Recentemente a Editora Divina Misericórdia recebeu um inestimável presente: uma relíquia sagrada de Santa Faustina Kowalska. A relíquia foi oferecida pela Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, na Polônia, à qual pertenceu Santa Faustina.
Sendo assim, esta relíquia de Santa Faustina é levada aos retiros e congressos organizados pelo Apostolado/Editora e pela Congregação dos Padres Marianos em todo o Brasil. Além disso, é levada também aos programas de TV onde os religiosos Marianos participam, afim de divulgar a devoção à Divina Misericórdia e a Santa Faustina.
Contudo, muitos questionam: O que é uma relíquia sagrada e o que ela representa? Qual o sentido de se ter uma relíquia? Além disso, outros, querem saber como conseguir uma relíquia de Santa Faustina. Então, encontre aqui estas respostas!
O que é uma relíquia sagrada
Uma relíquia sagrada é algo diretamente ligado a um santo. Contudo, existem 3 tipos de relíquias sagradas. São elas:
Relíquias de primeira classe: corpo de um santo que se mantenha incorrupto; ou as cinzas do corpo de um santo; ou ainda pequenos pedacinhos dos ossos, fios de cabelo ou tecidos com o sangue.
Logo, a relíquia sagrada de Santa Faustina Kowalska que agora pertence à Editora Divina Misericórdia é deste grupo.
Já as relíquias de segunda classe são os objetos pessoais usados pelo santo, como livros, roupas e outros.
Logo, um exemplo é o breviário do padre francês Jacques Hamel, morto em 2016 por extremistas islâmicos. Esta sua relíquia está na Basílica de São Bartolomeu, em Roma. Esta igreja, por decisão de São João Paulo II, é dedicada a preservar a memória dos mártires da Igreja.
São também consideradas relíquias sagradas, tecidos que tocaram o corpo do santo após a sua morte ou o seu túmulo. Porém, estas são relíquias de terceira classe.
Como surgiu a devoção às relíquias sagradas
A conservação e a devoção aos restos mortais começou no início do cristianismo, quando o povo costumava recolher os corpos dos mártires e sepultar com reverência. E essas sepulturas eram visitadas por peregrino.
Porém, no século V a devoção aos restos mortais se estendeu também aos santos não martirizados.
Contudo, na Idade Média, aconteceram abusos com a veneração das relíquias sagradas. Ou seja, passaram a atribuir a elas um poder mágico. Além disso, pessoas mal intencionadas começaram criar e vender falsas relíquias.
Por isso, o IV Concílio de Latrão (1215-1216) passou a exigir aprovação do Papa para a exposição das relíquias, além de proibir a sua venda. Desde então, é terminantemente proibido, sob pena de excomunhão, vender trocar ou exibir uma relíquia sagrada de primeira e segunda classe para fins lucrativos.
Qual o sentido de uma relíquia sagrada
Encontramos na Bíblia vários relatos sobre a veneração de relíquias que você pode ler em 2Re 13,20-21; Mt 9,20-22; At 5,15; e At 19,11-12. Entre esses textos, destacamos um trecho escrito pelo evangelista Lucas, em Ato dos Apóstolos. Ele narrou:
“Deus realizava milagres extraordinários pelas mãos de Paulo, a tal ponto que pegavam em lenços e aventais usados por Paulo para os colocar sobre os doentes, e estes eram libertados das suas doenças e os espíritos maus eram afastados” (At 19,11s).
Ainda sobre o sentido de se venerar uma relíquia sagrada recorremos à Tradição da Igreja. Logo, a Igreja ensina que Deus pode servir-se de qualquer coisa para operar milagres em nosso meio.
Contudo, é evidente que não é o pequeno pedaço do corpo do santo guardado no relicário que realiza o milagre. Porém, a relíquia sagrada é um sinal visível de que Deus pode e quer realizar prodígios em nosso meio. Além disso, Deus chama nossa atenção para os santos como modelos e intercessores.
Como devem ser conservadas as relíquias
A maior honra que a Igreja pode atribuir a uma relíquia sagrada é guardando-a no altar de uma igreja onde possam ser celebradas santas Missas.
Ou então ser colocadas em pequenos nichos onde possam receber adequada veneração.
Neste sentido, um santuário dedicado a algum santo costuma abrigar a sua relíquia. E assim proporciona aos fiéis uma experiência de maior intimidade com o santo.
Contudo, precisamos nos lembrar de que a veneração de uma relíquia deve nos remeter a Deus. Afinal, é Ele que, por meio do santo, realiza muitas graças e derrama muitas bênçãos em nossa vida.
Como conseguir uma relíquia sagrada de Santa Faustina
Existem relíquias de primeira classe de Santa Faustina em várias igrejas e santuários do mundo. No Brasil, uma delas está no Santuário da Divina Misericórdia (Curitiba – PR). E outra está na Editora Divina Misericórdia, responsável pela publicação do Diário de Santa Faustina e outros livros sobre a Misericórdia Divina.
Mas saiba que você também pode ter uma relíquia sagrada de Santa Faustina para estimular ainda mais a fé e a espiritualidade do povo de Deus. Contudo, saiba que é preciso cumprir algumas condições.
- Na sua paróquia acontece uma intensa vivencia da devoção à Divina Misericórdia com a oração do Terço da Misericórdia?
- Tem um grupo dos Apóstolos Eucarísticos da Divina Misericórdia (AEDMs)?
- Além disso, praticam obras de misericórdia?
Se sim, para conseguir uma relíquia de Santa Faustina de primeira classe você precisa escrever um relato sobre como acontece a devoção à Divina Misericórdia na sua paróquia. Além disso, apresentar as razões pelas quais a paróquia deseja ter uma relíquia de Santa Faustina. Também é preciso ter fotos dos momentos de oração à Divina Misericórdia, partilha espiritual, retiros, prática de obras de misericórdia, etc. Contudo, esse pedido e o relato deve ter o aval do pároco.
Logo, é necessário enviar toda essa documentação para a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia. Afinal elas é que são as responsáveis pela distribuição das relíquias sagradas de Santa Faustina. E assim que elas receberem seu pedido de relíquia, farão uma análise.
Endereço das irmãs na Polônia:
Dom generalny
ul. Żytnia 3/9
01-014 WARSZAWA – Polska
Ou, se preferir, envie tudo por email: zmbm@faustyna.pl
Contudo, já as relíquias de segunda classe devem ser adquiridas no Santuário da Divina Misericórdia da Polônia.
Sanktuarium Bożego Miłosierdzia
ul. Siostry Faustyny 3, 30-420 Kraków – Polska
E-mail: pielgrzymki@milosierdzie.pl