Entre os novos beatos estão nove salesianos poloneses e dois padres tchecos, assassinados por permanecerem fiéis a Cristo durante a perseguição totalitária.

Santa Sé anunciou na última sexta-feira, 24 de outubro, que 11 sacerdotes serão elevados à honra dos altares por motivo de martírio. São nove salesianos poloneses mortos entre 1941-42 nos campos de concentração de Auschwitz e Dachau, e dois sacerdotes diocesanos da antiga Tchecoslováquia executados entre 1951-52 sob regime comunista. A decisão foi autorizada pelo Papa Leão XIV, que também reconheceu quatro novos Veneráveis.

Mártires do século XX

Entre os salesianos poloneses citados estão os padres: Jan Świerc, Ignacy Antonowicz, Ignacy Dobiasz, Karol Golda, Franciszek Harazim, Ludwik Mroczek, Włodzimierz Szembek, Kazimierz Wojciechowski e Franciszek Miśka. Todos foram presos por serem sacerdotes católicos, torturados e mortos “in odium fidei”.

Nos campos de concentração, os religiosos ofereceram conforto espiritual aos companheiros de prisão e, apesar da humilhação e tortura sofridas, continuaram a expressar a própria fé. Insultados em função de seu ministério, foram torturados e mortos, ou mesmo levados à morte pelas condições desumanas de prisão.

Os dois sacerdotes da Diocese de Brno (Tchecoslováquia) são Jan Bula e Václav Drbola, que foram injustamente condenados e executados em prisões comunistas no início dos anos 1950. Devido ao seu zelo pastoral, eram considerados perigosos pelo regime comunista.

A beatificação desses mártires resgata a memória de clérigos que não se dobraram diante de regimes totalitários, reafirmando que “nenhum poder terreno é maior que o amor de Cristo”. O testemunho desses homens também convida à fidelidade, à coragem e à missão como caminho de santidade.

Servos de Deus

Além dos sacerdotes, a Congregação para a Causa dos Santos reconheceu ainda as virtudes heroicas de quatro Servos de Deus, que assim se tornam Veneráveis: Maria Evangelista Quintero Malfaz, religiosa cisterciense; Angelo Angioni, sacerdote diocesano, fundador do Instituto Missionário do Imaculado Coração de Maria; José Merino Andrés, sacerdote dominicano; Joaquim da Rainha da Paz, frade da Ordem dos Carmelitas Descalços.

Com inf. Vatican News e Canção Nova