Ser um semeador da Misericórdia é ter consigo a vontade de fazer a diferença, provocar mudanças através de atitudes que visem o bem, a felicidade e o amor.
É seguir uma atitude de vida, como a proposta por Jesus a todos os cristãos: “Sede misericordiosos como o Pai… Amai-vos como Eu vos amei”.
Semear a Misericórdia exige devoção e dedicação, além de conhecer um pouco da história de Santa Faustina, canonizada pelo Papa João Paulo II, em abril do ano 2000.
A Santa
Um bom início para ser um semeador da Misericórdia é conhecer quem era Santa Faustina. Batizada como Helena Kowalska, ela nasceu no distrito de Turek, na Polônia, no dia 25 de agosto de 1905. Em seu Diário, ela conta que, aos sete anos, ouviu “pela primeira vez a voz de Deus na minha alma”.
Contudo, entrou para o convento da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, em Varsóvia, somente em agosto de 1925. Um ano depois, recebeu o nome de Irmã Maria Faustina. Após provações físicas, morais e espirituais, Jesus começou a se manifestar de forma particular, revelando de um modo extraordinário a centralidade do mistério da misericórdia divina.
Em seu Diário, a polonesa descreve a primeira visão: “Da túnica entreaberta sobre o peito saíam dois grandes raios, um vermelho e outro pálido. (…) Logo depois, Jesus me disse: ‘Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós’” (D. 47).
Culto à imagem
Uma das formas de semear a Misericórdia é cultuar a imagem de Jesus misericordioso, o quadro descrito através das visões de Santa Faustina. Ao colocar em nossas casas a imagem do Salvador misericordioso, não fazemos isso apenas para que nos defenda e nos proteja, mas também para que floresça entre as famílias o espírito de misericórdia e de generosidade nas relações com o próximo, seja parente ou desconhecido.
É algo que precisa ser reflexo dos raios de uma bondade fraterna e solidária. E qual o significado da imagem? O próprio Senhor explica em uma das revelações em Vilna, em 1934. “Os dois raios representam o sangue e a água: o raio pálido significa a água que justifica as almas; o raio vermelho significa o sangue que é a vida das almas. Ambos os raios jorraram das entranhas da minha misericórdia, quando na cruz, o meu coração agonizante foi aberto pela lança” (D. 299a).
Obras de Misericórdia
Existem dois tipos de Obras de Misericórdia: as corporais e as espirituais.
Na primeira estão: “Dar de comer a quem tem fome”; “Dar de beber a quem tem sede”; “Vestir os nus”; “Dar pousada aos peregrinos”; “Assistir aos enfermos”; “Visitar os presos”; e “Enterrar os mortos”.
Na segunda, as espirituais, estão: “Dar bom conselho”; “Ensinar os ignorantes”; “Corrigir os que erram”; “Consolar os tristes”; “Perdoar as injúrias”; “Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo”; e “Rogar a Deus por vivos e defuntos”.
São muito mais que Obras da Misericórdia, são ensinamentos de como ter atitude na vida e fazer a diferença para o próximo.