O Papa Francisco nomeou o leigo brasileiro Gleison de Paula Souza como secretário do Dicastério para os Leigos a Família e a Vida.
O leigo brasileiro substitui o padre, também brasileiro, Alexandre Awi Mello, que completou seu mandato de cinco anos e desde agosto é superior de sua congregação.
Logo, com a nomeação do novo secretário, o Papa Francisco põe em prática dois aspectos da nova constituição apostólica Praedicate Evangelium: a manutenção dos padres nos cargos da Cúria por no máximo dois mandatos de cinco anos. E a inclusão de leigos em altos cargos da Igreja.
Quem é o leigo brasileiro que assumiu o Dicastério romano
Gleison conheceu o Papa em 2014, quando era membro da Congregação da Pequena Obra da Divina Misericórdia. Ele é natural de Minas Gerais. Contudo, mora na Itália onde é professor de Religião Católica no Liceu Científico e Linguístico A Vallone State, em Galatina.
É formado em Teologia pela Pontifícia Universidade Salesiana de Roma, em 2015. Além disso, possui mestrado em Ciências Filosóficas na Universidade de Salento, em Lecce.
Contudo, de 2005 a 2016, foi membro da Congregação fundada por Dom Orione. Porém, quando Gleison estava cursando o segundo ano de Teologia, em 2014, ele escreveu uma carta ao Papa Francisco. Segundo Gleison, na carta ele abriu o coração sobre sua crise no caminho ao sacerdócio.
Em seguida, o Papa Francisco telefonou para ele e o convidou a participar de uma santa Missa na casa Santa Marta. E depois da celebração os dois puderam conversar .
Gleison conta que as palavras do Papa para ele foram “um convite contínuo à misericórdia do Senhor”. “Perguntei se podia me confessar. Ele aceitou e eu abri meu coração. Ele ficou calado, me deu liberdade para refletir e me disse que estava comigo”, afirmou.
O leigo brasileiro substitui o padre, também brasileiro, Alexandre Awi Mello, que completou seu mandato de cinco anos e desde agosto.
Logo, com a nomeação do novo secretário, o Papa Francisco põe em prática dois aspectos da nova constituição apostólica Praedicate Evangelium. E são elas: a manutenção dos padres nos cargos da Cúria por no máximo dois mandatos de cinco anos e a inclusão de leigos em altos cargos da Igreja.
Atualmente, Gleison tem 38 anos, é casado e pai de dois filhos. Logo, ele é o mais jovem secretário de um Dicastério da Igreja.
O Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida
Foi instituído pelo Papa Francisco, em 15 de agosto de 2016, através do Motu Próprio Sedula Mater. Logo, é governado pelo Estatuto ad experimentum e entrou em vigor em maio de 2018.
Todavia, o Dicastério é competente nos assuntos relacionados com a Sé Apostólica para a promoção da vida e do apostolado dos fiéis leigos. Logo, dedica-se ao cuidado pastoral dos jovens, da família e da sua missão, segundo o plano de Deus, e para proteção e apoio da vida humana.
Sendo assim, cabe ao Dicastério promover a vocação e a missão dos fiéis leigos na Igreja e no mundo. Logo, encoraja-os a uma presença ativa e responsável na vida paroquial e diocesana e nos órgãos dirigentes da Igreja. E, ao mesmo tempo, presta especial atenção à sua peculiar missão de animar e aperfeiçoar a ordem da realidade temporal.
Além disso, dedica-se ao cuidado pastoral da família. Protege a sua dignidade e o seu bem, fundamentados no sacramento do matrimônio. Também favorece seus direitos e responsabilidades na Igreja e na sociedade civil.
Contudo, busca discernir os sinais dos tempos para identificar as oportunidades que surgem para valorizar a família de acordo com o plano de Deus; e para enfrentar os desafios que lhe dizem respeito.
Finalmente, o Dicastério visa apoiar e coordenar iniciativas para a proteção da vida humana desde a concepção até a morte natural.
Sendo assim, é tarefa do Dicastério: estudar e promover a formação dos fiéis sobre os principais problemas da biomedicina e do direito relacionados com a vida humana; sobre as ideologias inerentes à vida humana e à realidade do gênero humano, fazendo uso também da competência da Pontifícia Academia para a Vida nessas questões.