicas.”
Vemos “profundas mudanças no estado de direito, nas políticas públicas, na segurança jurídica, na normalização de condutas e normas legais contrárias à vida, à família, à liberdade e à objeção de consciência”.
“Reconhecendo que somos testemunhas deste momento histórico, a Igreja latino-americana e caribenha, em sua responsabilidade pastoral pelo bem fundamental da vida, não pode permanecer alheia e insensível a essa dura realidade”, como disse o Papa Francisco na homilia proferida, em Bogotá, em 8 de setembro do ano passado.
Prossegue a declaração: “consolidando vínculos institucionais, eclesiais, ecumênicos e sociais” foi criada a nova rede que “acolherá toda realidade nacional que protege a vida” e trabalhará “segundo uma agenda comum, concordando estratégias, linhas de reflexão, ação e gestão de emergências”.
Dentre as atividades, pensa-se em momentos de formação específicos para sacerdotes e leigos, sinais concretos de acolhimento e acompanhamento de mulheres grávidas, em dificuldade, ou que fizeram aborto, assim como às famílias, menores e idosos. Evidencia-se também a importância dos meios de comunicação.
Para mais informações consulte o site do Celam.
Fonte: News.va