No último fim de semana, o Papa Francisco concedeu uma entrevista à Rádio Cope, emissora da Conferência Episcopal Espanhola, durante uma hora e meia. Esta é a primeira entrevista após a cirurgia de estenose diverticular e também a primeira para uma rádio na Espanha.

Papa Francisco com jornalistas da Radio Cope, Carlos Herrera e Eva Fernández

Entre os assuntos abordados, o Santo Padre destacou a questão da eutanásia, que foi recentemente aprovada na Espanha.

A legalização desta prática é um sinal da “cultura do descartável” que agora permeia as sociedades modernas: ‘O que é inútil é descartado’”.
Os idosos são descartáveis: eles são um incômodo. Também os doentes terminais; até mesmo as crianças indesejadas, e elas são enviadas ao remetente antes de nascerem”, afirma.

O Papa tem denunciado a “cultura do descarte” desde o início do pontificado, lembrando que toda vida vale e merece ser defendida e respeitada. Francisco também exorta os fiéis a lutar contra essa cultura e viver a cultura do receber, do acolher, da proximidade, da fraternidade.

Papa Francisco na entrevista aos jornalistas da COPE


“A cultura demográfica está com prejuízo porque olha para o lucro. Olha para o da frente… e às vezes usando a compaixão! O que a Igreja pede é que se ajude as pessoas a morrerem com dignidade. Ela sempre o fez”,
comenta Francisco com o repórter.

Antes de encerrar o tema, o Pontífice não deixou de condenar o aborto mais uma vez:

“Diante de uma vida humana, eu me faço duas perguntas: é lícito eliminar uma vida humana para resolver um problema? É correto contratar um assassino para resolver um problema?”.

A entrevista abordou também sobre a saúde do Santo Padres após a operação, sobre os desafios do pontificado e questões sociais como a crise no Afeganistão.
Para acessar o conteúdo na íntegra, clique aqui.

 

 

Fonte: Vatican News